Quinta, 14 de setembro de 2017
André Richter – Repórter da Agência Brasil
O procurador-geral da República, Rodrigo Janot,
pediu ao Supremo Tribunal Federal (STF) a prisão por tempo indeterminado
do empresário Joesley Batista, dono da JBS, e do ex-executivo da
empresa Ricardo Saud. Ambos cumprem prisão temporária desde o domingo
passado, e o prazo de cinco dias da detenção vence hoje.
Para sustentar o novo pedido de prisão, Janot informou ao ministro
Edson Fachin, relator do caso no STF, que decretou a perda da imunidade
penal concedida a Batista e Saud por ter concluído que os acusados
omitiram informações da PGR durante o processo de assinatura do acordo
de delação premiada.
Ontem (13), a defesa dos acusados pediu ao
Supremo concessão de liberdade aos acusados. Na petição, o advogado
Antônio Carlos de Almeida Castro, conhecido como Kakay, refirmou que os
acusados jamais cooptaram o ex-procurador da República Marcello Miller
para atuar a favor da JBS e que não omitiram informações da PGR.
“Demonstrada,
enfim, a absoluta ausência de indícios de ocultação de provas, cuja
plausibilidade é presunção meramente hipotética, aguarda a defesa que os
requerentes sejam colocados em liberdade, quando findo o prazo de cinco
dias, permanecendo até lá e sempre à plena disposição desta Colenda
[digna de respeito] Corte, bem como das autoridades investigativas, no
fiel cumprimento dos termos do acordo de colaboração”, argumentou o
advogado.