Sexta, 16 de janeiro de 2015
Tribuna da Imprensa
Daniel Mazola

Dilma Rousseff está sem
dormir desde a prisão de Nestor Cerveró, na avaliação dos nervosos assessores
da “gerentona”, Cerveró pode causar mais danos ao PMDB que ao PT. Ele tem
ligação direta com um dos políticos mais influentes do país (ninguém confirma
que seria Renan Calheiros) e três deputados peemedebistas.
Se o ex-diretor
Internacional da Petrobras realmente
falar, o núcleo de empreiteiros da Lava Jato vai definitivamente se complicar. O
principal alvo de investigações da força tarefa da Operação Lava Jato, após a
decretação da prisão de Cerveró é uma offshore
sediada na Irlanda, cujos três acionistas ainda não foram totalmente
identificados.
Essa
empresa seria uma das centrais de operação, no
velho continente, do grupo que Cerveró representa. Os caminhos
irlandeses da dinheirama que foi desviada do Brasil pode levar aos nomes
de importantes políticos
envolvidos no Petrolão. Dilma está muito tensa com a prisão de Nestor
Cerveró,
mas o presidente do Senado, Renan Calheiros não fica atrás, está bebendo
muita
maracugina nas últimas 24 horas, ele é tido como o "maior padrinho"
de Cerveró.
O juiz Sérgio Fernando Moro, da 13a Vara Federal em
Curitiba, decretou a prisão dele com a certeza de que dificilmente o STF venha
a conceder um habeas corpus até o depoimento dele, previsto para depois do
carnaval, sem data ainda agendada oficialmente. Entre 2012 e 2014, Cerveró
movimentou, lá fora, US$ 27 milhões de dólares.
O MP Federal também acredita que são grandes as chances
de Cerveró continuar preso e aderir à colaboração premiada. Isso baseado no
fato objetivo de que Cerveró está acuado e "cercado". Outras 15
delações forneceram provas concretas do envolvimento dele no esquema ligado ao
lobista Fernando Baiano.
Cerveró e Baiano são suspeitos de receber US$ 40
milhões de propina nos anos de 2006 e 2007 para intermediar a contratação de
navios-sonda para a perfuração de águas profundas na África e no México.
Fernando seria ligado ao PMDB. Mas o partido nega, claro...
Lista dos
denunciados
Todas as denúncias
oferecidas pelo MPF contra 39 investigados na sétima fase da Operação Lava Jato
foram aceitas pelo juiz Sérgio Moro.
Pelo menos 23 dos
denunciados são ligados às empreiteiras Camargo Corrêa, Engevix, Galvão
Engenharia, Mendes Júnior, OAS e UTC:
- Alberto
Youssef, suspeito de liderar o
esquema de corrupção;
- Paulo Roberto Costa, ex-diretor de Abastecimento da Petrobras;
- Waldomiro de Oliveira, dono da MO Consultoria;
- Fernando Soares, lobista conhecido como Fernando Baiano, apontado como um dos operadores do esquema de corrupção na Petrobras;
- Júlio Camargo, executivo da Toyo Setal;
- Nestor Cerveró, ex-diretor da área Internacional da Petrobras;
- Adarico Negromonte, apontado como emissário de Youssef;
- Dalton Santos Avancini, presidente da Camargo Corrêa;
- Eduardo Hermelino, vice-presidente da Camargo Corrêa;
- Jayme Alves de Oliveira Filho, acusado de atuar com Youssef na lavagem de dinheiro;
- João Ricardo Auler, presidente do Conselho de Administração da Camargo Corrêa;
- Marcio Andrade Bonilho, sócio e administrador da empresa Sanko-Sider;
- Ricardo Ribeiro Pessoa, presidente da construtora UTC;
- Carlos Alberto Pereira da Costa, representante formal da GFD Investimentos, pertencente a Alberto Youssef e réu em outros processos ligados a Lava Jato;
- Enivaldo Quadrado, ex-dono da corretora Bônus Banval, que atuava na área financeira da GFD e réu em outros processos ligados a Lava Jato;
- João Procópio de Almeida Prado, apontado como operador das contas de Youssef no exterior;
- Sergio Cunha Mendes, vice-presidente executivo da Mendes Júnior;
- Rogério Cunha de Oliveira, diretor da área de óleo e gás da Mendes Júnior;
- Ângelo Alves Mendes, vice-presidente da Mendes Júnior;
- Alberto Elísio Vilaça Gomes, executivo da Mendes Júnior;
- José Humberto Cruvinel Resende, funcionário da Mendes Júnior;
- Antônio Carlos Fioravante Brasil Pieruccini, advogado que teria recebido propina de Alberto Youssef;
- Mario Lúcio de Oliveira, diretor de uma agência de viagens que atuava na empresa GFD, segundo delação de Alberto Youssef;
- João de Teive e Argollo, diretor de Novos Negócios na UTC;
- Sandra Raphael Guimarães, funcionária da UTC;
- Gerson de Mello Almada, vice-presidente da empreiteira Engevix;
- Carlos Eduardo Strauch Albero, diretor da Engevix;
- Newton Prado Júnior, diretor da Engevix;
- Luiz Roberto Pereira, ex-diretor da Engevix;
- João Alberto Lazzari, representante da OAS;
- Agenor Franklin Magalhães Medeiros, diretor-presidente da área internacional da OAS;
- Fernando Augusto Stremel Andrade, funcionário da OAS;
- José Adelmário Pinheiro Filho, presidente da OAS;
- José Ricardo Nogueira Breghirolli, apontado como contato de Youssef com a OAS;
- Mateus Coutinho de Sá Oliveira, funcionário da OAS;
- Dário de Queiroz Galvão Filho, executivo da Galvão Engenharia;
- Eduardo Queiroz Galvão, executivo da Galvão Engenharia;
- Jean Alberto Luscher Castro, diretor presidente da Galvão Engenharia;
- Erton Medeiros Fonseca, diretor de negócios da Galvão Engenharia.
- Paulo Roberto Costa, ex-diretor de Abastecimento da Petrobras;
- Waldomiro de Oliveira, dono da MO Consultoria;
- Fernando Soares, lobista conhecido como Fernando Baiano, apontado como um dos operadores do esquema de corrupção na Petrobras;
- Júlio Camargo, executivo da Toyo Setal;
- Nestor Cerveró, ex-diretor da área Internacional da Petrobras;
- Adarico Negromonte, apontado como emissário de Youssef;
- Dalton Santos Avancini, presidente da Camargo Corrêa;
- Eduardo Hermelino, vice-presidente da Camargo Corrêa;
- Jayme Alves de Oliveira Filho, acusado de atuar com Youssef na lavagem de dinheiro;
- João Ricardo Auler, presidente do Conselho de Administração da Camargo Corrêa;
- Marcio Andrade Bonilho, sócio e administrador da empresa Sanko-Sider;
- Ricardo Ribeiro Pessoa, presidente da construtora UTC;
- Carlos Alberto Pereira da Costa, representante formal da GFD Investimentos, pertencente a Alberto Youssef e réu em outros processos ligados a Lava Jato;
- Enivaldo Quadrado, ex-dono da corretora Bônus Banval, que atuava na área financeira da GFD e réu em outros processos ligados a Lava Jato;
- João Procópio de Almeida Prado, apontado como operador das contas de Youssef no exterior;
- Sergio Cunha Mendes, vice-presidente executivo da Mendes Júnior;
- Rogério Cunha de Oliveira, diretor da área de óleo e gás da Mendes Júnior;
- Ângelo Alves Mendes, vice-presidente da Mendes Júnior;
- Alberto Elísio Vilaça Gomes, executivo da Mendes Júnior;
- José Humberto Cruvinel Resende, funcionário da Mendes Júnior;
- Antônio Carlos Fioravante Brasil Pieruccini, advogado que teria recebido propina de Alberto Youssef;
- Mario Lúcio de Oliveira, diretor de uma agência de viagens que atuava na empresa GFD, segundo delação de Alberto Youssef;
- João de Teive e Argollo, diretor de Novos Negócios na UTC;
- Sandra Raphael Guimarães, funcionária da UTC;
- Gerson de Mello Almada, vice-presidente da empreiteira Engevix;
- Carlos Eduardo Strauch Albero, diretor da Engevix;
- Newton Prado Júnior, diretor da Engevix;
- Luiz Roberto Pereira, ex-diretor da Engevix;
- João Alberto Lazzari, representante da OAS;
- Agenor Franklin Magalhães Medeiros, diretor-presidente da área internacional da OAS;
- Fernando Augusto Stremel Andrade, funcionário da OAS;
- José Adelmário Pinheiro Filho, presidente da OAS;
- José Ricardo Nogueira Breghirolli, apontado como contato de Youssef com a OAS;
- Mateus Coutinho de Sá Oliveira, funcionário da OAS;
- Dário de Queiroz Galvão Filho, executivo da Galvão Engenharia;
- Eduardo Queiroz Galvão, executivo da Galvão Engenharia;
- Jean Alberto Luscher Castro, diretor presidente da Galvão Engenharia;
- Erton Medeiros Fonseca, diretor de negócios da Galvão Engenharia.
TJ-RJ VOLTA A OUVIR TESTEMUNHAS DE DEFESA DE ATIVISTAS
Começou por volta das 15h de ontem (15/01), no Tribunal de Justiça do RJ,
mais uma audiência de instrução e julgamento dos 23 ativistas acusados de atos
violentos nas manifestações. Alguns ativistas entraram na sala de audiência
levando uma camisa com a inscrição "NÃO PASSARÃO".
Em audiência anterior, na segunda-feira (12/01), o juiz Flávio
Itabaiana, da 27ª Vara Criminal, disse que iria processar os ativistas por
desacato, quando eles gritaram a frase antes da audiência.
Maria de Fátima Ciliansky de Andreazzi, professora-adjunta da UFRJ, 58
anos e médica. Afirmou que participou ativamente das plenárias da Frente Independente
Popular.
— "Participaria muito mais das manifestações se não houvesse um
cerceamento do direito de manifestação, até porque não posso correr devido a
problemas no meu pé e à violência da polícia, que hoje é uma epidemia que
assola muitas pessoas.", disse ela, que reconheceu vários dos réus como
manifestantes ativos e membros da FIP.
Um professor do curso de geografia da Uerj, Hidenburgo Francisco Pires,
foi além e disse que se orgulhava da participação de dois de seus alunos, IGOR
MENDES e Shirlene Feitoza, em manifestações, e chamou ambos de "grandes
ativistas". Igor é colaborador do nosso blog e está sendo acusado de ser
um dos mandantes de atos violentos em manifestações.
— "Como cidadão, temos que participar de manifestações, e
participei também de manifestações", pontuou ele, que depois de seu
depoimento cumprimentou os réus que estavam sentados e foi correspondido. A
tônica era de apoio, como mostrou outra professora da universidade ao fim de
seu depoimento.
"O departamento de geografia da UERJ está sempre com vocês.
Parabéns, continuem assim", disse Aurealice.
Só espero que a justiça seja feita, IGOR MENDES não é um verme acomodado ou domesticado, é um valoroso e
consciente ativista social, como poucos, cidadão-lutador que não merece estar
passando por essas privações e humilhações. Que Justiça é essa?!