Imprensa é oposição. O resto é armazém de secos e molhados."

(Millôr Fernandes)
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domingo, 11 de março de 2018

Helio Fernandes: Delfim Netto na Lava-Jato, mais problemas para Temer corrupto

Domingo, 11 de março de 2018


Por
Helio Fernandes
Há 15 dias revelei no meu blog: convencido que Meirelles deixará o cargo, Temer cuida da substituição. Sua preferência é por Delfin Netto. Nenhum civil serviu tanto a ditadura quanto ele. Nenhum civil foi tão glorificado e enriquecido pela ditadura quanto ele.

sexta-feira, 23 de junho de 2017

A Guerra Fria da Corrupção

Quinta-feira, 22 de junho de 2017
Do Blog Oficial do Jornal da Tribuna da Imprensa
Helio Fernandes

É devastadora para a comunidade nacional  e internacional.  Têm ramificação nos mais diversos países. Há alguns anos, se localizava prioritariamente em países da África. Subitamente apareceu a Odebrecht, contaminando e apodrecendo o mundo, fazendo a África desaparecer do mapa do enriquecimento ilícito.

segunda-feira, 14 de novembro de 2016

Sem caráter, sem escrúpulos, sem dignidade, ignorante por vocação e convicção, Trump não pode presidir um país potência mundial

Segunda, 14 de novembro de 2016
Da Tribuna da Imprensa Sindical
Hélio Fernandes
Ninguém acreditava que um personagem tão desprezível e desprezado, pudesse chegar ao cargo que chegou, o mais importante do mundo: Presidente dos Estados Unidos. Nenhum elogio ou até vassalagem a esse país. Mas a constatação de que tudo o que acontece lá repercute imediatamente em todos os Continentes. Como está acontecendo antes mesmo da posse trágica, dramática, catastrófica.

segunda-feira, 4 de julho de 2016

Helio Fernandes: Sem constrangimento, Renan tenta dinamitar a Lava-Jato. Governo Temer acha que Cunha não se livra de Curitiba

Segunda, 4 de julho de 2016
Da Tribuna da Imprensa Sindical
Isso só pode ou poderia mesmo acontecer no Brasil de hoje, império das empreiteiras roubalheiras. O reconhecimento é unânime: é o maior escândalo de corrupção de todos os tempos. Não só em volume de dinheiro roubado, mas também o quase inacreditável numero de políticos e partidos envolvidos.

E pela primeira vez, estão sendo enquadrados, investigados, indiciados, acusados, condenados e presos, personagens que sempre estiveram "acima do bem e do mal", impunes e imunes por direito de conquista.

sexta-feira, 26 de setembro de 2014

A razão de Lewandowski assumir. No Fundo, Dona Dilma é Soberana

Sexta, 26 de setembro de 2014
Da Tribuna da Imprensa
Helio Fernandes
Arrogante, pretensiosa e se julgando acima de todos, retirou 3 bilhões e 500 milhões do Fundo Soberano. Foi criticada pelo fato de estilhaçar essas reservas, apenas para "cobrir" a incompetência da desadministração, e "fechar as contas". Não gostou dos que "lamentaram" o fato, esperava ser aplaudida.
Lá da ONU, representando o Brasil, cujo presidente desde 1948 discursa na abertura, entre as contradições e o desacerto das posições, disparou: "É um absurdo que fiquem contra recorrer ao Fundo Soberano, que foi criado para isso". E ficou rindo com expressão de desprezo para os adversários e os que fizeram comentários desfavoráveis a ela.
Qual o valor desse Fundo?
Lula, presidente, e Dilma, sucessora, afirmativa com a maior satisfação, dando a impressão de ser rigorosamente verdadeiro: "Esse Fundo Soberano do Brasil é uma conquista inédita, são 200 Bilhões inteiramente livres". Jamais explicaram se era em REAIS ou DÓLARES, deixemos na incógnita.
Mas utilizamos a informação do Globo, revelada ontem: "A decisão de sacar 3 bilhões e 500 milhões de reais, para fechar as contas de 2014 vai deixar essa poupança praticamente zerada". Isso é textual. O Globo não erra. Pode cometer "equívocos jornalísticos na interpretação dos fatos", como eles mesmos confessam na fase de revisão desses "comportamentos jornalísticos equivocados do passado".
Agora quero colocar a questão para ver se surge alguma resposta. Lula e Dilma "não sabiam de nada” quando afirmaram que esses, Fundo Soberano valia 200 BILHÕES? alguém errou na aritmética (que chamam primariamente de matemática), e retirando 3 bilhões e 500 milhões do total de 200 bilhões, a poupança desaparece? Ou "sacaram" em outras oportunidades, sem comunicar é coletividade ou ao cidadão - contribuinte- eleitor?

terça-feira, 21 de maio de 2013

Dona Dilma deveria dar o pontapé da CPI dos Estádios. Teria apoio do doutor Renan, doutor mesmo. O ministro de Campos não está contra ele, os irmãos Ciro e Cid, sim. Michel Temer não gostou de perder. Os canalhas também morrem, epitáfio para Videla, Pinochet e Ustra.

Terça, 21 de maio de 2013

Helio Fernandes
Tribuna da Imprensa
Disforme e sem uniforme, Dona Dilma deu o pontapé no estádio Mané Garrincha. Já fizera o mesmo no Maracanã, Minas, Ceará e ontem repetiu em Pernambuco. Não escolhe nem as companhias, ficou abraçada com o governador Agnelo Queiroz, que soterrou uma CPI para se livrar da punição pelas acusações, das quais não se defendeu e ninguém o defendeu.

É bem verdade que os governadores Sérgio Cabral e Marcone Pirillo pegaram carona nessa operação. (A palavra soterrou fica muito bem, pois como sempre existiam empreiteiras construtoras riquíssimas envolvidas).

Esse pontapé foi repetido na televisão, tiveram o cuidado de editar sem a foto do governador, suspeitíssimo. Na verdade, foram 17 pontapés no cidadão-contribuinte-eleitor, que está pagando a construção superfaturada de todos esses estádios, que serão usados circunstancialmente.

segunda-feira, 20 de maio de 2013

Festival de concessões para negocistas, lobistas e corruptos. Na terça-feira tenebrosa da Câmara, Dona Dilma ficou no Planalto até 5 da manhã, até tudo acabar. Comeu como nunca ou como sempre. Videla e seus ‘amigos’ que o acompanhavam no ‘prazer’ da torturada, rotulados como mereciam. Todos escreveram ou falaram: ‘Morreu como devia, condenado à prisão perpétua, cumprida numa cela imunda, como foi sempre’.

Segunda, 20 de maio de 2013

Helio Fernandes
Tribuna da Imprensa
Excluindo as privatizações envolvendo Petrobras e Vale, jamais houve nada parecido em exibição de lobismo, do que a tramitação da MP dos Portos. Foi lobismo explícito, aberto, escancarado, e num volume espantoso, movimentando bilhões e bilhões.

E tudo sem constrangimento, sem pudor, sem o mínimo de vergonha. Renan Calheiros violou e violentou tudo que era possível, e além do mais, sabia o que estava fazendo. A quem prejudicava (o País), a quem favorecia (negocistas mais do que notórios), citados nominalmente.

Tripudiou sobre os derrotados, dizia: “Eu não tenho opinião, faço o que o plenário determina”. Estava farto de saber que 63 senadores estavam com o governo, apenas 9 do outro lado. Frase curta dele, depois de receber telefonema de agradecimento de Dona Dilma: “A sociedade queria essa MP, não podíamos negar”.

Renan era vigiado pelos senadores Eunicio de Oliveira e Romero Jucá, o Planalto não tinha tanta confiança nele, apesar do alto custo que sempre cobra. Henrique Eduardo Alves não ganhou telefonema.

NUNCA O INTERESSE PÚBLICO PERDEU TANTO, TÃO INTENSAMENTE

Além do cálculo de 800 bilhões, que serão movimentados pelos negocistas dos portos, essa importância só vale para agora. O setor privado vai montar um supermonopólio, tão escandaloso que não sobrará mais nada para portos estatais. Isso estava evidente a todo momento, os próprios defensores da negociata não escondiam: “O volume de negócios será fantástico, mas isso é do jogo”. E se abraçavam, satisfeitos.

sábado, 18 de maio de 2013

Dona Dilma sempre foi contra as licitações. Criadas pela covardia de FHC, que pretendia entregar toda a Petrobrás, revoltaram a futura presidente. Inesperadamente se apaixonou pelas licitações, é a grande defensora. Só que se recusa a chamar de “privatização”, mas não passa disso, tremendos prejuízos para o Brasil.

Sábado, 18 de maio de2013


Hélio Fernandes
Tribuna da Imprensa
Os mais diversos governos aparentam ou exibem um grande meio de confraternizar com a palavra “privatização”. Nem tudo que é “privatizado” é necessariamente ruinoso, prejudicial e perdulário, mas normalmente tem sido. E de tal maneira que os presidentes (o regime é presidencialista, eles podem tudo) mascaram os escondem os fatos, com palavras diferentes.

E não é apenas o receio de usar a palavra “privatização”, mas também a certeza de que desde o início ela já vem maculada e contaminada pelos vícios de criação. FHC, que começou essa onda de entrega do nosso patrimônio, chamou de “desestatização”, criou uma comissão com esse nome, jamais falou em “privatização”.

Todos os membros dessa Comissão enriqueceram fartamente, denunciei a todos (sem livrar o responsável maior, FHC), durante o próprio governo do PSDB. Como repito agora com o governo de Lula Dilma e do PT.

A VERGONHOSA ENTREGA DO NOSSO PATRIMÔNIO

Para contrapor com a palavra governamental, desestatização, criei outra, verdadeira e justificada diariamente: DOAÇÃO. Era disso que se tratava. O governo FHC doava nosso rico patrimônio, e recebia o que eu identifiquei como “moeda podre”.

O que significavam essas “moedas podres”? O seguinte: o pagamento era efetuado em ações de empresas faliadas ou desativadas ou títulos do governo, não circulou nenhum dinheiro. Então, vejamos: todos esses papéis (como os TDAs, Títulos da Dívida Agrária) não tinham valor algum no mercado, mas tinham um hipotético valor de face.

Alguns deles foram lançados pelo valor inscrito de 5 reais. Mas, no mercado, “valiam”, digamos, 10 centavos. É lógico que o comprador entregava o papel pelo valor de face (inaceitável) e o vendedor aceitava os 10 centavos. O que fazer se não havia valor (?) menor?. (Mais inacreditável ainda).

FHC TENTA PRIVATIZAR ATÉ A PETROBRAS

Depois de DOAR tudo, avaliando o patrimônio brasileiro por 50 vezes menor, calculem: de 10 centavos para 5 reais, exatamente essa desvalorização. Quase todas as empresas foram submetidas a essa aritmética criminosa. (A Vale foi
doada toda em ações da Rede Ferroviária, falida e desativada há muito tempo, e que entrou no cálculo já citado. (Existe alguma coisa que se compare a essa operação do Tio Patinhas ao contrário?)

Existia um objetivo global, que era “globalizar” tudo, por qualquer preço. E a meta principal, DOAR a Petrobras, usando lugar comum, “as jóias da coroa”. As multinacionais vibravam com a oportunidade de ganhar a maior empresa do  Brasil. Mas entrou em campo a covardia inata de FHC, e teve que achar um outro caminho. Criou então as LICITAÇÕES, bifurcação igualmente vergonhosa.

Essas licitações seriam periódicas, os campos de petróleo e gás da Petrobrás, mesmo os mais importantes, seriam entregues a “quem desse mais”. Empurravam pela garganta do cidadão-contribuinte-eleitor (a expressão que criei também na época) a certeza de que dinheiro desvalorizado na mão, valia mais do que as importantíssimas reservas de petróleo e gás.

DONA DILMA ENTRA EM CENA REVOLTADA COM AS LICITAÇÕES

Só a brava, na época, AEPET (Associação dos Engenheiros da Petrobrás) e este repórter combatiam as loucuras de FHC. Mas ganhamos (o Brasil ganhou) um aliado inicial e aparentemente importante e poderoso: a Ministra Dona Dilma, ainda vagamente presidenciável. Lula já fora reeleito, precisava de um “poste”, ele surgia, só que no feminino.

Já estávamos na sexta LICITAÇÃO. Dona Dilma, cada vez mais revoltada, queria explodir todas as pontes. Foi contida pela cúpula (lúcida e combatente) da AEPET, que argumentou: “Agora, perderíamos tudo, essa LICITAÇÃO não é tão importante. Depois, combateremos com mais chances”. Compreensivelmente, Dona Dilma aceitou, a AEPET dominava o assunto melhor do que ela.

DEPOIS, A GRANDE SURPRESA: DONA DILMA PASSOU A APAIXONADA PELAS LICITAÇÕES

4 meses depois, o Procurador-Geral do Paraná (autorizado pelo governador Requião), entrava no Supremo contra essas licitações, impetrando uma ADIN (Ação Direta de Inconstitucionalidade). Na certa, depois de consultar o presidente Lula, mas de qualquer maneira, altamente surpreendente, Dona Dilma aparece combatendo essa ADIN e DEFENDENDO as LICITAÇÕES. Espantoso.

Telefona para Nelson Jobim, presidente do Supremo, convidando-o para ir ao Ministério, e diz: Essa ADIN não pode ser aprovada, tem que ser derrubada”. Até Jobim se surpreendeu, mas concordou. Voltou ao Supremo, Eros Grau (que atendia Jobim com um simples sinal) pediu vista.

Passaram meses, Jobim coordenava, Dona Dilma cobrava, Grau vistoriava. Um dia, Jobim libera Eros Grau, este devolve o processo que vai logo para a pauta. Votada, a ADIN é derrubada por 7 a 4. O tribunal não era tão Supremo ou intocável. Dona Dilma descobriu o “caminho das pedras”, gostou do acostamento e da pavimentação, passou a transitar por ele, com a maior satisfação e intensidade.

DONA DILMA: TANTA LICITAÇÃO, POR UMA CAUSA VISIVELMENTE INGLÓRIA

Ninguém é obrigado a defender rigidamente as mesmas idéias. É possível EVOLUIR, no caso, mas trata-se, sem qualquer dúvida, do processo de INVOLUIR. E com obstinação, sempre contra o interesse e, sem coincidência alguma, prejudicando a Petrobras e o interesse nacional.

Temos vários assuntos e questões que representam a violenta mudança de posição de Dona Dilma. Está aí o grande escândalo da MP dos Portos, que domina a atenção do país. Esse provavelmente acabará no Supremo, tantas as irregularidades, ilegalidades e inconstitucionalidades. Nada terminou nessa vergonheira, na qual o PT um dia votava de uma forma, a favor, na noite seguinte, contrariava tudo, votava contra aquilo que defendera horas ou minutos antes.

PS – Dona Dilma continuou com a mesma “filosofia” de que mais vale dinheiro na conta do que petróleo e gás debaixo da terra.

PS2 – Assim, aceitou 2 bilhões e 800 milhões (uma miséria) entregando fortunas inalienáveis, que podem valer (e valem mesmo) dezenas de vezes mais. Dona Dilma joga fora uma reeleição quase certa, a pretexto de quê?

PS3 – Ninguém (nem mesmo ou principalmente Lula) agora pelo desgaste de Dona Dilma. Do jeito que vão as coisas, ela não será derrotada. Para ser derrotada, tem que concorrer.

“NÃO CHORES POR MIM, ARGENTINA”

quinta-feira, 2 de maio de 2013

Tudo indica que o Brasil caminha para uma espécie de chavismo pré-pago. Garotinho, presidenciável pelo Partido Socialista, teve 15 milhões de votos, Campos está por perto? As irregularidades impunes do PCdoB. Marco Maia não suporta o ostracismo. FHC presidente: ‘Sem medida provisória não há governabilidade’.

Quinta, 2 de maio de 2013
 
Helio Fernandes
Todas as análises e observações são preocupantes. O país caminha aceleradamente para a obsessão pelo Poder, manobrada perigosamente pelos que estão no Poder e querem mais. Ou seja, o que se vê, e não precisa de binóculo político ou eleitoral, é a implantação de uma espécie de chavismo pré-pago, e sem bolivarianismo.

Seria o terceiro golpe em 73 anos. É muito? Não é não, em vez do terceiro, poderíamos aumentar o número, passar a contar a partir de 15 de novembro de 1889, quando ocorreu a posse indireta dos marechais Deodoro e Floriano. Que vieram brigados da estranha Guerra do Paraguai. Fizeram as pazes, pelo Poder.

PARLAMENTARES ATACAM O SUPREMO E “LIVRAM A CARA” DO EXECUTIVO

Sempre foi o Executivo que oprimiu o Legislativo. É ele que tem o Poder de distribuir favores, cargos e privilégios, para que o Congresso aceite a “opressão”, gostosa e gloriosamente. O Judiciário não tem o que oferecer, a não ser julgamentos constitucionais.

quarta-feira, 16 de janeiro de 2013

Henrique Eduardo Alves, Renan Calheiros, Eduardo Cunha, comandarão o Congresso. Será o eclipse, o cataclismo, o silêncio e crepúsculo da credibilidade. Que República.

Quarta, 16 de janeiro de 2013
Helio Fernandes

Estamos no meio de uma guerra interna no PMDB, com repercussão externa em todo o país. Três personagens que não saem do noticiário, quase sempre negativo, pretendem (e praticamente já conseguiram) conquistar os três cargos mais importantes do Congresso. Presidente do Senado, presidente da Câmara, líder nessa Câmara. O líder no Senado é escolhido nos bastidores, ou melhor, é nomeado pelo presidente da República, que tem maioria.
Comecemos pelo Rio Grande do Norte e o deputado que é eleito e reeleito há 42 anos. Só agora pensou (?) em subir degraus no altar ou na escadaria da política? Não, deputado desde mocinho, tentou outros caminhos sem sucesso, repudiado pelo bravo povo de seu estado.
Derrotado duas vezes para prefeito de Natal, deixou no ar a pergunta jamais respondida: por que não pretendeu ser governador? Prefeito é a única eleição isolada (chamada de “solteira”), separada das outras, nacionais.
Não se elegendo prefeito, continuava indefinida e infinitamente como deputado. Perdendo para governador, ficaria 4 anos sem mandato, o que fazer da vida? E a presidência da Câmara, por que só pretender agora, aos 68 anos? Queria antes, a decadência ética, política e moral não havia atingido níveis tão permissíveis e assustadores.
Podia até ter considerado a possibilidade de presidir a Câmara, mas veio a separação conjugal, e a denúncia com firma em cartório: “Henrique Eduardo Alves tem 15 milhões de dólares em paraísos fiscais”. Teve que se recolher, não podia explicar nem negar, jamais trabalhara, como podia ter “juntado” tanto dinheiro?
Agora, segundo correligionários e íntimos, considerou chegado o momento, o cargo e a idade. Não tem mais nada a perder, se for eleito, deixa a presidência da Câmara com 70 anos. Aí, sim, se lança a governador. Perdendo ou ganhando, já está “em casa”, no auge ou no ostracismo.
Não contava com a onda de denuncias novas, e as antigas reafirmadas. É manchete de página e chamada na Primeira, diariamente, e nos mais diversos veículos. Considera que não vão atingi-lo (não vão mesmo), atribui tudo ao famoso “fogo amigo”.

RENAN PERDEU PARA GOVERNADOR MOCINHO, NÃO QUER TENTAR AGORA


Ninguém pode ou precisa acusar Renan Calheiros de alguma coisa, ele se encarregou de fazê-lo, de forma indiscutível. Seguiu a cartilha e a lição do seu mestre ACM-Corleone, renunciou à presidência do Senado para não ser cassado. Alguns mais ingênuos podem admitir: “Tendo renunciado ao mesmo cargo, ficaria incapacitado para voltar a ele”. Tolice, dizem que Renan é único “para presidir o Senado, tem muita experiência”.
Falam que seu futuro é o mesmo de Henrique Eduardo, com uma vantagem. Vai se eleger agora, deixa essa presidência em 2014, aí conquista o governo de Alagoas. Se perder, volta para o Senado, onde fica até 2018, talvez com outra presidência.
Dona Dilma, suposta “gerentona” e presumida estrategista política, disse para Renan: “Por que não se candidata ao governo de Alagoas. Tem meu apoio”. Riu, não respondeu, duvidou da eficiência do apoio e da oportunidade. Dona Dilma, no início de fevereiro, acumulará três derrotas. Ganhar com Renan, Eduardo Alves e Eduardo Cunha é de ser criticada pelo próprio Luiz Inácio Lula da Silva.

EDUARDO CUNHA, O LOBISTA DO ENRIQUECIMENTO ILÍCITO


Dos três, é o que jamais pôde ou poderá se candidatar a governador, fez carreira num estado grande. É bem verdade que já disse e pode repetir: “Se Sergio Cabral chegou onde chegou sem a mínima capacidade de se comparar comigo, também posso chegar”. É só fantasia, e quando afirmou isso, estava convencido de que o governador não o apoiaria para a liderança.
Cabral tem coragem de comprar iate em mansão em Mangaratiba e de ser intimíssimo de Cavendish, mas não dormiria uma noite tranquila se rompesse com o deputado lobista. E liquidaria sua própria carreira, que considera ainda no inicio.
Cunha é audacioso. Apesar do passado e do presente calamitoso, é especialista em processar jornalistas. Não ganha uma, mas se aproveita do equívoco colossal da Constituição de 1988. Esta acabou com os processos de “injúria, calúnia e difamação”, que proporcionavam famosos debates na Justiça, permitindo a defesa e a acusação.
Grandes advogados, que acabaram no Supremo, travaram debates públicos que ficaram na História. Agora qualquer bandido intimida e processa jornalistas. Se ganhar, recebe o que pediu. Se perder, não perde nada, não há reciprocidade. Que República.
Essas candidaturas e os “adversários” tornam mais urgente e obrigatória a reforma partidária. Julio Delgado, do PSB, também quer ser presidente da Câmara. Mas o “dono” do seu partido, o badaladíssimo governador de Pernambuco, não dá uma palavra a favor do correligionário. Correligionário? Há!Ha!Ha! 
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Leia ainda de Helio Fernandes: "RUBENS PAIVA – Torturado na Aeronautica. Assassinado no Exército (Doi-Codi). A tortura investigada pelo general Geisel."
 

quarta-feira, 21 de novembro de 2012

STJ pode definir dia 4 a indenização que a União pagará à Tribuna da Imprensa por 10 anos de implacável censura

Quarta, 21 de novembro de 2012
Por Carlos Newton
Tribuna da Internet
O site do Superior Tribunal de Justiça está informando desde ontem que o ministro Castro Meira, relator do recurso especial 1.324.250 RJ, em que são apelantes a Tribuna da Imprensa e a União Federal, pediu dia para o julgamento desse processo, iniciado há 33 anos.

Helio Fernandes na sede da Tribuna, depois da explosão que destruiu o jornal

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JULGAMENTO
Caso não haja imprevistos, o processo deverá ser julgado na sessão da Segunda Turma do dia 4 de dezembro, às 14 horas, pondo fim à angústia e ao sofrimento de centenas de funcionários e ex-funcionários e dos editores-controladores da Tribuna, que, entre 1968 e 1978, tiveram mais de 3.000 edições do combativo e independente jornal censuradas pelos agentes da ditadura. Além disso, os agentes do regime militar explodiram a redação e a oficina do jornal, para evitar sua circulação,

A parte ilíquida da indenização devida ao jornal, baseada em meticulosa e complexa pericia judicial, foi julgada pelo juiz da 12ª. Vara Federal do Rio, mas sofreu heterodoxa reforma em segunda instância. O magistrado-relator do TRF/2ª. Região desconsiderou o valor arbitrado e sem amparo em perícia alguma elaborou um valor aleatório, que desagradou tanto à Tribuna da Imprensa como à União Federal. Ambos recorreram.

Segundo cálculos da perícia, durante o período de maior censura, entre 1968 e 1978, o jornal “Tribuna da Imprensa” teve mais de 3.000 edições adulteradas, canibalizadas pelos agentes do regime militar, que davam plantão de 24 horas em suas instalações. Mais de 200 primeiras páginas do jornal foram impressas com grandes espaços em branco, inviabilizando o jornal econômico e financeiramente. Sua tiragem caiu e os anunciantes desapareceram, gerando perdas irreparáveis.

O jornal só sobreviveu até 2008, graças ao desprendimento, idealismo e coragem de seus diretores e de seus funcionários e, em especial, graças ao maior jornalista brasileiro, Hélio Fernandes, hoje com 92 anos e que jamais se submeteu aos poderosos do dia.

terça-feira, 15 de fevereiro de 2011

A dívida

Terça, 15 de fevereiro de 2011
"Se formos relacionar as afirmações de Lula nos 8 anos do Planalto-Alvorada, a constatação é melancólica. Mas em razão da DÍVIDA EXTERNA, totalmente mentirosa. Desculpem, é a palavra." (Helio Fernandes em artigo de hoje na Tribuna da Imprensa)

sexta-feira, 12 de novembro de 2010

O Baú do PanAmericano

Sexta, 12 de novembro de 2010
Esta fase das irregularidades não tem número, são tantas e tão inexplicáveis, que é impossível numerá-las, contabilizá-las, identificá-las, com nomes, sobrenomes, cargos e responsabilidades.  A Caixa Econômica tinha 49 por cento do PanAmericano. Responsáveis pela Caixa, disseram publicamente: “Essas irregularidades aconteceram ANTES de comprarmos parte do PanAmericano”.

Nunca vi ou soube de uma CONFISSÃO TÃO GRANDE DE CULPA. Se os próprios responsáveis (?) pela Caixa afirmam que, quando compraram parte do PanAmericano, as irregularidades já existiam, POR QUE COMPRARAM? Passaram a CÚMPLICES, deviam ter denunciado tudo ao Banco Central. (Provavelmente não fizerem por saber que o BC era conivente).

Além de cúmplices ou coniventes com as irregularidades “anteriores”, vá lá, tinham 49 por cento do PanAmericano e não tomavam conhecimento do que se passava lá dentro? (Qualquer membro do Ministério Público, vai brigar para participar dessa investigação).

 Não dá nem para esmiuçar ou detalhar o que se tramava no interior do PanAmericano, com a aprovação e comprovação antecipada dos 49 por cento dos “representantes” da Caixa.

(Trecho do artigo de Hélio Fernandes na Tribuna da Imprensa de hoje (12/11), onde comenta o problema do Banco PanAmericano, de Sílvio Santos. Leia a íntegra do artigo)

quinta-feira, 19 de agosto de 2010

STJ julga terça-feira o processo que impugna a compra da TV Globo de São Paulo por Roberto Marinho, que usou documentos falsos

Quinta, 19 de agosto de 2010

De Helio Fernandes na Tribuna da Imprensa
A Ação Declaratória de Inexistência de Ato Jurídico proposta pelos herdeiros dos antigos acionistas da Rádio Televisão Paulista S/A (hoje, TV Globo de São Paulo), contra o Espólio de Roberto Marinho, será julgada no dia 24, pela 4ª Turma do STJ.

O relator do recurso é o ministro João Otávio de Noronha, que discordando do Tribunal de Justiça do Rio de Janeiro, que negou seguimento ao recurso especial,  deu provimento ao agravo de instrumento interposto contra essa decisão, determinando a subida dos autos, com mais de 4 mil páginas, ao Superior Tribunal de Justiça para melhor exame da matéria.

No recurso, os Espólios de Manoel Vicente da Costa, Hernani Junqueira Ortiz Monteiro, Oswaldo J. O. Monteiro, Manoel Bento da Costa e outros (controladores de 52% do capital social inicial da empresa de comunicação),  atacam acórdão proferido pelo Tribunal de Justiça do Rio, que confirmando decisão de primeira instância, negou provimento à apelação, julgando PRESCRITA A AÇÃO ANULATÓRIA ajuizada pelos autores para invalidar ato jurídico (a compra da Rádio Televisão Paulista S/A por Roberto Marinho).

Como na verdade os autores ajuizaram AÇÃO DECLARATÓRIA de Inexistência de Ato Jurídico, que é imprescritível, e não ANULATÓRIA para invalidar ato jurídico, o juiz de primeiro grau e o Tribunal de Justiça do Rio teriam incorrido em grave equívoco, na medida em que alteraram por conta própria o pedido inicial, que visava simplesmente a declaração da inexistência de negócio e não a sua nulidade.
Leia o artigo completo

sábado, 30 de janeiro de 2010

Copiando Médice

Sábado, 30 janeiro de 2010
De Helio Fernandes na Tribuna da Imprensa

Dona Dilma, copiando o ditador general Médici

“O Brasil será a quinta potência do mundo, mas o povo não será”. Vejam só se é muito diferente: “A economia vai bem, mas o povo vai mal”. Está é do “presidente” Médici, “copiada” para ele pelo general que chefiava a ARP (Relações Públicas), altamente competente.
Lúcida aos 100 anos
Dona Memélia, mulher do historiador Sergio Buarque de Holanda e só muito mais tarde mãe do Chico, deu um show de memória e de conhecimento.
O auge, quando Dona Dilma, sem ser convidada e nunca ter falado com ela, foi entrando na casa. Pergunta de Dona Memélia: “Quem é essa que nunca vi, nem sei quem é?” Bestial, pá.

sábado, 23 de janeiro de 2010

Usineiros não são mais heróis?

Sábado, 23 de janeiro de 2010
 De Helio Fernandes, no site da Tribuna da Imprensa

Ano passado Lula disse que eram, nunca foram. Quando o produto líquido (álcool) estava mais valorizado, produziam. Houve inversão no mercado, o sólido (açúcar) paga muito melhor, mudaram, são capitalistas.
Podiam ser progressistas ou reacionários, desde Gilberto Freire se sabe que a segunda espécie é maioria absoluta. Em vez de recomendar “não abasteçam os carros com álcool”, devia reler o autor pernambucano do qual o senhor tanto gostava.

terça-feira, 12 de janeiro de 2010

Coisas da ditadura

Terça, 12 de janeiro de 2010
Brizola, 1961, 62, 63, 64, a glória de um lutador. Só saiu do Brasil para não ser assassinado na certa. Voltou, deveria ter sido presidente, positivo ou negativo. Pelo menos valeria a experiência no Poder, não só dele, mas também de Carlos Lacerda. (Leia a coluna do jornalista Helio Fernandes)

terça-feira, 22 de dezembro de 2009

Ainda sobre Lincoln Gordon, o golpista

Terça, 22 de dezembro de 2009
Excelente a coluna do jornalista Helio Fernandes na Tribuna da Imprensa desta terça-feira. Relata fatos ligados à nefasta participação do embaixador americano no Brasil, Lincoln Gordon, morto esta semana, na articulação do golpe de 31 de março de 1964, golpe que implantou a ditadura que levou 21 longos anos de sofrimento ao povo brasileiro, morte, tortura e banimento de milhares de cidadãos. Em sua coluna , sob o título "A morte e a morte de Lincoln Gordon. A traição que durou 45 anos e não serviu à nossa História nem a dos EUA", o jornalista Hélio Fernandes escreve:
"Agora será enterrado mesmo. Da primeira vez, apareceu no Brasil como embaixador, ressalvando que vinha como “professor de Harvard”. Ilusão fugaz. Da mesma linha dos outros que chegavam fingindo “amizade e respeito”, mas mandavam da mesma forma. Só que Gordon enganou mesmo.

Em 1962, um importante líder do PTB, (já morto) que morava no Parque Guinle, num edifício bem em frente ao Palácio Laranjeiras, me dizia da varanda, com mais dois amigos do presidente João Goulart: “Tivemos sorte de receber como embaixador, um professor como esse, 100 por cento democrata”.

Se lessem seus relatórios, saberiam o que preparava junto com generais americanos. Sem o embaixador Gordon, a “Operação Brother Sam” não teria obtido tanto sucesso."
Leia a coluna completa