Terça, 13 de janeiro de 2014
Daniel Lima - Repórter da Agência Brasil
O ministro da Fazenda, Joaquim Levy, disse hoje, em café da manhã
com os jornalistas, que o governo não estuda, no momento, reajustar a
tabela do Imposto de Renda. A tabela do Imposto de Renda é constituída
de alíquotas que são aplicadas ao contribuinte de acordo com a renda de
cada um, durante a apresentação da Declaração de Renda anual. Os
contribuintes de menor renda não são alcançados pela tributação.
Estudo
do Sindicato Nacional dos Auditores Fiscais da Receita Federal
(Sindifisco Nacional) indica que a defasagem da tabela do Imposto de
Renda da Pessoa Física acumulada desde 1996 chega a 64,28%. Segundo o
estudo, em razão dos reajustes salariais, que acompanham a inflação, e
também da defasagem da tabela, contribuintes passaram a ser mais
tributados pelo fato de terem melhorado seus ganhos nas datas-base.
Levy
evitou também dizer se haverá uma nova alíquota do imposto de renda
para os contribuintes que ganham mais. “A alíquota máxima a gente não
está vendo”, destacou. O ministro ressaltou que, se for para “ficar
pensando nessa questão”, seria preciso avaliar, por exemplo, a situação
das pessoas que têm renda por meio de pequenas empresas e terminam não
pagando impostos ou pagando alíquotas reduzidas.
O novo
secretário da Receita, Jorge Rachid, também presente no café da manhã,
disse que seu papel será o de contribuir com o ajuste fiscal e aumentar a
arrecadação. Evitou falar em aumento de impostos. Ele também disse que
procurará adotar práticas aduaneiras que permitam destravar o fluxo do
comércio exterior.
O Secretário do Tesouro Nacional, Tarcísio
Godoy, também respondeu a perguntas de jornalistas. Segundo ele, no que
se refere ao Tesouro Nacional, o governo se empenhará em alcançar três
metas: equilíbrio fiscal, ampliação da transparência e continuação da
administração da dívida com responsabilidade.
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Comentário do Gama Livre: "...o governo se empenhará em alcançar três metas: equilíbrio fiscal, ampliação da transparência e continuação da
administração da dívida com responsabilidade".
Veja só o tamanho do engodo. Equilíbrio fiscal significa para o governo cortar gastos sociais, eliminar metade dos valores das pensões, dificultar o acesso ao seguro desemprego, cortar só do "Brasil País Educador" (é pra rir ou pra chorar? Que cinismo, que mentira, que engodo) SETE BILHÕES de reais, cortar 1/3 (um terço) dos gastos que não sejam, claro, para o pagamento das escorchantes taxas de juros para a banqueirada.
E para que tudo isso? Para administrar a dívida com responsabilidade. Como se não fosse a maior irresponsabilidade dos nossos governantes essa tal administração da dívida. Pagamos atualmente, e diariamente, TRÊS BILHÕES DE REAIS DE JUROS por uma dívida que a constituição determinou que sobre a qual o congresso fizesse uma auditoria. Governo e Congresso algum de 1988 até agora cumpriu esse mandamento da Constituição de 1988. Inocência, incompetência, ou conivência? Certamente conivência.
Quanto à meta "ampliação da transparência", uma das citada por Tacísio Godoy, secretário do Tesouro Nacional, uma observação: transparência uma ova! Transparência quando não se permite ao povo brasileiro saber sequer os nomes das pessoas/empresas a quem devemos? É, por exemplo, você dever a alguém, ser cobrado, pagar com o seu suor, e vida (quantos morrem nos hospitais?), e sequer ter o direito de saber a quem deve.
Essa é a situação em que nos encontramos. Triste situação, ainda mais quando temos banqueiros dando a ordem (ou desordem?) na economia do país.
Triste país!!!
Triste país!!!