Quinta, 4 de fevereiro de 2016
Do Esquerda.Net
Depois de passar três anos e
meio na Embaixada do Equador em Londres, o fundador da WikiLeaks poderá
sair amanhã em liberdade. Notícia atualizada às 18h00.
4 de Fevereiro, 2016
Julien Assange
Julien
Assange apresentou queixa contra o Reino Unido e a Suécia ao grupo de
trabalho das Nações Unidas sobre Detenções Arbitrárias em 2014. A
decisão deste grupo, que não é legalmente vinculativa e é apenas
considerada como uma recomendação moral. A decisão acabou de ser
publicada e a conclusão foi que foi, de facto, uma "detenção
arbitrária".
Assange afirmou num comunicado publicado no WikiLeaks que, se o grupo da ONU decidir que ele tem de ser preso, se entregará às autoridades britânicas no mesmo dia. Acrescentou que, se o parecer for positivo, pretende que lhe devolvam imediatamente o seu passaporte e que desistam de o tentar prender. Contudo, não sendo o parecer obrigatório, se Assange sair da Embaixada onde se encontra refugiado desde junho de 2012, a polícia britânica já anunciou que o irá prender, devido às queixas por alegados crimes sexuais cometidos na Suécia há vários anos atrás.
Assange é natural da Austrália e teme que, se for enviado para a Suécia, onde enfrenta as queixas por violação, seja extraditado para os Estados Unidos, onde lhe pode ser sentenciada a pena de morte devido ao conteúdo dos documentos que divulgou.
No seu pedido ao grupo de trabalho da ONU, Assange queixou-se de ser perseguido por motivos políticos e que o seu confinamento na Embaixada o privava de luz solar, ar fresco e cuidados de saúde adequados, estando num permanente estado de insegurança. O mesmo grupo de trabalho das Nações Unidas esteve envolvido na libertação de Aung San Suu Kyi, na Birmânia, que passou anos em prisão domiciliária.
Assange afirmou num comunicado publicado no WikiLeaks que, se o grupo da ONU decidir que ele tem de ser preso, se entregará às autoridades britânicas no mesmo dia. Acrescentou que, se o parecer for positivo, pretende que lhe devolvam imediatamente o seu passaporte e que desistam de o tentar prender. Contudo, não sendo o parecer obrigatório, se Assange sair da Embaixada onde se encontra refugiado desde junho de 2012, a polícia britânica já anunciou que o irá prender, devido às queixas por alegados crimes sexuais cometidos na Suécia há vários anos atrás.
Assange é natural da Austrália e teme que, se for enviado para a Suécia, onde enfrenta as queixas por violação, seja extraditado para os Estados Unidos, onde lhe pode ser sentenciada a pena de morte devido ao conteúdo dos documentos que divulgou.
No seu pedido ao grupo de trabalho da ONU, Assange queixou-se de ser perseguido por motivos políticos e que o seu confinamento na Embaixada o privava de luz solar, ar fresco e cuidados de saúde adequados, estando num permanente estado de insegurança. O mesmo grupo de trabalho das Nações Unidas esteve envolvido na libertação de Aung San Suu Kyi, na Birmânia, que passou anos em prisão domiciliária.