No croqui ilustrativo feito pelo GDF é possível contabilizar 30 edificações. No perímetro do Autódromo, seriam mais 21 instalações.

 Na área, avaliada em 1,653 milhão de metros quadrados, entre o Estádio e o Autódromo, será autorizada a construção do Boulevard – centro comercial a céu aberto, chamada de mall pelos norte-americanos. Poderão existir edificações de até 12 metros de altura. Edital sai em 45 dias.

Por Chico Sant’Anna
O governo do Distrito Federal vem  implementando políticas consideradas radicais de mudanças nas regras urbanísticas e também de privatização de estruturas públicas da cidade. LUOS, PPCUB, PLANAP são siglas mais afeitas aos técnicos e juristas, mas que mexem diretamente na vida do brasiliense e, em especial, na forma como Brasília e as demais regiões administrativas foram concebidas.

No meio desse imbróglio todo, a privatização do Complexo Desportivo que reúne estádio, autódromo e ginásio de esportes ganhou um ingrediente novo. Para tornar mais palatável à privatização daquela área, o GDF propõe que não apenas os prédios e instalações desses equipamentos sejam entregues a iniciativa privada, mas sim toda a área envolta deles e que nela seja autorizada a quem assumir as instalações desportivas a possibilidade de erguer um centro comercial a céu aberto, uma espécie de mall, denominada Boulevard, entre o Estádio e o Autódromo. As mudanças urbanísticas, pelo o que se sabe, não foram submetidas a nenhuma audiência pública. Pelo projeto, a área edificável hoje no Setor de Recreação Pública Norte – SRTN, estimada em 6,39% do espaço total, seria multiplicada por quase sete vezes, passando a 42,6%.