Quarta, 6 de março de 2019
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A OMS (Organização Mundial de Saúde) adota o IMC (Índice de Massa Corporal) como padrão internacional para cálculo da obesidade. Desenvolvida por Lambert Quételet no final do século XIX, é uma sistemática extremamente simples para identificar o peso ideal de uma pessoa.
Para o cálcudo do IMC devem ser considerados: a) a altura (em metros) e o peso (em quilogramas). Com esses dados, basta dividir o peso pela altura elevada ao quadrado. A fórmula é a seguinte: IMC = p/a2. O resultado obtido deve ser enquadrado num dos segmentos da tabela que indica os graus de obesidade. Assim, para adultos: a) abaixo do peso - abaixo de 18,5; b) peso normal - entre 18,5 e 25; c) acima do peso - entre 25 e 30; d) obeso - acima de 30.
Em regra, pessoas com índice abaixo de 18,5 não são consideradas saudáveis. Entretanto, é perfeitamente possível que a pessoa apresente um biotipo longilíneo e seja saudável. O índice entre 18,5 e 25 revela uma situação de normalidade. Aqui, a necessidade de emagrecer decorre, na maioria dos casos, de razões estéticas. O indivíduo é considerado acima do peso com índice entre 25 e 30. Nessas situações, aumentam consideravelmente os riscos de diabetes, hipertensão arterial e hipercolesterolemia. Para as pessoas com IMCs acima de 30, consideradas obesas, é alto o risco de complicações metabólicas mais graves. Procurar ajuda médica é uma necessidade (mais do que recomendável).
Apesar da utilidade geral do IMC, existem questões específicas a serem consideradas. Inúmeras pessoas com grande massa muscular podem apresentar um IMC elevado, fora do padrão de normalidade. Entretanto, podem ser perfeitamente saudáveis e não estarem acima do peso ideal ou recomendado. Outro aspecto digno de nota está relacionado com certos grupos éticos e raciais. Alguns estudos já concluíram que indivíduos de origem asiática já devem ser considerados acima do peso com o IMC superior a 23.
Existem vários sites que permitem o cálculo on-line do IMC. Este é o endereço de um deles: https://www.tuasaude.com/calculadora/imc.
Para alcançar resultados mais precisos que o IMC, são utilizados métodos de avaliação da composição corporal por: a) bioimpedância e b) adipômetro (antropométrica).
A bioimpedância é um exame realizado por aparelho que avalia, em detalhes, a composição corporal. Assim, é possível saber, com precisão, a quantidade de massa magra e gordura. O equipamento usado transmite pequenas correntes elétricas nas extremidades do corpo, mãos e pés.
A avaliação por adipômetro utiliza um aparelho semelhante a uma pinça. São realizadas medidas da gordura nas seguintes partes do corpo: a) tríceps; b) supra ilíaca; c) coxa; d) abdômen; e) subescapular; f) axilar média e g) peitoral. Por intermédio de fórmulas matemáticas obtém-se o percentual de gordura total.
Na linha do questionamento do IMC, surgiu o IAC (Índice de Adiposidade Corporal). O novo índice foi desenvolvido por um grupo de cientistas sob a liderança de Richard Bergman, da Universidade do Sul da Califórnia (Los Angeles). A equação construída utiliza duas medidas da pessoa: a) a circunferência do quadril e b) a altura. Com esses dados obtém-se a porcentagem de gordura corporal. A fórmula a ser utilizada é a seguinte: IAC = Circunferência do quadril / (altura x √ Altura) – 18.