Quinta, 26 de outubro de 2017
Do Jornal do Brasil
Pedro Peduzzi – Repórter da Agência Brasil
A Polícia Federal deflagrou na manhã desta quinta-feira (26) a
Operação Lavat, que é um desdobramento da Operação Manus, deflagrada em
junho deste ano contra organização criminosa que praticava lavagem de
dinheiro e fraudes em licitação pública. Um dos mandados foi cumprido no
Ministério do Turismo, na sala do assessor Norton Domingues Masera.
De
acordo com os investigadores, durante a análise do material obtido na
primeira operação foram encontradas “fortes evidências” de que outras
pessoas ligadas à mesma organização criminosa deram continuidade à
pratica de crimes como lavagem de dinheiro e ocultação de valores para o
chefe do grupo.
De acordo com a PF, cerca de 110 policiais
federais cumprem 27 mandados judiciais, sendo 22 mandados de busca e
apreensão, três de prisão temporária e dois de condução coercitiva em
Brasília e, também, em Natal, Parnamirim, Nísia Floresta, São José do
Mipibu e Angicos – cidades localizados no Rio Grande do Norte.
O
Ministério do Turismo informou, por meio de nota, que o servidor será
exonerado e que vai colaborar com a Polícia Federal “para que os fatos
sejam apurados com correção”.
A PF informa ainda que identificou
esquema criminoso que fraudava licitações em diversos municípios do Rio
Grande do Norte para obter contratos públicos. As fraudes somam cerca de
R$ 5,5 milhões "para alimentar a campanha ao governo do estado de
2014".
Operação Manus
Dentre os investigados na operação de junho que deu origem à Lavat, está o ex-ministro do Turismo Henrique Alves, atualmente detido no Complexo Penitenciário da Papuda, em Brasília.
A Operação Manus investigou atos de corrupção ativa e passiva e lavagem de dinheiro na construção da Arena das Dunas, em Natal. Na época em que foi deflagrada, a operação estimava que o superfaturamento da obra chegou a R$ 77 milhões.