Segunda, 19 de agosto de 2013
Tem
cada uma que parece mil. Não é que o novo comandante da PM do Rio de Janeiro
chegou ao desplante de propor que seja definida uma área em que todas as
manifestações populares deverão ser realizadas? Só podia ser mesmo comandante da
PM de Sérgio Cabral, governador chegado a uma festa de guardanapo e a
viagens, sejam elas de avião ou de helicóptero.
Os
cariocas que já têm o Sambódromo, contariam agora com um manifestódromo. Quem
quisesse que lá protestasse. Fora daí é atravessar o samba, a borracha descer,
a bala de borracha cegar e a bomba de efeito moral (ou imoral?) explodir.
Claro
que o manifestódromo do Cabral deveria ficar bem longe do centro do Rio ou da
Zona Sul, o mais longe possível da casa do governador, da Assembleia
Legislativa e da Câmara Municipal. Ficaria onde o vento faz a curva.
Mas
nós aqui do DF temos que ter cuidado. Em Brasília tem projeto da CLDF para
todos os (des)gostos. Inclusive há um em que se tenta “disciplinar” as
manifestações e, como o projeto na cabeça (?) do comandante da PM do Rio de
Janeiro, sob o argumento de evitar problemas no trânsito, com a tomada de faixas
viárias pelas pessoas que protestam. Esse projeto é do distrital Cristiano
Araújo (PTB). Ele quer, em resumo, manifestação com hora marcada e trajeto rigorosamente
definido, e só em horários “mortos”, uma maneira de “matar” os protestos populares.