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(Millôr Fernandes)

quarta-feira, 12 de maio de 2010

Subprocuradora que pediu prisão de Arruda analisa provas e pode pedir novas prisões

Quarta, 12 de maio de 2010
Deu hoje no blog de João Bosco Rabello (jornal O Estado de São Paulo)

Desde o dia 15 de abril, a subprocuradora-geral da República, Raquel Dodge, autora do pedido de prisão do ex-governador José Roberto Arruda, e responsável pelo inquérito da Operação Caixa de Pandora, está fechada em copas.
Ela está debruçada sobre os nove volumes e 87 apensos que compõem os autos do inquérito da corrupção em Brasília e com o último relatório parcial da Polícia Federal sobre  a operação.
O relatório resume a primeira parte das investigações, que deveriam ter sido encerradas no dia 8 de abril.
Além dos 35 depoimentos prestados pelos investigados à PF nos últimos dois meses,  traz resumos e análises das buscas e apreensões realizadas e laudos periciais dos vídeos gravados pelo ex-secretário de Relações Institucionais Durval Barbosa.
Ao todo são 23 vídeos examinados pelo Serviço de Perícias do Instituto Nacional de Criminalística (INC) da PF.
Os agentes relacionam, também, quais as diligências necessárias para concluir a investigação e as análises pendentes, que abrangem os HDs apreendidos, perícias em documentos contábeis e nos contratos das empresas investigadas  e perícias nos documentos relativos às quebras de sigilo bancário e fiscal, encaminhados pela Receita Federal e pelo Banco Central.
De posse desses documentos, Raquel  não recebe, não atende o telefone e, não responde e-mails.
Emergirá com um novo parecer, pedidos de novas diligências e, provavelmente, de novas prisões, inaugurando a segunda das investigações.
As últimas provas colhidas abriram uma nova frente de investigação, que pode atingir o ex-governador Joaquim Roriz (PSC), líder nas pesquisas para a sucessão no Distrito Federal.
Os depoimentos de três delegados da Polícia Civil de Brasília levaram as investigações a Roriz e ao ex-vice-governador Paulo Octávio.
O elo entre os dois é o policial aposentado Marcelo Toledo, apontado pela Caixa de Pandora como um dos principais operadores do esquema.
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