Imprensa é oposição. O resto é armazém de secos e molhados."

(Millôr Fernandes)

sexta-feira, 21 de janeiro de 2011

Instituições financeiras podem ter prejuízos com Belo Monte

Sexta, 21 de janeiro de 2011
Da Pulsar Brasil
Cerca de 20 instituições financeiras relacionadas ao projeto da hidrelétrica de Belo Monte receberam ontem (20) relatório que alerta para possíveis prejuízos que podem enfrentar com o financiamento da usina no Rio Xingu, no Pará.

O estudo “Mega-Projeto, Mega-Riscos: Análise de Riscos para Investidores no Complexo Hidrelétrico Belo Monte” foi produzido pela ONG Amigos da Terra. O documento aponta que as instituições financeiras que investirem em Belo Monte podem sofrer grande prejuízo.

O risco se explica pelo desempenho limitado da usina, que não compensa seu custo. Segundo o estudo, as instituições financeiras que optarem por investir em Belo Monte poderão ser responsabilizadas pelos danos sociais e ambientais que a usina causar.

As empresas e instituições parceiras do projeto já enfrentam ações na Justiça. O Ministério Público Federal (MPF) e organizações da sociedade civil entraram na Justiça com 10 ações diferentes, questionando ilegalidades do processo de licenciamento ambiental. Há também reclamações por violações de acordos internacionais de direitos humanos.

Um exemplo de dano à imagem de instituições financeiras ligadas ao empreendimento de Belo Monte é a campanha de petição on-line da organização mundial Avaaz. O documento já reúne mais de 300 mil assinaturas contra a construção do complexo hidrelétrico.

De acordo com a petição, o projeto da usina hidrelétrica de Belo Monte prevê o alagamento de 100 mil hectares da floresta amazônica. Além disso, vai impactar centenas de quilômetros do Rio Xingu e expulsar mais de 40 mil pessoas da região, incluindo comunidades indígenas de diversas etnias.

Outro problema apresentado é que o projeto vai gerar apenas 10% da sua capacidade energética no período da seca, de julho a outubro. (pulsar/eco-finanças)