A jovem Beatriz
Santana, que sofre de dores intensas e doença que provoca movimentos
involuntários; nas crises, jovem acaba se machucando sem querer, diz mãe
G1-foto: Eliane Santana
e Portal ContextoExato
Laudo de 2014 indica implante de marca-passo neurológico. Secretaria de
Saúde diz estar licitando equipamento. À base de morfina por causa das
fortes dores, garota 'pede para morrer', diz família.
A dona de casa Eliane Santana da Silva vê a história da primeira filha
como inspiração para um roteiro de guerra: faltou oxigênio no cérebro de
Beatriz durante o parto por causa de uma falha médica e, apesar da
dedicação da mãe por tratamento adequado na rede pública do Distrito
Federal, a situação piora a cada ano. A mais recente "batalha" gira em
torno de uma cirurgia, determinada pela Justiça há mais de um ano, mas
ainda sem prazo para acontecer.
A Secretaria de Saúde diz que a compra do equipamento necessário está
em fase de licitação. Além disso, declarou oferecer assistência médica a
Beatriz, com medicamentos e profissionais.
A jovem, que atualmente tem 19 anos, foi diagnosticada com paralisia
cerebral ainda nos primeiros dias de vida. O acompanhamento por
neurologistas não impediu que ela desenvolvesse distúrbios motores
severos – ela não consegue controlar os movimentos e, por isso, se
debate até dormindo – nem sofresse de dores intensas. Por isso, é
mantida amarrada com faixas, para evitar que caia e se machuque mais.
Nos últimos quatro anos, a situação se agravou, com crises convulsivas
cada vez mais severas, e ela depende de morfina para se sentir "menos
desconfortável". Em julho de 2014, um laudo médico apontou que não
existe mais tratamento clínico viável para o caso.