Sábado, 13 de agosto de 2011
Da Veja
Escândalo na Agricultura
Em 30 anos de política, o ministro da Agricultura deixou um rastro de histórias esquisitas por onde passou
O ministro Wagner Rossi, da Agricultura, gastou a semana passada
tentando convencer a presidente Dilma Rousseff e o Brasil inteiro de que
não tinha ligações com as interferências do lobista Júlio Fróes nos
negócios da pasta que comanda, como havia sido revelado por VEJA.
Apesar da demissão de Milton Ortolan, segundo na hierarquia e seu braço
direito há 25 anos, e das provas de que Fróes tinha sala dentro da
Comissão de Licitações da Agricultura, Rossi posava de marido traído.
Chamado ao Congresso para dar explicações, disse que Ortolan era
ingênuo, e que ele, como ministro, não podia controlar a portaria do
ministério para impedir a entrada de Fróes. Sobreviveu uma semana, mas
vai precisar de muito mais do que frases de efeito se quiser continuar
na cadeira de ministro.
A edição de VEJA que chega às bancas neste sábado mostra que Wagner
Rossi, paulistano de 68 anos, é um colecionador de problemas, um
daqueles políticos que costumam deixar um rastro de histórias esquisitas
por onde passam.