Imprensa é oposição. O resto é armazém de secos e molhados."

(Millôr Fernandes)
Mostrando postagens com marcador banqueiros. Mostrar todas as postagens
Mostrando postagens com marcador banqueiros. Mostrar todas as postagens

sábado, 14 de abril de 2018

No rumo da inadimplência, o mundo deve o dobro do que produz a cada ano

Sábado, 14 de abril de 2018
Da Tribuna da Internet
Imagem relacionada
Charge do Adão Iturrusgarai (Arquivo Google)
 Pedro do Coutto
Como disse em artigo anterior, o repórter Sérgio Tauhata revelou na edição de quarta-feira do Valor, 12 de abril, que a dívida global dos países do mundo, incluindo e populações atinge a soma estratosférica de 237 trilhões de dólares, de acordo com os dados do Instituto de Finanças Internacionais. Para se dimensionar esse valor enorme, basta compará-lo com o Produto Bruto Mundial, que em 2017 oscilou em torno de 100 trilhões de dólares, em números redondos. O montante da dívida explica as razões da concentração de renda do planeta, com destaque para o caso do Brasi,l objeto de reportagem de Cássia Almeida, O Globo de quinta-feira.
Se calcularmos o efeito dos juros anuais sobre a dívida mundial global, vamos nos deparar com outra soma assombrosa. Se a média anual de juros fosse a adotada pelos EUA teríamos a incidência da taxa de 1,5% em cima dos 237 trilhões de dólares, o que significaria aproximadamente 6 trilhões de dólares a cada doze meses. O PIB do Brasil é de 6,6 trilhões de reais o que aproximadamente significa 2 trilhões de dólares.

quinta-feira, 22 de dezembro de 2016

A república rentista

Quinta, 22 de dezembro de 2016
O rentismo impôs seu limite de maneira implacável ao antigo pacto de classe iniciado em 1994 e reforçado em 2003 com a vitória de Lula nas eleições presidenciais
============


O orgulho burguês no Brasil assume formas mais modestas a cada dia. No passado recente, os economistas afirmavam os resultados da industrialização e com orgulho indisfarçável diziam que o país possuía o maior grau relativo de desenvolvimento capitalista na periferia latino-americana. Os mais desinibidos recordavam inclusive a “época de ouro” do desenvolvimentismo nacional. Naqueles tempos, os economistas gostavam de dizer que a indústria representava 25% do Produto (PIB). Atualmente, esta cifra não passa de 10%, com "tendência de baixa". Em consequência, agora lamentam a “desindustrialização”.

quinta-feira, 15 de setembro de 2016

Adote um banqueirinho!


Setembro

15

Adote um banqueirinho!
No ano de 2008, a Bolsa de Nova York foi a pique.
Dias histéricos, dias históricos: os banqueiros, que são os mais perigosos  assaltantes de bancos, haviam despojado suas empresas, embora jamais tenham sido filmados pelas câmaras de vigilância e nenhum alarme tenha disparado.  E não houve maneira de evitar a derrocada geral. O mundo inteiro desmoronou, e até a Lua teve medo de perder o emprego e se ver forçada a procurar outro céu.
Os magos de Wall Street, especialistas em vender castelos no ar, roubaram milhões de casas e de empregos, mas um único banqueiro foi preso. E quando imploraram aos berros uma ajudinha pelo amor de Deus, receberam, pelo mérito de seu labor, a maior recompensa jamais concedida na história humana.
    Essa dinheirama teria bastado para alimentar todos os famintos do mundo, com sobremesa e tudo, daqui até a eternidade. Ninguém pensou nisso.
    
(Eduardo Galeano, no livro Os filhos dos dias (Um calendário histórico sobre a humanidade), 2ª Edição, L&PM Editores, 2012, página 295)

quarta-feira, 3 de fevereiro de 2016

Há como evitar o caos? (Republicado)

Terça, 3 de fevereiro de 2016
Republicação do artigo postado aqui no Gama Livre ontem (2/2) às 0h19.
============= 
 
Adriano BenayonDelfim Netto concedeu entrevista a Claudia Safatle, do Valor. Foi czar da economia em governos militares. No de Geisel, embaixador em Paris, voltando com Figueiredo. 
2. Muito ligado a banqueiros, ingressou no governo pela mão do Bradesco. Favoreceu as transnacionais com enormes subsídios às exportações, que não evitaram o crescimento exponencial da dívida externa. Depois, deputado e conselheiro de presidentes na Nova República.    Ninguém mais representativo do establishment.
3. Disse haver poucas chances de impeachment da presidente da República e que esta deveria, com urgência, assumir protagonismo,  apresentando ao Congresso projetos de reforma constitucional e infraconstitucional.
4. Também, que o Congresso deve ser pressionado a aprová-los, sem o que o caos será inevitável e se materializará nos próximos anos.
5. Ele propõe quatro reformas:  Previdência Social, desvinculação dos gastos orçamentários, desindexação e  mercado de trabalho.

terça-feira, 2 de fevereiro de 2016

Há como evitar o caos?

Terça, 2 de fevereiro de 2016
 Adriano Benayon
Delfim Netto concedeu entrevista a Claudia Safatle, do Valor. Foi czar da economia em governos militares. No de Geisel, embaixador em Paris, voltando com Figueiredo. 
2. Muito ligado a banqueiros, ingressou no governo pela mão do Bradesco. Favoreceu as transnacionais com enormes subsídios às exportações, que não evitaram o crescimento exponencial da dívida externa. Depois, deputado e conselheiro de presidentes na Nova República.    Ninguém mais representativo do establishment.
3. Disse haver poucas chances de impeachment da presidente da República e que esta deveria, com urgência, assumir protagonismo,  apresentando ao Congresso projetos de reforma constitucional e infraconstitucional.
4. Também, que o Congresso deve ser pressionado a aprová-los, sem o que o caos será inevitável e se materializará nos próximos anos.
5. Ele propõe quatro reformas:  Previdência Social, desvinculação dos gastos orçamentários, desindexação e  mercado de trabalho.
6. Ora, as duas primeiras foram objeto, por duas vezes, de reformas constitucionais, sob FHC e Lula, aprovadas em 1998 e 2003.   A reforma do mercado de trabalho significa que a legislação trabalhista não prevalecerá sobre a “negociação”.
7. A desindexação foi decretada pelo Plano Cruzado em 1986 e pelo Plano Real em 1994. Delfim não indicou se os títulos da dívida pública serão ou não isentados da desindexação. Quando do Real foi trágico: a taxa SELIC acumulou 53% em 1995.
8. Em suma, as propostas consistem em aumentar a dose de medidas em uso há muito tempo e até hoje, que nada solucionaram. Não obstante, muitos as aclamarão como solução, pois consideram  novidade tudo de que a TV não fala, desde há três meses.
9. Delfim não vê futuro nas propostas de Lula de reanimar a economia expandindo o crédito. Lembra: “Não há falta de crédito, Há falta de tomador. Não tem ninguém querendo crédito."
10. Claro, a renda das pessoas caiu, suas dívidas cresceram. Aliás, não há necessidade de keynesianismo para entender que só surge retomada de investimentos e criação de empregos, se se crê que haverá mercado para o que se pretende produzir.
11. Mas, e a verdadeira solução? Delfim não a pode apontar. Membro de escol da pseudoelite, ele julga impensável alijar-se da “comunidade financeira internacional”, abrir mão dos ganhos fabulosos das aplicações financeiras, e aprova a globalização do sistema de poder mundial, deixando a economia produtiva sob o comando dos carteis transnacionais.
12. Teorias sofisticadas, voltadas para conservar o império da oligarquia concentradora, como o keynesianismo, embora rotulado como progressista, são uma espécie de ópio de economistas, inclusive ditos de esquerda. 
13. Nessa linha, Delfim imagina vencer a crise, mudando as expectativas: “na economia as crenças são mais importantes do que os fatos.” Para ele, a eleição de Macri, na Argentina, fez o mundo crer que ela vai melhorar e já está melhor que o Brasil.
14. Claro que o império angloamericano vai tentar tornar isso verdade. Mas, mesmo que o consiga, a curto prazo, nas aparências, o resultado estrutural será afundar a Argentina no apartheid tecnológico.
15. Para Delfim, “o Brasil sofre de uma doença: não tem perspectiva.” Seu programa ganharia aplausos da grande mídia e dos muito endinheirados, os que têm meios para investir.
16. Se Dilma o  adotar – aderindo integralmente a esses – como já faz, por exemplo, elevando os juros da dívida pública – o sistema de poder financeiro e transnacional fará o Congresso aprová-lo.
17. Dilma acenaria a possibilidade de recuperar empregos perdidos durante a paralisia, advinda dos diversos fatores da crise.
18. Mas, em função principalmente da estrutura do modelo dependente, não há como repor as perdas e nem sequer estancar os fatores de prosseguimento delas, agravadas pela inflação e pela desvalorização cambial.
19. Só os bancos têm aumentado sempre os lucros. A renda total, em queda, concentra-se ainda mais, excluindo a perspectiva de ressurgimento da procura, ademais devido ao tripé: juros altos para o mentiroso combate à inflação, meta de superávit primário e câmbio flutuante.
20. Então: como vão surgir os investimentos e as expectativas keynesianas favoráveis aos investimentos?
21. Nem com injeção de recursos do Tesouro para o crédito público, como fez Lula, e Dilma até 2013, política injustamente acoimada de errada em si mesma, como causadora do “desequilíbrio fiscal”.
22. Essa política, a proposta por Delfim, e também as duas combinadas,  têm de dar errado, dadas estas realidades estruturais: 
1)    Financeirização, desnacionalização e concentração galopantes;
2)    Infraestrutura que prioriza a extração e o cultivo  predatórios de recursos naturais para exportar, e o faz de forma ineficiente e cara;
3)    Despesa pública descomunal, decorrente da  dívida interna   - indexada e objeto de taxas de juros e spreads absurdos -  a qual, para evitar déficit orçamentário muito alto, faz comprimir investimentos públicos;
4)    Déficits gigantes acumulados nas transações correntes com o exterior – que se aceleram quando a economia cresce -  conducentes ao crescimento da dívida externa e à elevação do passivo externo, proveniente principalmente dos investimentos diretos estrangeiros;
5)    Investimentos estrangeiros na dívida pública interna, cuja dimensão ameaça as reservas externas, em função do possível retorno ao exterior dessas aplicações, ao qual se juntariam saídas de capitais financeiros de residentes no País, eventualidade tanto  mais destrutiva, quanto a pseudoelite não quer recorrer aos controles de câmbio e capitais.
23. Esses fatores de corrosão da economia brasileira retroalimentam-se entre si, constituindo um processo cumulativo.
24. Diante disso e dos conselhos dos economistas do sistema, vem à mente grande parte da medicina ocidental, que atacando sintomas e não, causas, agrava as doenças, intoxicando, ainda mais, com drogas químicas, pacientes intoxicados por alimentação e modos de vida inadequados.    
* - Adriano Benayon é doutor em economia pela Universidade de Hamburgo, Alemanha,  autor do livro Globalização versus Desenvolvimento
(abenayon.df@gmail.com).      

quinta-feira, 7 de janeiro de 2016

Zoé Konstantopoulou: “A Comissão para a Verdade sobre a Dívida Grega sofre uma perseguição política por parte dos novos paladinos dos Memorandos”

Quinta, 7 de janeiro de 2016
publicado originalmente em:
A ex-presidente do Parlamento helénico, Zoé Konstantopoulou, e dois dos membros da Comissão para a Verdade sobre a Dívida Grega – Georges Kassimatis, professor honorário de direito constitucional, e Leonidas Vatikiotis, economista e jornalista – apresentaram, em 22 de Dezembro de 2015, numa conferência de imprensa realizada na sede da Ordem dos Advogados, em Atenas, o trabalho efectuado desde 20/09/2015 pela Comissão, a sua actividade internacional e o plano de acção seguinte.
 
A ex-presidente do Parlamento helénico, Zoé Konstantopoulou, e dois dos membros da Comissão para a Verdade sobre a Dívida Grega – Georges Kassimatis, professor honorário de direito constitucional, e Leonidas Vatikiotis, economista e jornalista – apresentaram, em 22 de Dezembro de 2015, numa conferência de imprensa realizada na sede da Ordem dos Advogados, em Atenas, o trabalho efectuado desde 20/09/2015 pela Comissão, a sua actividade internacional e o plano de acção seguinte.

Zoé Konstantopoulou referiu os ataques a que foi sujeita recentemente a Comissão para a Verdade por parte do actual Governo. Chamou a atenção para o facto de o relatório preliminar da Comissão ter desaparecido do sítio web do Parlamento, para a forma como foi anunciado o fim do trabalho da Comissão – fazendo lembrar um autêntico “golpe de Estado” – e ainda para a entrada ilegal nas instalações da Comissão, bem como no seu próprio gabinete, por ordem do actual presidente do Parlamento, N. Voutsis. Acrescentou que tinha mesmo apresentado uma queixa judicial sobre esses acontecimentos.

“A Comissão para a Verdade sobre a Dívida Grega sofre uma caça às bruxas política vinda dos novos adeptos dos Memorandos”, sublinhou Zoé Konstantopoulou, acrescentando que o regime, novamente fiel aos memorandos, adopta métodos autoritários e pratica actos intimidatórios sem precedentes. Zoé Konstantopoulou recordou também os comentários irónicos que o primeiro-ministro lançou recentemente da tribuna do Parlamento, quanto ao carácter odioso e ilegítimo da dívida.

A ex-presidente do Parlamento referiu a actividade internacional e a apresentação de relatórios da Comissão em conferências internacionais e junto de instituições académicas. Entre outros acontecimentos, Zoé Konstantopoulou participou em conferências internacionais em Bruxelas, Barcelona, Londres e Paris e foi a principal oradora em eventos organizados pelas universidades de Colúmbia (Nova Iorque) e na London School of Economics (Londres). Durante esses encontros foram distribuídos os relatórios da Comissão. Zoé Konstantopoulou informou ainda que iniciativas semelhantes e pedidos de auditoria da dívida pública estão já em andamento em países como a Argentina, Espanha, Tunísia, França e Reino Unido.

Por fim, deu nota do encontro da Comissão com o perito independente das Nações Unidas sobre dívida e direitos humanos, o qual deu uma conferência de imprensa em 8/12/2015 para sublinhar a importância da criação da Comissão para a Verdade sobre a Dívida Pública Grega, a importância dos seus trabalhos, a necessidade de prosseguir a auditoria da dívida, a necessidade absoluta de um alívio da dívida para proteger os direitos dos cidadãos.


Quanto ao futuro da Comissão para a Verdade sobre a Dívida, Zoé Konstantopoulou anunciou que já tinha sido arranjado um local de acolhimento das reuniões da Comissão, vítima de autêntica “perseguição política”, uma vez que Yannis Mavros – filho de Georgios Mavros – pôs à disposição o escritório do pai, onde a Comissão, a título gratuito, poderá sediar-se e trabalhar. Finalmente, anunciou que a Comissão está prestes a adquirir nova forma jurídica, a fim de prosseguir o seu trabalho sem ser afectada pela guerra persecutória a que está sujeita por parte do regime agora afecto aos Memorandos.

—————————————————————————————————————————–
Traduzido do grego para francês por Eleni Panoussi e Marie-Laure Veilhan; do francês para português por Rui Viana Pereira.

Revisão Maria da Liberdade.

http://www.zoikonstantopoulou.gr/interviews/press-releases/item/zwh-kwnstantopoylou-h-epitroph-alhtheias-dhmosiou-xreous-diwketai-politika-apo-tous-neomnhmoniakoys

A indiscutível ditadura dos banqueiros

Quinta, 7 de janeiro de 2016
por João Carlos Lopes Pereira [*]
Diz-se que o direito de propriedade é o direito real que dá a uma pessoa ou entidade (dito «proprietário») a posse de uma coisa, em todas as suas relações e consequências. É, por isso, o direito, ou a faculdade de usar, gozar e dispor dessa coisa, além do direito de reavê-la de quem injustamente a possua ou detenha. É um direito absoluto, perpétuo e exclusivo.

Por outro lado, segundo a filosofia política e económica, as regras, as disposições e as directivas da União Europeia, que são do mais neoliberal que podia haver, o Estado deve ser a entidade que menos património pode ter. Aliás, nenhum património na posse do Estado seria, para ela, UE, o ideal. Pelo contrário, os privados – pessoas e entidades – podem possuir tudo aquilo a que conseguirem deitar a mão, não havendo outro limite para a possessão a não ser o céu. Tudo deve ser privado, a começar na banca e a terminar no ar (logo que haja tecnologia que torne o desiderato possível), passando pela água.

Mas serão as coisas exactamente assim? Será assim que elas se passam, na prática, para todos nós e para toda a propriedade? Logo veremos que não.

Comecemos pelo caso de um banco e de uma companhia aérea. Nacionalizar um banco que esteja de boa saúde não é possível. Diz a UE que é roubar o banqueiro. Mas nacionalizar um banco falido é coisa perfeitamente aceitável. Os lucros para os banqueiros; os prejuízos para os contribuintes do costume. Porém, assim que nós, os contribuintes, resgatarmos o banco, nele investindo milhares de milhões de euros, ele deverá ser entregue, a qualquer preço, a um novo banqueiro. Aqui, os proprietários de facto – os tributados que salvaram o banco com o dinheiro dos seus impostos – não têm o direito de ser os seus legítimos donos, pois esse direito é consignado a um outro banqueiro privado, ainda que não tenha coberto, sequer, o valor que os contribuintes pagaram (vide BPN
[Banco Português de Negócios], por exemplo). Significa que todos os cidadãos foram obrigados a oferecer a outra pessoa o banco que compraram. A isto chama-se um acto de pura espoliação, e por isso, totalmente desconforme com as mais elementares bases e pressupostos não só do direito, mas de um regime democrático. É saque desenfreado. Puro e duro.

quarta-feira, 4 de novembro de 2015

Os banqueiros são os ditadores do Ocidente

Quarta, 4 de novembro de 2015
Jornalismo compactua com elite financeira—por quê?
Robert Fisk, comentarista do Jornal Britânico "The Independent", traça um paralelo entre a chamada "Primavera Árabe" e as manifestações ocidentais (Diversos movimentos "Occupy", Indignados etc), equiparando os ditadores do Oriente Médio aos "ditadores" do capital financeiro, e não poupa críticas a grande imprensa, que tem agido como cúmplice de tais ditadores do ocidente.
Confira um trecho do artigo a seguir:
"Os bancos e as agências de risco tornaram-se os ditadores do Ocidente. Exatamente como os Mubaraks e Ben Alis, os bancos acreditaram – e disso continuam convencidos – que seriam proprietários de seus países.
As eleições no Ocidente – que deram poder aos bancos e às agências de risco, mediante a colusão de governos eleitos – tornaram-se tão falsas quanto as urnas que os árabes, ano após ano, eram obrigados a visitar, décadas a fio, para ‘eleger’ os proprietários deles mesmos, de sua riqueza, de seu futuro.
Goldman Sachs e o Real Banco da Escócia converteram-se nos Mubaraks e Ben Alis dos EUA e da Grã-Bretanha, cada um e todos esses dedicados a afanar a riqueza dos cidadãos, garantindo ‘bônus’ e ‘prêmios’ aos seus próprios gerentes pervertidos. Isso se fez no Ocidente, em escala infinitamente mais escandalosa do que os ditadores árabes algum dia sonharam que fosse exequível."
Para ler o artigo na íntegra: http://goo.gl/UhHTn6
••••••••••••••••••••
Ainda não sabe sobre o grave problema da dívida pública brasileira? Visite nosso site, entenda e lute pela auditoria:
http://www.auditoriacidada.org.br/
https://www.facebook.com/auditoriacidada.pagina/

terça-feira, 10 de março de 2015

Extinção do Ministério Público só serve aos políticos ladrões, empreiteiros bandidos, banqueiros criminosos, aos propineiros e propinados. Leia postagens que nesses últimos anos trataram da tentativa do governo e do Congresso de amordaçar o Ministério Público, o fiscal da lei

Segunda, 10 de março de 2015
O governo e parlamentares federais quiseram calar a sociedade ao tentar, em 2013 e 2014, amordaçar o Ministério Público. Fracassou no seu diabólico plano. Agora com a continuidade dos roubos contra o dinheiro do Povo, e a continuidade de descobertas de roubalheiras como o do Petrolão/Empreiteiras/Políticos, volta a se pensar no congresso (com inicial minúscula)  em retirar do Ministério Público o poder de investigação. Pior, suas excelências, querem acabar com o MP. Lutam, os ladrões do povo, para continuarem roubando sem sofrerem o menor risco de serem investigados por um Órgão que não está subordinado ao Executivo, ao Legislativo e nem mesmo ao Judiciário: o Ministério Público. Se conseguirem...será a festa, a grande orgia, de muitos políticos, empreiteiros, banqueiros, propineiros e propinados.

Resistir é preciso!

Memória:
Acesse os links abaixo e lembre como foi a luta para manter as prerrogativas do Ministério Público na investigação de crimes.

Protesto contra a PEC 37 na capital paulista reúne 30 mil pessoas

A inconstitucional PEC 37


Lançado site "Especial PEC 37" para esclarecer sociedade


Passeio ciclístico contra a impunidade (PEC 37) será neste domingo


Em visita ao MPF/TO, policiais federais se manifestam contrários à PEC 37, a da impunidade


PEC 37 vai na contramão de qualquer bom senso e razoabilidade, afirma Gurgel


PGR e procuradores-gerais de MPs ibero-americanos entregam nota contra PEC 37 ao Congresso


Federação Nacional dos Policiais Federais (Fenapef) é contra a PEC 37


A luta contra a Pec da Impunidade

sábado, 28 de fevereiro de 2015

"Grosseiro"

Sábado, 28 de fevereiro de 2015
Joaquim Levy, emprestado pelo Banco Bradesco para ser ministro da Fazenda de Dilma, afirmou esta semana que a desoneração, uma renúncia fiscal, era “grosseira”, uma “brincadeira” que custou R$25 bilhões aos cofres do governo. Eu também acho. Mas quer então o ministro também dizer que Lula e Dilma estavam brincando de fazer economia?
Resultado de imagem para banqueiros chargeMais grosseiro é o aprofundamento da submissão do Brasil aos interesses da banca da agiotagem internacional e nacional. Quanto a essa banca, que levou só no ano passado mais de R$977 BILHÕES (eu disse BILHÕES) da Nação, sua excelência o ministro Levy, não dá um pio. Não diz que é uma relação “grosseira”, uma “brincadeira” que custa a vida de milhões de pessoas nos hospitais, nas cidades, no campo. Um “brincadeira” que torna o nosso país ainda mais submisso, encoleirado, aos banqueiros e demais rentistas do mundo, enriquecendo mais ainda aquele 1 (um) por cento que terá, em 2016, em suas mãos mais de 99 por cento da riqueza do mundo.
Grosseiro!!!

quinta-feira, 12 de fevereiro de 2015

Um ajuste fiscal para cevar os banqueiros e rentistas ou o mimetismo degenerado do camaleão proletário

Quinta, 12 de fevereiro de 2015
Por Edmilson Costa*
Na natureza, o mimetismo é um processo através do qual os animais buscam se camuflar, se adaptar, se confundir com o meio ambiente ou com outras espécies, de forma a se defender dos predadores, atacar uma presa ou agir de forma disfarçada para sobreviver. Geralmente evoluem em termos de textura, padrão de comportamento ou coloração, visando sobreviver ou obter uma vantagem em relação aos outros animais. Se na natureza, essa tática tem alguma efetividade, na política e na economia o mimetismo é um fenômeno degenerado que transforma as organizações políticas e sociais em instrumentos inteiramente diferentes daquilo que pregavam no início de sua existência, mudam de plumagem, de programa e objetivos e levam seus militantes e simpatizantes a frustrações, acomodação, além da derrota moral e política.
Esse fenômeno serve como uma luva para a trajetória do Partido dos Trabalhadores (PT) nos últimos 20 anos e, especialmente, desde que assumiu o governo, há 12 anos. Como um camaleão proletário, exerceu seu mimetismo de maneira impressionante, ao se adaptar de tal forma ao sistema, que passou a ser um dos seus principais organismos, se não o principal, da ordem que antes dizia combater. Quando estava apenas nos governos municipais e estaduais as pessoas pouco se davam conta das transformações mimetistas que estavam se observando no interior da organização, afinal somente aqueles que viviam no local ou regionalmente podiam constatar esse fenômeno. Mesmo assim, como não se tratava de uma transformação de caráter nacional, muitos imaginavam que fosse um fenômeno específico dessa ou daquela região.

*Edmilson Costa é secretário de Relações Internacionais do PCB

segunda-feira, 9 de fevereiro de 2015

Governo austríaco crítica Merkel e apoia plano de Tsipras

Segunda, 9 de fevereiro de 2015
De ESQUERDA.NET
Chanceler austríaco afirmou que o plano grego de lutar contra a corrupção e a fraude fiscal “tem mais lógica do que dizer que tem de ser cortar ou privatizar no meio de uma crise”. Werner Faymann esteve reunido esta segunda-feira com Alexis Tsipras em Viena. 
Alexis Tsipras, primeiro-ministro grego, e Werner Fayman, chanceler austríaco.

Em contra-ciclo com a maioria dos chefes de governo europeus, Werner Fayman criticou, numa entrevista publicada pelo diário Kurier este domingo, a sua homóloga alemã por “esperar para ver” e de “fazer tudo um pouco tarde”, o que na opinião do social-democrata austríaco está a prejudicar o combate aos problemas económicos europeus.

Apesar de a Áustria ter a segunda menor taxa de desemprego da União Europeia, 4,9 por cento, o chanceler entende que Angela Merkel está a desvalorizar os efeitos de médio prazo da perda de poder de compra, sendo por isso uma “política agressiva” de combate ao desemprego.

Em relação à Grécia, e, não sendo favorável a um perdão da dívida ao país, Fayman declarou o seu apoio nas “negociações em condições técnicas para que o país tenha mais margem de manobra para sair da crise”.

O chanceler austríaco sublinhou ainda que o plano de Alexis Tsipras de combate à corrupção e à fraude fiscal “tem mais lógica do que dizer que tem de se cortar ou privatizar no meio de uma crise”, numa clara crítica às orientações económicas de Bruxelas e Berlim.

Na conferência de imprensa, após a reunião que durou cerca de uma hora, Faymann afirmou que "a questão é encontrar uma solução entre o enquadramento acordado no passado e os esforços do novo Governo grego", acrescentando ainda que "um novo caminho tem de ser encontrado". "Temos de encontrar soluções mutuamente aceitáveis", ressalvou.

Por seu lado, Alexis Tsipras disse estar "muito satisfeito" com a reunião com o chanceler austríaco. "Tenho um novo amigo que nos pode ajudar a encontrar uma solução viável para o futuro comum europeu", afirmou. 

Artigos relacionados:

quinta-feira, 20 de novembro de 2014

O Japão entra numa nova recessão

Quinta, 20 de novembro de 2014

A fórmula de aumentar os impostos e injetar dinheiro na banca fracassou ao não conseguir impulsionar uma recuperação significativa. Com isto, gerou-se mais incerteza nas economias europeias.
Por Marco Antonio Moreno, El Blog Salmón
PIB do Japão 1970-2014
A inesperada contração do PIB trimestral do Japão mostra que o fracasso das políticas monetárias não é um exclusivo de Europa. O país do sol nascente voltou a entrar em recessão (uma vez mais) deitando por terra os planos de recuperação incluídos nas propostas de Shinzo Abe, o primeiro-ministro nipônico que assumiu a chefia do governo há dois anos prometendo uma mudança radical das políticas econômicas e garantindo que retiraria o país de duas décadas de má fase. A estratégia pouco ortodoxa de disciplina fiscal e flexibilização quantitativa era olhada com interesse pela Europa, dado que podia converter-se no roteiro dos países europeus que procuram subir impostos para escapar à pandemia dos desequilíbrios fiscais. No entanto, a fórmula de aumentar os impostos e injetar dinheiro na banca fracassou ao não conseguir impulsionar uma recuperação significativa. Com isto, gerou-se mais incerteza nas economias europeias que ficam agora sem um modelo a seguir. Fica claro que a injeção de dinheiro dos bancos centrais não é uma prática que gere impulso econômico, dado que apenas aumenta a desigualdade porque esse dinheiro apenas chega aos banqueiros e aos mais ricos.

segunda-feira, 15 de setembro de 2014

Adote um banqueirinho!


Setembro

15

Adote um banqueirinho!

No ano de 2008, a Bolsa de Nova York foi a pique.
Dias histéricos, dias históricos: os banqueiros, que são os mais perigosos  assaltantes de bancos, haviam despojado suas empresas, embora jamais tenham sido filmados pelas câmaras de vigilância e nenhum alarme tenha disparado.  E não houve maneira de evitar a derrocada geral. O mundo inteiro desmoronou, e até a Lua teve medo de perder o emprego e se ver forçada a procurar outro céu.
Os magos de Wall Street, especialistas em vender castelos no ar, roubaram milhões de casas e de empregos, mas um único banqueiro foi preso. E quando imploraram aos berros uma ajudinha pelo amor de Deus, receberam, pelo mérito de seu labor, a maior recompensa jamais concedida na história humana.
Essa dinheirama teria bastado para alimentar todos os famintos do mundo, com sobremesa e tudo, daqui até a eternidade. Ninguém pensou nisso.
Eduardo Galeano, no livro Os filhos dos dias (Um calendário histórico sobre a humanidade), 2ª Edição, L&PM Editores, 2012, página 295.

quinta-feira, 19 de dezembro de 2013

Congresso aprova Orçamento para 2014: mais uma vez, o privilégio dos rentistas da dívida pública

Quinta, 19 de dezembro de 2013
Publicado pela Auditoria Cidadã da Dívida em 18/12/2013
Hoje, o Congresso Nacional aprovou o Projeto de Lei Orçamentária Anual (PLOA) para 2014, prevendo um total de despesas de R$ 2,4 trilhões, dos quais a impressionante quantia de R$ 1,002 trilhão (42%) é destinada para o pagamento de juros e amortizações da dívida pública[i].

Esse privilégio mostra que o endividamento é o maior problema do gasto público brasileiro, e afeta todas as áreas sociais, tendo em vista que o valor de R$ 1,002 trilhão consumido pela dívida corresponde a 10 vezes o valor previsto para a saúde, a 12 vezes o valor previsto para a educação, e a 4 vezes mais que o valor previsto para todos os servidores federais (ativos e aposentados) ou 192 vezes mais que o valor reservado para a Reforma Agrária.

segunda-feira, 25 de novembro de 2013

Dívida Pública Federal volta a ultrapassar barreira de R$ 2 trilhões

Segunda, 25 de novembro de 2013
Wellton Máximo, repórter da Agência Brasil
Brasília – Influenciada pelo elevado volume de emissão de títulos públicos prefixados, a Dívida Pública Federal (DPF) cresceu em outubro e voltou a ultrapassar a barreira de R$ 2 trilhões. De acordo com dados divulgados, há pouco, pela Secretaria do Tesouro Nacional, a DPF fechou o mês passado em R$ 2,022 trilhões, com alta de R$ 33,6 bilhões em relação ao estoque registrado em setembro.
A dívida pública mobiliária – em títulos públicos – interna subiu 1,91%, passando de R$ 1,897 trilhão em setembro para R$ 1,933 trilhão em outubro. Isso ocorreu porque, no mês passado, o Tesouro emitiu R$ 18,62 bilhões em títulos a mais do que resgatou. Além disso, reconheceu R$ 17,53 bilhões em juros. O reconhecimento ocorre porque a correção que o Tesouro se compromete a pagar aos investidores é incorporada gradualmente ao valor devido.

sábado, 29 de setembro de 2012

Seis coisas para saber sobre os 21 trilhões escondidos em paraísos fiscais

Sábado, 29 de setembro de 2012
O volume de riqueza guardado em paraísos fiscais, se contabilizado, não apenas alteraria profundamente a atual quantificação da desigualdade no mundo, como converteria alguns dos países mais pobres do planeta de devedores em credores

Por Sarah Jaffe, em ODiario.info

21 trilhões de dólares. É isso que as pessoas mais ricas do mundo escondem em paraísos fiscais por todo o mundo. E poderia ser mais, até US$ 32 trilhões; a quantia real é, obviamente, quase impossível de determinar.

E enquanto os governos se veem obrigados a reduzir gastos e a despedir os seus trabalhadores, invocando a necessidade de “austeridade” devido à desaceleração da economia, os ultra-ricos – menos de 10 milhões de pessoas –, esconderam uma quantia equivalente às economias dos EUA e Japão combinadas. Isto é o que revela um novo relatório da Rede de Justiça Tributaria (Tax Justice Network) [3], e os seus resultados são estarrecedores. A perda de contribuições fiscais para os refúgios fiscais no estrangeiro, sublinham, “é suficientemente grande para fazer uma diferença significativa em todas as medições convencionais da desigualdade. Dado que a maioria da riqueza financeira escondida pertence a uma pequena elite, o impacto é impressionante”.
(Foto http://www.flickr.com/photos/68751915@N05/)
James S. Henry, ex economista em McKinsey & Co. e autor do livro “Os banqueiros de sangue” [4] e de artigos para publicações como The Nation e The New York Times, investigou a informação do Banco de Pagamentos Internacionais, do Fundo Monetário Internacional, do Banco Mundial, das Nações Unidas, dos bancos centrais e de analistas do setor privado e deparou-se com os indícios de uma bolsa gigante de dinheiro vivo flutuando nessa zona nebulosa conhecida como “offshore” (e isto tratando apenas do dinheiro, uma vez que o relatório não abrange coisas como bens de raiz, iates, arte e outras formas usadas pelos super-ricos para ocultar a sua riqueza, livre de impostos, nos paraísos fiscais no estrangeiro). Henry fala de um “buraco negro” na economia mundial e sublinha que, “embora me tenha esforçado para errar por defeito para o lado conservador, os resultados são estarrecedores”.

O relatório contém uma grande quantidade de informação, pelo que nos concentramos em seis coisas que todos devemos saber sobre o dinheiro que os mais ricos do mundo escondem do resto de nós todos.

1. Conheça o 0,001%

“Segundo as nossas estimativas, pelo menos um terço de toda a riqueza financeira privada, e quase metade de toda a riqueza em paraísos fiscais, é propriedade das 91 mil pessoas mais ricas do mundo, apenas 0,001% da população mundial”, diz o relatório. Essas 91 mil pessoas são donas nos EUA de cerca de US$ 9,8 trilhões do total estimado neste relatório – e menos de dez milhões de pessoas são donas do total.

Quem são essas pessoas? Sabemos que são os mais ricos, mas o que mais sabemos acerca deles? O relatório menciona “especuladores imobiliários chineses de 30 anos de idade e magnatas do software de Silicon Valley”, e pessoas cuja riqueza provém do petróleo e do tráfico de drogas. Não menciona, embora pudesse, candidatos presidenciais dos EUA como Mitt Romney, famoso pelas críticas de que é alvo por ter dinheiro guardado num conta bancária na Suíça e em investimentos sediados nas Ilhas Cayman. (PolitiFact classificou estas declarações num recente anúncio de Obama como “verdade” [5]).

Os magnatas da droga, naturalmente, têm necessidade de ocultar os seus ganhos ilícitos, mas o que muitos outros ultra-ricos querem é simplesmente evitar pagar impostos, construindo complicados fideicomissos e outros investimentos apenas para poupar alguns poucos pontos mais naquilo que devem pagar aos seus respectivos países. E tudo se acumula.

2. Onde está o dinheiro? É complicado

“Offshore”, segundo Henry, já não é um lugar físico, embora exista ainda uma grande quantidade de lugares como Cingapura e Suiça, sublinha, que ainda se especializam em proporcionar “residências físicas seguras de baixos impostos” aos ricos do mundo.
 
Mas nos dias de hoje, a riqueza “offshore” é virtual – Henry descreve “localizações nominais, hiper-portáteis, multi-jurisdiccionais e frequentemente muito temporárias de redes de entidades legais e quase-legais e outros tipos de arranjos”. Uma empresa pode estar sediada numa jurisdição, mas é propriedade de um fideicomisso sedeado em outro lugar, e administrada por administradores em um terceiro lugar. “Em última instancia, por conseguinte, o termo “offshore” refere-se a um conjunto de capacidades”, em vez de a um lugar ou vários lugares.

Também é importante, assinala o relatório, distinguir entre os “paraísos intermediários” – lugares nos quais pensa a maioria das pessoas quando pensa em paraísos fiscais, como as Ilhas Cayman de Romney, as Bermudas ou a Suíça – e os “paraísos de destino”, que incluem os EUA, o Reino Unido e inclusive a Alemanha. Estes destinos são desejáveis dado que proporcionam “mercados regulados de valores relativamente eficientes, bancos apoiados por grandes populações de contribuintes e pelas companhias de seguros; códigos legais bem desenvolvidos, advogados competentes, poderes judiciais independentes e estados de direito”.

sexta-feira, 24 de agosto de 2012

No caso do Banco Panamericano, esqueceram de processar Silvio Santos e Lula

Sexta, 24 de agosto de 2012
Por Carlos Newton, da Tribuna da Internet
A Agência Estado revela que o Ministério Público Federal informou que protocolou na 6ª Vara Criminal da Justiça Federal, em São Paulo, denúncia contra 14 ex-diretores e 3 ex-funcionários do Banco Panamericano, por supostos crimes contra o sistema financeiro nacional. Entre os denunciados estão o ex-presidente do Conselho de Administração do banco, Luiz Sebastião Sandoval, e o ex-diretor superintendente, Rafael Palladino. Todos foram denunciados com base na lei nº 7.492/86, que trata dos crimes contra o sistema financeiro nacional.

Entre 2007 e 2010, período em que se concentraram as investigações, eles são acusados pelo MPF de fraudar a contabilidade do Banco Panamericano, melhorando o resultado dos balanços em pelo menos R$ 3,8 bilhões (em valores não atualizados). Segundo o MPF, nesse mesmo período eles receberam mais de R$ 100 milhões da instituição financeira, na forma de “bônus”, e outros pagamentos considerados irregulares pelo Ministério Público.
  
Silvio e Lula: livres, leves e soltos

De acordo com o MPF, a ação não trata da possível fraude na venda do Panamericano para a Caixa Econômica Federal, que está sendo investigada pelo Ministério Público do Distrito Federal. Mas, segundo afirma em nota o procurador da República Rodrigo Fraga Leandro de Figueiredo, autor da denúncia, haveria “indícios fortes no sentido de que os ‘vendedores’ agiram com dolo, ocultando fraudulenta e conscientemente os problemas da instituição financeira durante a negociação da participação acionária”.

segunda-feira, 30 de julho de 2012

Há algo de podre no BNDES, que atua em favor dos banqueiros, ao invés de servir ao desenvolvimento do país

Segunda, 30 de julho de 2012 
EXCLUSIVO

Carlos Newton, da Tribuna da Internet
Realmente há algo de podre no Banco Nacional do Desenvolvimento Econômico e Social, que nem mesmo a genialidade de Shakespeare conseguiria justificar. Mas é um assunto tabu. Nenhum jornal ou revista entra nesse tema. As irregularidades existentes no BNDES passam ao largo do Tribunal de Contas da União e da imprensa em geral. Como se diz na gíria, está tudo dominado. Ou adestrado, como ensina Helio Fernandes.

Essa podridão existe desde sempre e só foi quebrada na rápida gestão do professor de economia Carlos Lessa, o melhor presidente da história do BNDES, que comandou a instituição de janeiro de 2003 a dezembro de 2004, mas fez uma revolução e deixou sua marca indelével.

No início do governo Lula, quando assumiu o banco, tendo como vice-presidente o engenheiro Darc Costa, ex-coordenador do Centro de Estudos Estratégicos da Escola Superior de Guerra, Lessa imediatamente sentiu o cheiro da podridão que submetia o BNDES aos interesses escusos do sistema financeiro nacional e internacional.

O professor de Economia e ex-reitor da UFRJ ficou estupefato. Não conseguia entender por que o BNDES, em qualquer de suas operações, era obrigado a pagar uma taxa de risco de 4% a algum banco intermediário, que açambarcava toda a lucratividade do negócio. O sistema funcionava como se o BNDES fosse incapaz de gerir suas operações de financiamento, tendo de recorrer a alguma outra instituição bancária sempre que fosse conceder um empréstimo. Ou seja, o BNDES não era mais um agente financiador, mas apenas um repassador de recursos públicos para instituições e empresas privadas nacionais e estrangeiras.

Lessa logo sentiu a podridão no BNDES

###
 
DESABAFO DE LESSA
“Ora, por que a Petrobras tem de pagar 4% a algum banco para receber financiamento do BNDES?” – perguntava Lessa aos diretores. “Por que, a cada empréstimo de R$ 1 bilhão que fazemos à Petrobras, esse tal banco intermediário tem de ficar com R$ 40 milhões? Isso não tem justificativa. A Petrobras não pode pagar R$ 40 milhões simplesmente para o dinheiro atravessar a rua” – afirmava.

Carlos Lessa não titubeou e virou o jogo. Sem consultar seus superiores imediatos ou interessados (o presidente Lula; o chefe da Casa Civil, José Dirceu; o ministro da Fazenda, Antonio Palocci, o presidente do Banco Central, Henrique Meirelles; ou o ministro do Desenvolvimento, Luiz Fernando Furlan, ao qual o BNDES era subordinado), Lessa simplesmente baixou um ato interno determinando que o banco passaria a se responsabilizar diretamente por toda operação acima de R$ 10 milhões, as quais não mais sofreriam intermediação de outros bancos, fossem estatais ou privados, nacionais ou estrangeiros.

Ou seja, o risco dos financiamentos acima de R$ 10 milhões passaria a ser da responsabilidade do BNDES, sob avaliação da equipe técnica da instituição. Somente as operações abaixo de R$ 10 milhões seriam indiretas, com participação obrigatória de banco intermediário. O pedido indireto de financiamento seria submetido a esse banco, que analisaria a viabilidade do investimento em função do mercado específico, avaliaria o risco de inadimplência e aprovaria ou não o financiamento.

Caso a operação indireta fosse aprovada, o BNDES automaticamente liberaria os recursos a serem repassados, enquanto o banco intermediário receberia a taxa adicional de 4% ao ano, que representaria seu lucro, mas assumiria o risco de inadimplência do financiamento.

###
 
REAÇÃO DOS BANQUEIROS
A decisão de Lessa pegou os bancos de surpresa, mas não houve a menor reação, nenhuma nota em jornal ou revista, nada, nada. Os banqueiros não passaram recibo, mas começaram a agir nos bastidores do governo, tentando desmoralizar e demitir Carlos Lessa. Com o beneplácito da chamada grande imprensa, foram publicadas mais de 100 notas em colunas ou artigos anunciando que Lessa estava prestes a ser demitido. E não é exagero, foram mais de 100 notícias dessa “próxima demissão”, porque a assessoria de Lessa, conduzida pelo jornalista Paulo Jerônimo, as contava, uma a uma.

Para demitir Lessa, os banqueiros conquistaram o apoio dos ministros Antonio Palocci, da Fazenda, e Luiz Fernando Furlan, do Desenvolvimento, e do presidente do Banco Central, Henrique Meirelles.   A pressão para afastar Lessa partiu desses três e foi liderada por Palocci. O todo-poderoso ministro da Casa Civil, José Dirceu, não interferiu em nada. Estava mais preocupado em pavimentar seu caminho para suceder Lula, não queria brigar com os banqueiros nem imaginava o que viria pela frente.
AMANHÃ:
Demissão de Lessa foi uma
grande vitória dos banqueiros

sábado, 14 de julho de 2012

Banqueiros atrás das grades‏

Sábado, 14 de julho de 2012
Caros amigos,


Os grandes brancos estão ajustando as taxas de juros de nossas hipotecas e dos empréstimos para estudantes. Dessa vez, eles foram longe demais. O órgão regulador financeiro da União Europeia está criando novas leis para colocar os banqueiros atrás das grades por esse tipo de crime, mas precisarão de apoio popular para enfrentar com êxito o lobby dos bancos e causar uma mudança global -- vamos reunir 1 milhão de assinaturas para apoiar o órgão regulatório nos próximos 3 dias:


Os grandes bancos foram surpreendidos em um enorme escândalo de manipulação das taxas de juros globais, surrupiando milhões de pessoas em hipotecas, empréstimos estudantis, entre outros. Se fosse conosco, iríamos para a cadeia por conta disso, mas o banco Barclays apenas teve de pagar uma multa, uma pequena fração de seus lucros! A indignação está crescendo e essa é nossa chance de finalmente virar a mesa contra o reinado dos banqueiros sobre nossas democracias.

O regulador de finanças da UE, Michel Barnier, está enfrentando o lobby de poderosos bancos e defendendo uma reforma que iria colocar os banqueiros atrás das grades por fraudes como esta. Se a UE tomar a iniciativa, esse tipo de responsabilização pode rapidamente se espalhar pelo globo. Mas os bancos estão fazendo lobby contra essa medida e precisamos de um gigante apoio popular para conduzir essas reformas.

Se conseguirmos 1 milhão de assinaturas em apoio a Barnier nos próximos 3 dias, isso lhe dará forças para enfrentar a lobby bancário e para pressionar os governos em prol de uma reforma bancária. Clique abaixo para assinar, e o número de assinaturas será representado por atores fantasiados de banqueiros em uma prisão em frente ao Parlamento da UE:

http://www.avaaz.org/po/bankers_behind_bars_f/?bZUWYab&v=16035

O tamanho do escândalo ainda é desconhecido, mas o que sabemos já é de tirar o fôlego: "Diversos" grandes bancos não identificados estavam envolvidos,e a manipulação da taxa de juros LIBOR, a taxa de referência internacional na qual muitas das taxas mundiais de juros se baseiam, afetou o valor de, literalmente, centenas de trilhões de dólares em investimentos. Somente o Barclays admitiu cometer este tipo de fraude "centenas" de vezes.

Por muito tempo, nossos governos têm sido intimidados por poderosos bancos que ameaçavam se mudar para outro lugar caso desafiados. Por muito tempo, os bancos têm manipulado nossas economias de mercado, jogando a seu favor, e se engajando em ações de riscos precipitadas, e sempre confiantes de que eles poderiam forçar os governos a entregar-lhes o nosso dinheiro de contribuinte, quando começassem a ter problemas

O sistema foi fraudado, e isso é um crime. É hora de colocar os criminosos atrás das grades. Começa na Europa – vamos fazer isso acontecer:

http://www.avaaz.org/po/bankers_behind_bars_f/?bZUWYab&v=16035

Talvez nunca tenha havido um momento, na história moderna, em que os grandes bancos não tenham tido poder excessivo e extraordinário, do qual eles regularmente abusaram. Mas a democracia está em marcha –- já vimos esta marcha superar os tiranos em vários lugares do mundo, e juntos, vamos ajudar a acabar com o reinado dos bancos também.

Com esperança,

Ricken, Iain, Alex, Antonia, Giulia, Luis, e toda a equipe da Avaaz

P.S. – Na semana passada, 94.000 pessoas se juntaram à campanha da Avaaz criada pelo membro David R, contra o jogo político sujo nas eleições mexicanas por meio da plataforma Comunidade de Petições da Avaaz. Consiga o apoio necessário para as coisas que lhe são importantes criando uma campanha aqui: http://www.avaaz.org/po/petition/start_a_petition/?BV15993

Mais informações:
Presidente do banco britânico Barclays deixa o cargo após escândalo com taxas (Opera Mundi)
http://operamundi.uol.com.br/conteudo/noticias/22785/presidente+do+banco+britanico+barclays+deixa+o+cargo+apos+escandalo+com+taxas.shtml

Executivo-chefe do banco britânico Barclays renuncia após escândalo (G1)
http://g1.globo.com/economia-e-negocios/noticia/2012/07/executivo-chefe-do-banco-britanico-barclays-renuncia-apos-escandalo.html

Novo escândalo derruba diretor executivo do banco Barclays (Carta Maior)
http://www.cartamaior.com.br/templates/materiaMostrar.cfm?materia_id=20512

Escândalo LIBOR / Barclays ou como, com um banco, as coisas podem correr muito mal (BBG) (Expresso)
http://expresso.sapo.pt/escandalo-libor--barclays-ou-como-com-um-banco-as-coisas-podem-correr-muito-mal-bbg=f737621

Diretor executivo do banco londrino Barclays pede demissão após escândalo (Correio Braziliense)
http://www.correiobraziliense.com.br/app/noticia/economia/2012/07/03/internas_economia,310318/diretor-executivo-do-banco-londrino-barclays-pede-demissao-apos-escandalo.shtml