Imprensa é oposição. O resto é armazém de secos e molhados."

(Millôr Fernandes)

sábado, 10 de agosto de 2013

O respeito de Dilma pelo ET

Sábado, 10 de agosto de 2013
Por Ivan de Carvalho
Desde que, a partir de março, a economia começou a corroer sua popularidade e a aprovação de seu governo, fenômeno maximizado pelas manifestações populares de junho, a presidente Dilma Rousseff tornou-se especialmente comunicativa e condescendente, atributos que antes não cultivava.

      A comunicabilidade tem estado evidente na sua disposição para ocupar cadeias nacionais de televisão e rádio, fazer discursos, lançamentos de programas e inaugurações, torturar um papa cansado, que acabara de atravessar o Atlântico e o centro do Rio de Janeiro, com um discurso de político-eleitoral de meia hora.

      Na comunicação com a nação, a presidente Dilma Rousseff lança ideias e programas inviáveis, como a Constituinte exclusiva e restrita para a reforma política (da qual desistiu em 24 horas) e o plebiscito sobre tal reforma, com que grande parte do povo se alegra, julgando que o estão consultando e, portanto, ele é que vai decidir.

Mas, coitado, o estariam consultando somente sobre as espertezas que o PT quer implantar (financiamento público de campanha, voto em lista) e que apresenta como coisas excelentes. Tão excelentes quanto tirar mais dinheiro do bolso dos contribuintes para financiar as campanhas eleitorais e tirar do eleitor o direito que hoje ainda tem de escolher os nomes dos candidatos nos quais quer votar para o Congresso, as Assembléias Legislativas e as Câmaras Municipais.

    Ainda no departamento da comunicabilidade, a presidente se dispõe a conversar com o PMDB, coisa que não costumava fazer antes, e com outras legendas que integram sua base de governo.

     A comunicabilidade atinge também a ser orçamentária, pois a presidente da República anda liberando com surpreendente generosidade recursos para atender a emendas de parlamentares constantes do orçamento deste ano. Uma fornada já saiu e sabem os congressistas, do que não fazem segredo, que outra bem maior vem aí. Também está disposta a dialogar sobre o chamado “orçamento impositivo”, para chegar a um acordo.

   Mas ninguém entendeu ainda, porque não houve a explicação devida, que continua sendo aguardada para algum dia – pois seria imperdoável deixar isto fora dos registros históricos do país – o ímpeto comunicativo da presidente Dilma Rousseff sobre questões de exobiologia.

Embora, de vez em quando, a presidente diga coisas que surpreendem, geralmente por estarem além da compreensão das outras pessoas (é só procurar em declarações ou discursos improvisados exemplos serão encontrados), não se sabia que ela é versada em exobiologia e ufologia, embora seja uma obrigação sua, devido à responsabilidade do cargo que ocupa.

Mas desta vez, numa entrevista a uma rádio do interior de Minas Gerais, na quinta-feira, ela deixou descoroçoados os maledicentes e os descrentes. Disse que tem “muito respeito pelo ET de Varginha”. 

Eu também tenho. O ET de Varginha é nosso irmão. Meu. Da presidente Dilma. Seja ele originário de que planeta for. Só gostaria de fazer uma ressalva à comunicação da presidente da República. Não é “O ET de Varginha”. São “os ETs de Varginha”. As intensas pesquisas feitas pelos ufólogos – já que o Exército e o governo tudo fizeram para a ocultação de um dos mais importantes episódios da ufologia mundial – dão quase certeza de que eram quatro ETs. Um deles foi visto por três meninas – este foi o que ficou famoso. Mas a coleta de testemunhos, inclusive de militares, com muitos detalhes, levou adiante.

Quatro alienígenas humanoides (a forma humanoide parece ser universal ou, pelo menos, a dos seres inteligentes com forma em nossa grande e antiga galáxia) foram contactados. Dois deles foram capturados vivos e dois foram mortos a tiros durante a “caçada” e necropsiados, um em laboratórios reservados da Unicamp, outro nos Estados Unidos, de onde veio na época uma missão e levou também um dos que sobreviveram.

Se a presidente tem “muito respeito pelo ET de Varginha”, recomenda-se que se informe profundamente do caso e, em seguida, passe as informações à nação. E ao mundo.
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Este artigo foi publicado originariamente na Tribuna da Bahia deste sábado.
Ivan de Carvalho é jornalista  baiano.