Quinta, 1º de julho de 2013
Por Mauro Santayana
Podemos imaginar o sofrimento das famílias espanholas, com a perda de
mais de 80 pessoas no acidente de Santiago de Compostela. Ele é ainda
maior, quando se sabe que o responsável direto pelo acidente, segundo
sua própria confissão, foi o condutor do trem. A composição
descarrilhou no último trecho do trem de alta velocidade, da linha
Madri-El Ferrol, explorada pela Renfe, empresa estatal espanhola.
Quando se cogitou de construir uma linha de altíssima
velocidade, ligando o Rio a São Paulo e a Campinas, não faltaram
advertências de bom senso. Esses trens são interessantes em trechos
médios e curtos, em países bem menores do que o nosso, e onde já existam
linhas convencionais confortáveis, eletrificadas e inteligentes,
acessíveis à maioria da população. A construção de longos trechos só é
justificada em países como a China, que dispõem de bilhões, para
investir no que quiserem, e que não fazem isso por meio de empresas
estrangeiras.