Quarta, 14 de agosto de 2013
Bruno Bocchini, repórter da Agência Brasil
A Tropa de Choque da Polícia Militar paulista lançou
bombas de efeito moral na direção de um grupo de manifestantes que fazia
um ato em frente à Assembleia Legislativa do Estado de São Paulo
(Alesp). Eles pediam a criação de uma comissão parlamentar de inquérito
(CPI) para investigar irregularidades nos contratos do transporte
público no estado. A ação dos policiais ocorreu quando alguns
manifestantes tentaram derrubar uma grade instalada pela polícia para
evitar que os ativistas entrassem no prédio.
Desde as 16 horas de hoje (14), o acesso à Assembleia Legislativa
está bloqueado pela Tropa de Choque. No entanto, mais cedo, cerca de 300
manifestantes conseguiram entrar na Casa Legislativa, com a ajuda de
parlamentares favoráveis à criação da CPI. Houve confronto entre
deputados e policiais.
Os ativistas esperam que a Alesp coloque em pauta, ainda esta noite, a
discussão sobre a criação da comissão. Os manifestantes, em sua
maioria, são filiados ao Sindicato dos Químicos de São Paulo, ao Levante
da Juventude Popular, à Central Única dos Trabalhadores (CUT) e à
Central dos Movimentos Populares de São Paulo.
No interior da Alesp, um grupo de ativistas pressiona os deputados
para que assinem o requerimento pedindo a abertura da CPI. Segundo a
bancada do PT, o requerimento já tem 28 das 32 assinaturas necessárias
para a criação da comissão.