Segunda, 2 de março de 2015
Luis Macedo
Eduardo Cunha: se quiserem fazer uma investigação
diferente da que está na ementa da CPI da Petrobras, vão ter de fazer
uma nova comissão.
O presidente da Câmara do Deputados, Eduardo Cunha, disse nesta segunda-feira que a Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) que investiga irregularidades na Petrobras deve ser cumprida de acordo com o que prevê a ementa, destinada a analisar irregularidades entre 2005 e 2015.
“Eu sou regimentalista. Como eu vou decidir as CPIs de acordo com o Regimento [Interno da Câmara], eu decidi a da Petrobras de acordo com o Regimento; sou favorável que se cumpra o Regimento. A ementa que está lá deve ser cumprida, seja do escopo de investigação, seja do prazo, seja de tudo”, afirmou.
Segundo Cunha, caso haja a vontade de se fazer uma CPI com escopo diferente do que foi aprovado, é necessário criar uma nova comissão. “Essa é a minha opinião como regimentalista. Agora cada um tem o direito de fazer o que quiser. Se alguém quiser recorrer, eu vou decidir de acordo com o Regimento”, disse o presidente.
Luis Macedo / Câmara dos Deputados
Carlos Sampaio: o que não se pode é retroagir a investigação para tirar o foco do esquema criminoso instalado no governo do PT.
Governo FHC
O PT quer ampliar a investigação para o período entre 1997 e 2003, durante a presidência de Fernando Henrique Cardoso (FHC). O ex-gerente executivo de Engenharia da Petrobras Pedro Barusco – um dos delatores da Operação Lava Jato, da Polícia Federal, que investiga o caso – denunciou que as irregularidades existem desde a década de 1990, quando o presidente da República era FHC. Barusco também afirmou na delação premiada que o PT recebeu até 200 milhões de dólares em propinas.
Esquema criminoso
O líder do PSDB, deputado Carlos Sampaio (SP), disse que não há problema algum em se ampliar o prazo de análise da CPI, desde que haja correlação com o que a comissão investiga.
“Não há nenhum óbice a que haja ampliação, desde que haja conexão. O que nós não podemos fazer é retroagir para tirar o foco desse esquema criminoso que foi instalado no governo do PT, quando um dos servidores da Petrobras disse que recebeu propina em 1997", disse. Segundo o parlamentar, Barusco recebeu propinas nesse período anterior a 2005 de forma individual.
Fonte:
Reportagem – Tiago Miranda
Edição – Newton Araújo
Edição – Newton Araújo
'Agência Câmara Notícias'