Ex-presidente da Juventude pedetista de Santa Catarina
afirma que o hoje ministro do Trabalho montou esquema para remunerá-lo
via entidade que mantinha contrato milionário com o governo federal
Andreza Matais e Fábio Fabrini - O Estado de S. Paulo
Brasília - Um ex-dirigente do PDT catarinense diz ter
recebido salário por serviços partidários de uma entidade contratada
pelo Ministério do Trabalho. O esquema irregular de pagamento ocorreu em
2008, durou pelo menos seis meses e foi montado pelo hoje ministro da
pasta, Manoel Dias, acusa John Siever Dias, em entrevista exclusiva ao Estado.
Divulgação
John Dias (à esq.) e Manoel Dias (centro) em reunião do PDT
Em 2008, John Siever, que viria mais tarde a se tornar presidente da
Juventude do PDT, prestava serviço à Universidade Leonel Brizola,
instituição bancada pela fundação homônima ligada ao partido. Em duas
entrevistas de mais de seis horas, nas quais se deixou fotografar e
gravou depoimento em vídeo, Siever disse que seus pagamentos pelos
serviços ao partido eram feitos pela Agência de Desenvolvimento Regional
do Vale do Rio Tijucas e Itajaí Mirim (ADRVale).