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(Millôr Fernandes)

quinta-feira, 2 de abril de 2015

Operação Zelotes: Ivan Valente solicita audiência pública para ouvir Joaquim Levy

Quinta, 2 de abril de 2015

Parte do dinheiro envolvido na Operação Zelotes / Foto: Divulgação Polícia Federal


















O deputado Ivan Valente (PSOL/SP) apresentou requerimento na Comissão de Defesa do Consumidor da Câmara solicitando audiência pública com a convocação do Ministro da Fazenda, Joaquim Levy, para prestar esclarecimentos sobre a Operação Zelotes.

Coordenada pela Polícia Federal, a Operação Zelotes apura o envolvimento de grandes empresas privadas em mais escândalos de corrupção no país. De acordo com as investigações, dessa vez o esquema está instalado no interior do Conselho Administrativo de Recursos Fiscais (CARF), órgão ligado ao Ministério da Fazenda, onde contribuintes podem contestar administrativamente determinadas tributações aplicadas pela Receita Federal, sem precisar ir à Justiça.
A operação descobriu a existência de empresas de consultorias ligadas a conselheiros e ex-diretores do CARF, cujo papel era vender serviços de redução ou desaparecimento de débitos fiscais para as empresas envolvidas. Essas consultorias, por seus vínculos com o Conselho, conseguiam controlar o resultado dos julgamentos via pagamento de propinas.
"Trata-se de um gigantesco esquema de corrupção, em que empresas privadas, como bancos e construtoras são suspeitas de corromperem funcionários públicos. É corrupção, tráfico de influência, lavagem de dinheiro. O Ministro da Fazenda precisa dar explicações para a sociedade", afirma Ivan Valente.
De acordo com informações divulgadas pelo jornal "O Estado de São Paulo", grandes empresas como Santander, Bradesco, Camargo Corrêa, BR Foods, Petrobras, RBS - afiliada da Rede Globo, estão envolvidas no esquema de corrupção.
"Quase 6 bilhões desapareceram e somente 70 processos foram analisados pela Polícia Federal até agora. No CARF há mais de cem mil processos, que envolvem cerca de 500 bilhões em autuações que estão sendo contestadas. Isso significa que o rombo ainda pode ser extraordinariamente maior", ressalta Ivan Valente.
Fonte: Mandato deputado Ivan Valente