Imprensa é oposição. O resto é armazém de secos e molhados."

(Millôr Fernandes)

quarta-feira, 21 de agosto de 2013

Não é só a Saúde, Segurança, Transporte Público do GDF que estão à deriva. A Educação também é um desastre

Quarta, 21 de agosto de 2013
Veja a seguir postagem no Blog do Washington Dourado. O texto demonstra o desastre que é também a Educação do governo do DF. 
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Reunião para discutir proposta de currículo foi um fiasco

Relato enviado pelo professor João Thiago

FIASCO: REUNIÃO PARA DISCUTIR E ELABORAR PROPOSTA DO CURRÍCULO DAS DISCIPLINAS DAS ESCOLAS PÚBLICAS DO DF no ELEFANTE BRANCO 20-08-2013

1- Começaria às 19h00min . Começou às 20h10min. com uma projeção bem mequetrefe na parede da planilha que a gente teve que rascunhar e meter a tesoura uns 3 meses atrás e ainda estava misturado conteúdo com conteúdo numa bagunça danada.

2- De todas as escolas do DF apenas uns 30 Professores de TODAS as disciplinas de exatas. Entre eles : eu e mais 2 de Santa Maria.

3- Quem colocava a transparência nem tinha ideia ao certo de como seria a noite e o que seria feito. Ouvimos um “currículo do noturno e diurno vai ter diferença” e depois um “não, vai ser o mesmo”…depois um “não , é só uma proposta”…depois um “vamos tentar colocar aqui”. Aí eu soltei um “PQP!” mental.


4- Uma moça do Paranoá participava de bom grado mas foi ficando nervosa. Discutia com uns de Samambaia e os representantes da SEDF (que nitidamente tinham boa vontade) não sabiam o que dizer para direcionar.

5- Na parede apareciam as propostas de São Sebastião e do Guará e de mais nenhumazinha Regional sequer. Todos pensaram que a Reunião seria para deliberar alguma coisa. Eu aproveitei que não estavam falando nada de útil e fui ao banheiro. Quando voltei , não estavam falando nada. Estavam ainda na mesma página da projeção e cada um reclamando com o colega que a reunião não tinha pauta nenhuma.

6- Eu fiquei na minha. O pessoal da Regional de Samambaia ficou fulo da vida porque a proposta deles já havia sido debatida na GRE e não estava na planilha da reunião nadinha de nadinha do que eles haviam discutido. Quem veio de longe, apareceu para ficar ditando texto para colocarem na parede , o que dava um trabalho desgraçado e inútil pois o rapaz falou que aquilo ainda seria debatido lá “na frente”.

7- O pessoal da Candangolândia foi em peso (apenas 1 escola de Ensino Médio) mas parece que trabalhavam com EJA e nem tiveram chance de dar palpite em nada. Foram ao Elefante Branco de graça. “Quer dizer que a gente não precisa dizer nada”? -”Não, EJA é outra coisa”…- “Ah, bom!”. Foram embora dando risada do papelão da SEDF.

8- O pessoal de Samambaia ficou tiririca da vida porque já eram 21h 40 e nada acontecia (ainda estavam voltando para a mesma transparência) e porque eles foram ao Plano piloto para ver projeção de lenga-lenga na parede. O rapaz que estava lá ainda estava perguntando se a gente iria querer falar de célula no 1º ano e se era para deixar Teorema de Pitágoras ou se era para suprimir.

9 Nesse instante, a moça de Samambaia, que era a mais interessada e participativa de todos falou “Opa, isso de novo”? “De novo não! Era para vocês estarem com os dados plotados em algum lugar”. Então ela tornou-se possuída pela Legião de Demônios da ira e capou o gato. Com ela , todos os poucos do Bandeirante , Samambaia e Paranoá que ainda estavam lá se escafederam. Um colega meu tirou foto da projeção para provar na escola que a “Educação” é uma piada mesmo.

10- Quem ficou lá da hora que todo mundo foi embora até depois das 22h conversando com o rapaz da Sede? O Degas aqui, uma Coordenadora da regional de Santa Maria e um Professor de Física do 404. Os demais saíram de lá com a promessa de nunca mais voltar.

Nada de preconceito com os mais novos, mas o rapaz responsável por continuar os trabalhos de currículo na reunião geral do Plano Piloto entrou na secretaria em 2003, falou que nunca os professores haviam participado de elaboração do currículo e iam embora daquela maneira (desperdiçando a boa vontade e o apelo de participação da Secretaria) e nem sabia que antes de tudo isso havia existido o “abobrão que contou com a participação de professores também e que foi muito menos problemático que agora .”. Falou em democracia, em humanização em ideologia partidária do conteúdo (aí eu falei que não existia ideologia partidária entre movimento uniforme e movimento uniformemente variado), continuou lamentando o pessoal ter ido embora, tentou continuar com uns 5 ou 6 que ainda estavam lá mas a gente disse “já era, não tem representatividade nenhuma”. Se o Degas aqui quisesse dar uma de sacana, teria alterado a planilha toda ao meu bel prazer colocando o que eu bem entendesse. O rapaz, que é um rapaz até sério, que queria “produzir” algo no meio daquela torrente improdutiva, continuou com blá-blá-blá e não deu o menor crédito para a reclamação de quem saiu e muito menos para a reclamação de quem ficou. Ficou certo que na próxima terça será a mesma coisa. Ficou bem claro que “mais cedo ou mais tarde” o currículo vai sair e no documento impresso estará escrito ” com a participação dos Professores da Rede Pública de Ensino do Distrito Federal”.

CONCLUSÃO: independentemente de quem governa: estamos num gigantesco bolo xxx.