Terça,
10 de junho de 2014
Jornal do Brasil
O
Movimento Rio de Paz vai promover, nesta terça-feira, das 6h às 18h, em frente
ao Copacabana Palace, uma manifestação contra os gastos públicos da
Copa. A partir das 4h, voluntários fixarão nas areias as 12 bolas de
futebol gigantes pintadas com cruzes vermelhas, que foram usadas em recente
protesto de Brasília. Um barraco também será montado na praia e duas faixas em
inglês e português serão estendidas, com a seguinte frase: "Copa do Mundo num país de miséria, financiada com
dinheiro público, é problema moral".
Segundo
o Rio de Paz, a manifestação tem como objetivo apresentar às autoridades públicas
brasileiras, à Fifa e aos candidatos às eleições presidenciais de 2014 seis
reivindicações: que União, Estados e Municípios peçam perdão ao povo por terem
levado o brasileiro a crer que a Copa seria realizada com verba da iniciativa
privada; por terem investido fortuna de dinheiro público numa competição
esportiva; por terem gastado mais com a Copa do que o que havia sido
anteriormente anunciado; por terem realizado a Copa com dinheiro público sem
consultar o povo; por terem menosprezado a consciência social do povo
brasileiro, que até agora não entendeu como a vontade política que falta para o
investimento em saúde, segurança e educação manifestou-se na realização da
Copa; e por terem permitido superfaturamento na construção dos estádios de
futebol.
Entre
outras reivindicações, o Movimento exige que seja observado um minuto de
silêncio, no primeiro jogo do Brasil, em memória dos que morreram na construção
dos estádios para a Copa. Pede também escolas e hospitais tão concretos
quanto as arenas esportivas que foram construídas.
"Exigimos
que, por meio de uma democracia mais participativa, o povo tenha o direito de
fazer "Pressão Fifa" para "Padrão Fifa" nos serviços públicos, podendo assim cobrar com
liberdade o cumprimento do prometido, tal como os dirigentes da Fifa fizeram ao
longo dos últimos anos. Exigimos que nunca mais fortuna de dinheiro
público seja gasta em grandes eventos sem que o povo brasileiro seja
consultado", diz o Rio de Paz.
Além
disso, a ONG exige que a Fifa declare objetivamente quanto -do lucro
astronômico que obterá nesta Copa-, deixará no Brasil, como expressão de uma
responsabilidade social "Padrão Fifa".