Imprensa é oposição. O resto é armazém de secos e molhados."

(Millôr Fernandes)
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segunda-feira, 30 de outubro de 2017

Por uma frente de esquerda socialista, para unir os trabalhadores e derrotar o projeto da burguesia!

Segunda, 30 de outubro de 2017
É necessário enfatizar que as maiores empresas do país são as principais responsáveis pela corrupção, seus diretores são os principais corruptores e não apenas o lumpesinato político que os noticiários apontam diariamente
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Do site do PCB
A crise política brasileira se agrava a cada dia com a emergência de uma conjuntura típica dos períodos em que o velho ciclo está morrendo e o novo ainda não se consolidou. Nesse intervalo, aparecem os fenômenos mais bizarros, as aberrações inesperadas e os fatos mais imponderáveis, como o renascimento do fascismo, do fundamentalismo religioso, os pronunciamentos de militares da ativa e da reserva querendo a volta da ditadura militar, além de grupos de extrema direita reivindicando a intervenção das Forças Armadas para resolver a crise e realizando ações obscurantistas, invadindo salas de aula, bem como realizando censura a manifestações artísticas em várias regiões do país.

terça-feira, 23 de maio de 2017

Intensificar as lutas nas ruas, derrubar Temer, derrotar as reformas e construir um programa alternativo para o Brasil!

Terça, 23 de maio de 2017
Do PCB
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O Partido Comunista Brasileiro (PCB) convoca os trabalhadores, a juventude e o proletariado em geral a intensificar a luta nas ruas, nos locais de trabalho e estudo, inclusive se utilizando da desobediência civil, com o objetivo de derrubar o governo usurpador, anular o ajuste fiscal, as reformas da previdência e trabalhista, a reforma do ensino médio e as privatizações, além de todos os atos do governo ilegítimo e construir uma alternativa para o país baseada nos interesses populares. As recentes revelações dos áudios e da delação premiada dos donos da JBS, maior produtora de proteína animal no mundo, revelam, mais uma vez, de maneira cristalina, a podridão do nosso sistema político baseado nos interesses capitalistas.

sexta-feira, 5 de maio de 2017

Foi bonita a luta, pá! Agora, é seguir na ofensiva até a derrubada do governo usurpador!

Sexta, 5 de maio de 2017

Do Resistir.Info (Portugal)

por Edmilson Costa [*]
Brasil, zero hora do dia 28 de abril. Os comandos grevistas começam a fechar as garagens dos ônibus, uma a uma, em praticamente todos os Estados e no Distrito Federal. Começava a greve geral vitoriosa no País. O metrô iniciou sua paralisação ainda pela madrugada nas principais capitais e, mesmo com a tentativa de colocar funcionários administrativos para operar as máquinas, a paralisação ultrapassou os 90%. Os metalúrgicos de vários Estados também cruzaram os braços e não foram trabalhar, assim como petroleiros, operários da construção civil, estivadores, funcionários dos correios, bancários e professores de várias capitais e grandes cidades. Boa        parte do comércio também fechou e aqueles estabelecimentos que abriram praticaram ficaram às moscas, porque não tinham a quem vender. No total, cerca de 92 categorias [profissionais] de trabalhadores aderiram à paralisação, representando assim a maior greve geral da história do Brasil.

quinta-feira, 30 de março de 2017

As ilusões revividas: o melancólico retorno dos órfãos da burguesia nacional no Brasil

Quinta, 30 de março de 2017
A globalização hegemonizou o domínio das burguesias centrais sobre os países periféricos e que a burguesia brasileira, por características históricas, está não só subordinada à dinâmica do grande capital internacional, como a ele está associada, além do fato de que em todos os momentos de crise se perfilou ao lado do imperialismo.
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Edmilson Costa*
As recentes denúncias de corrupção e promiscuidade entre o setor público e privado nas áreas de construção civil e petróleo e gás levantadas pela Operação Lava a Jato e, mais recentemente, as denúncias de uma série de irregularidades sanitárias na produção dos principais monopólios de processamento de carnes ressuscitaram um velho debate sobre o papel da burguesia nacional no País e trouxeram de volta os ingênuos defensores da chamada burguesia brasileira. Eles agora argumentam que as operações contra a corrupção e as fraudes contra esses grandes monopólios, realizadas pela Polícia Federal, procuradores e juízes, na verdade seriam uma ofensiva da política e da justiça para destruir as grandes empresas nacionais, justamente aquelas que são responsáveis por parcelas expressivas das exportações brasileiras. Haveria nesse processo uma aliança entre esses setores e os interesses do imperialismo para quebrar as empresas nacionais e possibilitar às corporações estrangeiras ocuparem os mercados deixados pelas empresas brasileiras.

terça-feira, 14 de março de 2017

Brasil: Intensificar as lutas nas ruas para derrotar o governo golpista

Terça, 14 de março de 2017
Do Resistir.Info
por PCB
A situação do país é muito grave e a paciência da população está chegando ao limite. A economia brasileira está em frangalhos, com a maior recessão de sua história moderna: o desemprego já atinge 13 milhões de trabalhadores com carteira assinada [1] e mais cerca de 7 milhões que já desistiram de procurar emprego, além do arrocho salarial e a queda na renda [2] da população. A crise financeira dos Estados e Municípios está levando o caos aos serviços públicos, com o precário atendimento à saúde, atraso de salários e demissão de funcionários públicos, processo que se agrava com a crise nas penitenciárias brasileiras, cuja face mais visível são os massacres ocorridos em vários Estados.

quinta-feira, 22 de dezembro de 2016

Mais um avião caiu: somos todos Chape, Rafael Braga não é ninguém

Quinta, 22 de dezembro de 2016
Por Mauro Luis Iasi*
Publicado originalmente em 21/12/2016 no Blog da Boitempo

(Para Rafael Braga, porque é sobre ele, e para Rafinha, porque a ideia é dela)
Lamentamos informar que neste terrível ano que parece não acabar nunca, tivemos a notícia de mais um terrível acidente envolvendo uma aeronave. As informações ainda são muito desencontradas uma vez que grandes redes de televisão insistem em dizer que o acidente não ocorreu, distorcem e ocultam os fatos, prejudicando muito a compreensão do ocorrido.
Ainda não sabemos ao certo o número de vítimas e sobreviventes. O avião caiu em um lugar de difícil acesso. As equipes de salvamento tiveram que pegar vários ônibus, fazer baldeação para pegar o trem e se demoram a chegar ao local que ainda sofre, nesta época do ano, com inundações frequentes.

sábado, 30 de julho de 2016

Lutar não é crime! Nota de repúdio do PCB ao monitoramento da PM-RJ a atividades políticas; OAB/RJ critica investida da PM contra evento do PCB

Sábado, 30 de julho de 2016
Do PCB
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(Nota de repúdio do PCB ao monitoramento da PM-RJ a atividades políticas)

O PCB vem a público repudiar o monitoramento ostensivo às atividades políticas, por parte da Polícia Militar do Rio de Janeiro. Ontem, dia 28 de Julho, o PCB organizava um importante debate sobre “Desmilitarização da Segurança Pública”, com a presença de muitos jovens, intelectuais, militantes do movimento negro, feminista e de favelas. Logo no início, houve a tentativa de invasão à nossa sede nacional pela PM-RJ. Os policiais justificaram sua presença para cumprirem ordens superiores de monitoramento de “manifestação”. Além disso, afirmaram que nosso evento não era o único monitorado.

domingo, 17 de abril de 2016

A paralisia que nos sufoca

Domingo, 17 de abril de 2016
Do site do PCB

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Ao se recusar a aceitar a dureza da realidade e mudar sua orientação conservadora, o governo se manteve na trilha da ortodoxia.

Ao mesmo tempo em que pregava a necessidade de sacrifício de “todos” na superação da crise, a prática do governo revelava outra coisa. Ao longo dos 14 meses iniciais do segundo mandato, foram drenados R$ 588 bilhões do orçamento para o sistema financeiro, a título de pagamento de juros da dívida pública. Uma loucura patrocinada pela armadilha do superávit primário. Ou seja, ao tempo em que reduzia as rubricas de educação, saúde e previdência, o Planalto aumentava as somas dirigidas ao financismo”.​

Paulo Kliass *
É bastante compreensível que os dias antecedendo à votação do processo de impeachment no Congresso Nacional ofereçam o atual quadro de expectativa imobilizadora. Em particular, esse é o drama que o Brasil enfrenta também no domínio da política econômica. A tensão política generalizada e a indefinição completa quanto ao eventual resultado final da votação no plenário da Câmara dos Deputados tendem a provocar atrasos em decisões importantes de empreendimentos e investimentos, em especial aquelas oriundas do setor privado. Estão todos em compasso de espera.

No entanto, o fato que não encontra explicação alguma no campo da racionalidade política refere-se à mais completa paralisia e ausência de decisões expressivas de diretriz governamental. Infelizmente, essa tem sido a marca do segundo mandato da Presidenta Dilma.

quinta-feira, 31 de março de 2016

O último cavalo encilhado!

Quinta, 31 de março de 2016
Do site do PCB
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Ivan Pinheiro (*)
Leonel Brizola dizia sempre que quando a um ser político a vida oferece uma oportunidade de ouro ou ele a agarra ou vai pagar um alto preço perante a história. Na sua linguagem dos pampas, a oportunidade era tão sedutora como um cavalo pronto para ser montado.


Por sua sensibilidade e coragem pessoal, ele talvez tivesse montado o fogoso cavalo que passou encilhado para Lula, em 1º de janeiro de 2003. Mas Lula rasgou neste dia as propostas do chamado Programa de 100 Dias, preparado por um Conselho Político formado, durante as eleições de 2002, pelos cinco partidos daquela coligação (PT, PSB, PDT, PcdoB e PCB). O novo Presidente jogou no lixo o Conselho, junto com o Programa. Neste, destacava-se a imediata promoção de um plebiscito para decidir a convocação de uma Assembleia Nacional Constituinte, livre e soberana, com participação popular.

Por um bloco de luta anticapitalista para barrar o avanço da direita. Nota Política do PCB

Quinta, 31 de março de 2016
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O PCB defende as liberdades democráticas, entendidas como espaços conquistados pela luta dos trabalhadores, contra a ofensiva da ordem burguesa que visa retirar direitos econômicos e sociais da classe trabalhadora e restringir as liberdades de organização e expressão, impondo um clima fascistizante de intolerância no debate político.

domingo, 20 de março de 2016

‘Um processo de direitização significa imposição do medo à maioria da população’

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A historiadora Virgínia Fontes é coordenadora do Programa de Pós-graduação da Escola Politécnica de Saúde Joaquim Venâncio, da Fiocruz, e professora da Universidade Federal Fluminense. Respondendo a três perguntas de análise de conjuntura do Portal EPSJV, ela identifica tanto causas econômicas quanto movimento de autopreservação nas posições que o grande empresariado e partidos da oposição têm assumido na crise política.

No esforço de entender o cenário atual, que leitura você faz do que está acontecendo no país?
O que está acontecendo é um processo muito complexo e que não é linear. Vamos pegar os principais elementos. Nós temos uma crise econômica, portanto uma baixa da taxa de lucro. Crises econômicas são normais na sociedade capitalista. Estamos diante de uma crise capitalista que tem relação com a burguesia brasileira mas ela não justifica alguma coisa do que está acontecendo aqui. O segundo ponto importante de se levar em conta é que provavelmente existe uma briga interburguesa, embora na imprensa burguesa mais direta isso não apareça. Alguns leram essa briga interburguesa como sendo a oposição entre burguesia industrial e financeira ou uma burguesia mais brasileira contra a imperialista. Eu não concordo. Provavelmente a briga que está acontecendo agora é o que eu chamaria de briga de cachorro grande. Desde os governos Fernando Henrique e continuando nos governos Lula, houve impulso e apoio para concentração e centralização do capital no Brasil. Com as privatizações do governo Fernando Henrique, com a legislação para exportação de capitais do governo Fernando Henrique e depois com a atuação do BNDES para montar as campeãs nacionais no governo Lula. É preciso lembrar que o BNDES no governo FHC também financiou a privatização com moeda podre. Portanto, nós temos órgãos de Estado agindo no sentido de consolidar burguesias de alta potência desde o início dos anos 1990. Estimular concentração e centralização do capital significa que esse capital precisa se reproduzir para dentro e para fora. Essas empresas se converteram em multibrasileiras. E, como acontece com as multi em qualquer lugar do mundo, isso significa enfrentar tensões políticas para fora e ser capaz de acalmar para dentro. O que está acontecendo no Brasil? Tudo indica que a tensão burguesa hoje é de escala: massa de burguesia de menor escala, num momento de crise, briga com as suas congêneres maiores. E briga pelo que tem de política pública. Não briga contra a corrupção, ela quer um pedaço para ela. Porque o problema do Brasil não é corrupção, o problema é o funcionamento regular do Estado, que é podre, porque a burguesia está dentro do Estado. Tem que controlar a corrupção, mas ninguém nunca vai controlar a corrupção se é a própria burguesia que determina o que a política pública vai fazer. Portanto, essa briga de escala é bastante silenciada, mas expressa uma série de outras tensões para as quais a gente não está dando atenção.

quarta-feira, 23 de dezembro de 2015

Rui Costa inimigo do trabalhador baiano

Quarta, 23 de dezembro de 2015
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Do Comitê Regional do Partido Comunista Brasileiro/Bahia
A conjuntura política na Bahia não está desvinculada da conjuntura nacional. Apesar de o estado estar em situação muito confortável, no que diz respeito aos recursos públicos, o governador burgo-petista, Rui Costa, tem implementado o projeto neoliberal de desmonte do Estado, sucateamento dos serviços públicos, atacando os direitos trabalhistas dos servidores públicos e fazendo uma falsa contenção de despesas que só tinge os serviços públicos essenciais, como saúde e educação.

terça-feira, 8 de dezembro de 2015

O processo de impeachment em nada favorece os trabalhadores, seja qual for o resultado: A nossa luta é contra o capitalismo!

Terça, 8 de dezembro de 2015
Do site do PCB
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Nota Política do PCB
A abertura do processo de impeachment contra a Presidente da República é expressão do auge de uma profunda crise que conjuga a falência do modelo político excludente de dominação burguesa e do modelo econômico baseado nos fundamentos neoliberais, consolidados nos governos FHC e continuados nos governos petistas, a partir do compromisso assumido por Lula, nas eleições de 2002, em um documento dirigido aos banqueiros, sob o título disfarçado de Carta aos Brasileiros.
Agravam esse quadro o esgotamento do papel do PT como partido reformista funcional ao capital, o rebaixamento da corrupção ao nível do fundo do poço, a destruição do meio ambiente provocada pelo agronegócio e a mineração, o aumento da repressão às lutas populares e da violência policial contra as comunidades pobres e os efeitos da crise mundial sistêmica do capitalismo, com a queda dos preços das commodities, o desemprego, a perda de direitos e de perspectivas para a juventude, as camadas médias e o proletariado.

domingo, 6 de dezembro de 2015

A “volta da CPMF” e o retorno a uma velha questão: quem paga imposto no Brasil?

Domingo, 6 de dezembro de 2015 
Do site do PCB
O Brasil atravessa uma grave crise econômica, que vem provocando recessão, desemprego, inflação e outros efeitos nefastos para a vida dos trabalhadores. Para os economistas burgueses, a “estabilidade” da economia se daria com o orçamento “equilibrado” (sem déficits), a partir do que haveria uma entrada “natural” de novos investimentos e a consequente retomada do crescimento. Na lógica do capital financeiro, são exigidos cortes nos gastos públicos – como os feitos na Educação, que superam os 10 bilhões de reais – e o “enxugamento” da máquina do Estado. Além disso, o governo propõe aumentar os impostos existentes e recriar a Contribuição Provisória sobre a Movimentação Financeira, a CPMF.
A estrutura tributária brasileira é extremamente regressiva – quem ganha menos acaba pagando mais – e centrada nos chamados impostos indiretos, embutidos nos preços dos produtos: um trabalhador que ganha salário mínimo e compra um remédio paga o mesmo que um empresário rico que compre o mesmo medicamento. Quem tem 1 apartamento paga o mesmo IPTU, por apartamento, que o proprietário de 20 imóveis. Nos impostos diretos, como o imposto de renda, bancos e grandes empresas pagam muito pouco porque manipulam seus lucros e dividendos. Ao contrário do que alardeia a mídia burguesa, a carga tributária, no Brasil, está abaixo da média mundial. Quem de fato paga imposto é o trabalhador.
A CPMF foi criada em 1997, substituindo o Imposto Provisório sobre Movimentação financeira (criado em 1993) e durou até 2007, com a finalidade de gerar recursos para o setor da Saúde. A arrecadação chegou a 30 bilhões de reais, em 2006. Do total arrecadado, cerca de 40% foi para o Ministério da Saúde, e os 60% restantes destinados à Previdência Social, ao fundo de combate e erradicação da fome e ao caixa do Tesouro. Mesmo que o quadro da Saúde não tenha sido alterado – seguiu sofrendo o processo de sucateamento e privatização –, essa “divisão do bolo” gerou críticas do empresariado e de parte das camadas médias, e o tributo acabou extinto. No entanto, a principal razão que incentivou os empresários a lutar pela extinção da CPMF deveu-se ao fato de que esta cobrança detecta, pelos depósitos bancários, praticamente toda a movimentação financeira, seja oficial ou não. Ou seja, capta todo o “Caixa 2” das empresas e as expõe ao exame público.
Se tivéssemos no Brasil um governo verdadeiramente voltado a representar os interesses dos trabalhadores, a CPMF poderia servir para reduzir a enorme injustiça presente na cobrança de tributos, passando a taxar o setor financeiro – o que mais lucra com a crise, assim como as grandes empresas, dificultando a movimentação de receitas não declaradas. Mas, no capitalismo, nenhuma medida de gabinete, tomada por tecnocratas que aplicam o ajuste fiscal e atacam direitos dos trabalhadores, fará com que a distribuição de renda no Brasil seja mais justa. Somente o movimento popular, por meio da luta organizada, pode pressionar no rumo dessa conquista.

domingo, 13 de setembro de 2015

Contra as cercas impostas pelo capital a imigrantes, refugiados e vítimas das guerras imperialistas


Domingo, 13 de setembro de 2015
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A luta da classe trabalhadora não tem fronteiras!
(Nota Política do PCB)
O elevadíssimo e crescente número de imigrantes e refugiados que chegam diariamente à Europa, vindos principalmente da África e do Oriente Médio, não deixa dúvidas quanto à gravidade da crise e das razões que a geraram. As tragédias envolvendo naufrágios de embarcações precárias, abarrotadas de pessoas que buscam condições de vida e trabalho dignas, como no triste episódio do menino sírio encontrado morto numa praia mediterrânea, somadas às cenas de atos de violência nas fronteiras de diversos países europeus para onde os imigrantes se deslocam, começam a gerar ondas de indignação por todo o mundo e a compelir os países centrais da União Europeia e de outras regiões a aceitarem receber, oficialmente, “quotas” de refugiados.

terça-feira, 18 de agosto de 2015

Golpe branco: o capital ganha com a crise e os trabalhadores pagam a conta

Terça, 18 de agosto de 2015
Do site do PCB

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Nota Política do PCB (Comitê Central)
Aproveitando-se do auge da crise política que estimularam – sangrando o PT – e preocupados com um iminente impasse institucional em meio ao agravamento da versão brasileira da crise mundial do capitalismo, os monopólios patrocinadores das campanhas eleitorais da grande maioria dos governantes e parlamentares impõem um novo pacto burguês ao país.
Em troca de uma garantia formal e conjuntural de governabilidade, o PT – já no fundo do poço de sua trajetória de conciliação com o capital e traição à classe trabalhadora – terá que aceitar uma maior terceirização do governo, reprimir a rebeldia popular e resgatar uma cara hipoteca: a chamada “Agenda Brasil”. Isto significa que haverá mais exploração dos trabalhadores, privatização do patrimônio público residual, destruição do meio ambiente e sucateamento dos serviços públicos e do Estado, para alavancar a lucratividade dos monopólios em nome da “responsabilidade fiscal”, eufemismo para garantir o fiel e pontual pagamento aos banqueiros e outros rentistas beneficiários de uma dívida pública sem transparência.
Para assegurar essa governabilidade (que em verdade só será garantida se a economia apresentar sinais de recuperação), resolvendo a crise política institucional para se concentrar na crise econômica, instala-se um parlamentarismo de fato, sob o comando do indefectível PMDB. Os próximos passos, que já se presumem, são tirar das ruas as manifestações contra e a favor de Dilma, livrar de processos judiciais por corrupção os que aderirem à conciliação premiada, desativar a pauta “bomba”, no que se refere às questões fiscais, e isolar e amaciar os parlamentares recalcitrantes que insistirem em botar fogo no circo da democracia burguesa.

quinta-feira, 12 de fevereiro de 2015

Um ajuste fiscal para cevar os banqueiros e rentistas ou o mimetismo degenerado do camaleão proletário

Quinta, 12 de fevereiro de 2015
Por Edmilson Costa*
Na natureza, o mimetismo é um processo através do qual os animais buscam se camuflar, se adaptar, se confundir com o meio ambiente ou com outras espécies, de forma a se defender dos predadores, atacar uma presa ou agir de forma disfarçada para sobreviver. Geralmente evoluem em termos de textura, padrão de comportamento ou coloração, visando sobreviver ou obter uma vantagem em relação aos outros animais. Se na natureza, essa tática tem alguma efetividade, na política e na economia o mimetismo é um fenômeno degenerado que transforma as organizações políticas e sociais em instrumentos inteiramente diferentes daquilo que pregavam no início de sua existência, mudam de plumagem, de programa e objetivos e levam seus militantes e simpatizantes a frustrações, acomodação, além da derrota moral e política.
Esse fenômeno serve como uma luva para a trajetória do Partido dos Trabalhadores (PT) nos últimos 20 anos e, especialmente, desde que assumiu o governo, há 12 anos. Como um camaleão proletário, exerceu seu mimetismo de maneira impressionante, ao se adaptar de tal forma ao sistema, que passou a ser um dos seus principais organismos, se não o principal, da ordem que antes dizia combater. Quando estava apenas nos governos municipais e estaduais as pessoas pouco se davam conta das transformações mimetistas que estavam se observando no interior da organização, afinal somente aqueles que viviam no local ou regionalmente podiam constatar esse fenômeno. Mesmo assim, como não se tratava de uma transformação de caráter nacional, muitos imaginavam que fosse um fenômeno específico dessa ou daquela região.

*Edmilson Costa é secretário de Relações Internacionais do PCB

domingo, 26 de outubro de 2014

Um diálogo sobre a política externa brasileira

Domingo, 26 de outubro de 2014
 
Ivan Pinheiro
Secretário Geral do PCB

Camaradas:
Senti necessidade de escrever essas modestas linhas, diante da surpreendente repercussão da Nota Política do PCB, indicando o voto nulo no segundo turno das eleições presidenciais de 2014.
Uma decisão corajosa como esta, que condicionou a tática à estratégia socialista da revolução brasileira, reiterada pelo recente XV Congresso Nacional do Partido, provocou esta saudável polêmica, exatamente porque questiona o ritual que se repete nas últimas eleições, às vésperas das quais o PT tem uma recaída de discurso à esquerda, levantando o fantasma do golpe de direita, como se o capital quisesse derrubar o governo que lhe deu lucros “como nunca antes na história deste país”.
O debate em geral tem sido num nível elevado, apesar de algumas posturas passionais, ao sabor das pesquisas eleitorais, em função do risco de o PT perder as eleições para si próprio.
O voto nulo não é uma questão de princípio para os comunistas, mas uma posição política que exigimos seja respeitada. Se fossemos bolivianos, não teríamos dúvidas de recomendar com entusiasmo o voto em Evo Morales que, é bom lembrar, nunca correu risco de perder as recentes eleições, porque efetivamente promoveu mudanças no sentido dos interesses populares. Convocou uma Constituinte soberana logo no início de seu primeiro mandato, estatizou os setores estratégicos da economia, inclusive a multinacional Petrobrás, e desenvolveu uma política anti-imperialista.
Hugo Chávez e Evo Morales, que adotaram medidas contrárias aos interesses do imperialismo e das oligarquias locais, estes sim, enfrentaram e venceram várias tentativas de golpes de estado, com o decisivo apoio das massas, politizadas e radicalizadas pela disputa ideológica desses processos de mudança.
Reparem que o CC do PCB teve o cuidado de registrar que “respeitamos aqueles companheiros de esquerda que consideram que as diferenças entre o PSDB e o PT ainda são relevantes e que votarão em Dilma como um mal menor” e que “contamos com esses companheiros nas acirradas lutas que se aproximam”. Fica claro, portanto, que nosso diálogo é com aqueles que querem superar o capitalismo e não com os que querem humanizá-lo, como se isso fosse possível.
Pretendo aqui privilegiar o tema mais citado como motivo do “voto útil” em Dilma: o mito da política externa “progressista” ou “anti-imperialista” dos governos petistas, o que positivamente delimita nosso debate ao campo político internacionalista.
Quero começar lembrando que nenhum partido ou governo tem uma política externa contrária à sua política interna ou incompatível com sua base de sustentação política. E a política interna e externa dos governos petistas é a prioridade absoluta no desenvolvimento do capitalismo brasileiro, em âmbito nacional, regional e internacional, com vistas à sua ascensão na pirâmide imperialista.

segunda-feira, 25 de agosto de 2014

Os 20 anos do Plano Real: Uma herança terrível para os trabalhadores brasileiros

Segunda, 24 de agosto de 2014
Do resistir.info
por Edmilson Costa
Edmilson Costa. O Plano Real completou no último mês julho duas décadas, com os aplausos e euforia da mídia corporativa e dos escribas a serviço do grande capital, todos procurando vender uma imagem salvadora do Real, como plano que tirou o País da escalada inflacionária, levou à estabilidade e ao progresso econômico e social do Brasil. Para consolidar esse imaginário, os grandes jornais elaboraram cadernos especiais, onde um seleto grupo de idealizadores do Plano Real elaborou avaliações positivas sobre sua trajetória e do governo Fernando Henrique Cardoso, afirmando que o Real foi uma iniciativa para modernizar o Estado, aumentar a competitividade das empresas e construir um novo caminho para a economia brasileira.

Ao contrário do que os meios de comunicações procuram divulgar, o Plano Real foi uma tragédia para o conjunto dos trabalhadores e para a economia nacional. Em contrapartida, um paraíso para os banqueiros nacionais e internacionais, os especuladores financeiros, os grandes monopólios e o agronegócio. Enquanto os salários eram reduzidos a cada ano, o desemprego aumentava extraordinariamente e a renda [NR] se concentrava, as grandes empresas, as empresas agrícolas e pecuárias e, principalmente, os bancos ganhavam rios de dinheiro e se apropriavam do patrimônio nacional a preços irrisórios.

'Gráfico 1.
Os trabalhadores começaram a perder com a conversão dos salários para a nova moeda, cujo princípio foi o reajuste pela média dos quatro meses anteriores, o que representou de saída um grande confisco salarial. A partir daí as perdas continuaram, pois as recomposições salariais se tornaram mais difíceis, uma vez que o governo e os empresários argumentavam que, com a estabilidade da economia e a queda da inflação, não se justificavam aumentos salariais. Vale ressaltar ainda que os funcionários públicos foram os mais prejudicados, pois durante todo o Plano não obtiveram reajuste salarial.