Quarta, 10 de dezembro de 2014
Fonte: diárioliberdade.org
Estados Unidos - Diário Liberdade - Fruto de uma investigação que durou de 2009 à 2012, foi divulgado nesta terça-feira (09) pelo Senado dos Estados Unidos um relatório sobre os métodos de tortura empregados pela CIA (agência central de inteligência dos EUA) após os ataques do 11 de setembro de 2001.
Os
detidos pela CIA na base ilegal de Guantánamo, em Cuba, e outras
prisões – inclusive secretas – suspeitos de ligação com organizações
terroristas como a Al-Qaeda sofreram com métodos de interrogatórios que
incluíam torturas, como afogamento e privação do sono.
Esses métodos violam os princípios da dignidade humana e desrespeitam
o direitos humanos, mas as autoridades estadunidenses justificavam as
irregularidades afirmando que, pelos supostos crimes cometidos pelos
detentos, eles não mereciam ser tratados como cidadãos com direitos
essenciais como todas as outras pessoas.
Aprovado em 2012, em abril deste ano votou-se pela publicação do
relatório pela Comissão de Inteligência do Senado, responsável pela
compilação dos documentos.
A CIA esteve envolvida num escândalo de espionagem das ações da
comissão do Senado sobre o relatório este ano, admitida pelo diretor da
agência, John Brennan, provavelmente com a intenção de travar os
processos para que seus abusos são fossem revelados ao público.
O presidente dos EUA Barack Obama já havia admitido
em agosto que seu país torturou supostos terroristas. "Fizemos certas
coisas que são erradas", incluindo "torturas à algumas pessoas", disse
Obama naquela oportunidade.
Esta semana, o terrorista e ex-presidente dos EUA George W. Bush
defendeu as torturas praticadas pela CIA, em declaração à CNN: "Temos a
sorte de contar com homens e mulheres que trabalham duro na CIA. São
patriotas e, seja qual for o relatório, seria um grande erro que suas
contribuições ao nosso país sejam diminuídas".
Apesar de recentemente a ONU (Organização das Nações Unidas) ter
solicitado à Casa Branca a publicação dos documentos, os republicanos,
os serviços de inteligência e o secretário de Estado John Kerry não
gostaram do anúncio da divulgação, argumentando que isso representaria
uma ameaça aos EUA.
Realmente, a verdade é uma ameaça ao imperialismo terrorista ianque...