Sábado, 10 de agosto de 2013
Por Ivan de Carvalho

A
comunicabilidade tem estado evidente na sua disposição para ocupar cadeias
nacionais de televisão e rádio, fazer discursos, lançamentos de programas e
inaugurações, torturar um papa cansado, que acabara de atravessar o Atlântico e
o centro do Rio de Janeiro, com um discurso de político-eleitoral de meia hora.
Na comunicação
com a nação, a presidente Dilma Rousseff lança ideias e programas inviáveis,
como a Constituinte exclusiva e restrita para a reforma política (da qual
desistiu em 24 horas) e o plebiscito sobre tal reforma, com que grande parte do
povo se alegra, julgando que o estão consultando e, portanto, ele é que vai
decidir.
Mas, coitado, o estariam
consultando somente sobre as espertezas que o PT quer implantar (financiamento
público de campanha, voto em lista) e que apresenta como coisas excelentes. Tão
excelentes quanto tirar mais dinheiro do bolso dos contribuintes para financiar
as campanhas eleitorais e tirar do eleitor o direito que hoje ainda tem de escolher
os nomes dos candidatos nos quais quer votar para o Congresso, as Assembléias
Legislativas e as Câmaras Municipais.
Ainda no
departamento da comunicabilidade, a presidente se dispõe a conversar com o
PMDB, coisa que não costumava fazer antes, e com outras legendas que integram
sua base de governo.
A
comunicabilidade atinge também a ser orçamentária, pois a presidente da
República anda liberando com surpreendente generosidade recursos para atender a
emendas de parlamentares constantes do orçamento deste ano. Uma fornada já saiu
e sabem os congressistas, do que não fazem segredo, que outra bem maior vem aí.
Também está disposta a dialogar sobre o chamado “orçamento impositivo”, para
chegar a um acordo.
Mas ninguém
entendeu ainda, porque não houve a explicação devida, que continua sendo
aguardada para algum dia – pois seria imperdoável deixar isto fora dos
registros históricos do país – o ímpeto comunicativo da presidente Dilma
Rousseff sobre questões de exobiologia.
Embora, de vez em quando, a presidente
diga coisas que surpreendem, geralmente por estarem além da compreensão das
outras pessoas (é só procurar em declarações ou discursos improvisados exemplos
serão encontrados), não se sabia que ela é versada em exobiologia e ufologia,
embora seja uma obrigação sua, devido à responsabilidade do cargo que ocupa.
Mas desta vez, numa entrevista a
uma rádio do interior de Minas Gerais, na quinta-feira, ela deixou
descoroçoados os maledicentes e os descrentes. Disse que tem “muito respeito
pelo ET de Varginha”.
Eu também tenho. O ET de Varginha
é nosso irmão. Meu. Da presidente Dilma. Seja ele originário de que planeta for.
Só gostaria de fazer uma ressalva à comunicação da presidente da República. Não
é “O ET de Varginha”. São “os ETs de Varginha”. As intensas pesquisas feitas
pelos ufólogos – já que o Exército e o governo tudo fizeram para a ocultação de
um dos mais importantes episódios da ufologia mundial – dão quase certeza de
que eram quatro ETs. Um deles foi visto por três meninas – este foi o que ficou
famoso. Mas a coleta de testemunhos, inclusive de militares, com muitos
detalhes, levou adiante.
Quatro alienígenas humanoides (a
forma humanoide parece ser universal ou, pelo menos, a dos seres inteligentes com
forma em nossa grande e antiga galáxia) foram contactados. Dois deles foram
capturados vivos e dois foram mortos a tiros durante a “caçada” e necropsiados,
um em laboratórios reservados da Unicamp, outro nos Estados Unidos, de onde
veio na época uma missão e levou também um dos que sobreviveram.
Se a presidente tem “muito respeito
pelo ET de Varginha”, recomenda-se que se informe profundamente do caso e, em
seguida, passe as informações à nação. E ao mundo.
- - - - - - - - - - - - - - -
Este artigo foi publicado originariamente na Tribuna da
Bahia deste sábado.
Ivan de Carvalho é jornalista baiano.