Quinta, 11 de agosto de 2011
Não, não é correria para resolver os graves problemas do hospital. O corre-corre foi com a chegada de uma equipe de reportagem de emissora de TV no pronto-socorro daquela unidade de saúde, chamada por pacientes que não conseguiam atendimento.
Aconteceu na última terça (9/8) pouco antes das 21 horas. Indignados com os corredores superlotados de macas com pacientes (como são pacientes os brasileiros!), e pelo péssimo atendimento em razão da falta de tudo, inclusive médicos em quantidade que suportasse a demanda, pessoas acionaram a reportagem de uma das emissoras de televisão.
Mas a ordem está dada pelo governo Agnelo: não é permitido o acesso da imprensa em qualquer unidade médica, em qualquer escola, e também em qualquer instalação da secretaria de esportes. E mais ainda, entrevistas e acesso só com expressa autorização. Tudo, claro, para que não haja impacto das cenas e relatos dos descalabros existentes. Esconder é a ordem. Na TV só interessa as belas, bem produzidas, e caríssimas peças de propaganda.
Mas voltando ao caso do Hospital Regional do Gama na última terça, uma barreira de vigilantes se colocou entre a porta do pronto-socorro e a equipe de TV, impedindo-a de entrar no hospital para registrar a situação. Enquanto a equipe era barrada na portaria do pronto-socorro, uma correria acontecia lá dentro nos corredores abarrotados de pacientes em macas. Foi um esconde-esconde danado. Muito suor para “limpar” os corredores daquelas cenas de pobres pacientes em macas frias à espera de um atendimento digno que nunca chega.
De uma hora para a outra as macas tomaram um novo caminho e desapareceram dos corredores do pronto-socorro do HRG. E ainda tem gente falando por aí que o novo caminho não está levando a nada.
Que tal se o governo do DF desse
preferência a batalhão de pessoal médico ao invés de batalhão de vigilantes?