Imprensa é oposição. O resto é armazém de secos e molhados."

(Millôr Fernandes)
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sexta-feira, 15 de julho de 2016

Ministério Público de Contas do DF denuncia sobrepreço de 40% em obras de creches

Sexta, 15 de julho de 2016
Irregularidades no credenciamento de entidades responsáveis por administrar os centros educacionais também estão na mira de órgãos de fiscalização
Do Metrópoles
Por Mirelle Pinheiro

As creches construídas no Distrito Federal estão na mira dos órgãos de fiscalização. O Ministério Público de Contas (MPC-DF) denunciou que as obras estão superfaturadas em cerca de 40%, com relação às que foram erguidas em outros estados. Agora, Tribunal de Contas (TCDF) abriu uma auditoria para investigar os processos referentes à contratação das empresas para construção das unidades.

quinta-feira, 17 de dezembro de 2015

Oxi! Quem não sabia dessa história da grama e da grana? MPDF denuncia gestores públicos da Novacap por superfaturamento na aquisição dos gramados do Estádio Mané Garrincha

Quinta, 17 de dezembro de 2015
Do MPDF
Forma de plantio, espécie de grama e ausência de quadro de pessoal próprio para a manutenção do gramado repercutem até hoje
O Ministério Público do Distrito Federal e Territórios (MPDFT) ajuizou, nesta terça-feira, 15 de dezembro, ação penal pública contra os ex-gestores da Novacap Nilson Martorelli, ex-presidente, Maruska Lima de Souza Holanda, ex-diretora de obras especiais e Luiz Rogério Pinto Gonçalves, ex-gerente de fiscalização, ainda ocupante de cargo na companhia. Eles são acusados de favorecer o grupo Greenleaf Projetos e Serviços S/A no contrato de implantação do gramado do Estádio Nacional. Segundo termos da ação, “os denunciados, de forma livre e consciente, admitiram, possibilitaram e deram causa a modificações e vantagens, inclusive prorrogações contratuais, em favor da empresa”. A pena está prevista no artigo 92 da Lei 8.666, de 1993: detenção de dois a quatro anos e multa.
A denúncia apresenta um histórico de alterações qualitativas (tipo de plantio e espécie de grama) e quantitativas (serviços de implantação), realizadas após a contratação da empresa, que culminaram na quebra da isonomia da licitação e elevaram o custo do contrato de R$ 5,9 milhões para R$ 6,6 milhões. Tabela, anexada à ação, permite verificar que o preço final da grama plantada foi acrescido em 663,95%, passando de R$ 12,44 o metro quadrado para R$ 82,60. Sem contar que as mudanças ocorreram em desacordo com as orientações da Fifa.
Também integra a peça processual, um estudo comparativo desenvolvido por auditores do Tribunal de Contas do DF (TCDF) que aponta a disparidade entre os valores cobrados pela empresa Greenleaf para a construção do estádio de Brasília em relação a outras arenas utilizadas na Copa do Mundo. O documento demonstra que os preços praticados na arena da Amazônia (Amazonas) e no Maracanã (Rio de Janeiro) correspondem, respectivamente, a 58% e 69% do preço praticado na Capital Federal.
Questiona-se, ainda, o valor dos equipamentos de luzes adquiridos para manutenção do gramado, uma vez que o custo das máquinas de iluminação do Estádio Nacional de Brasília correspondeu a 414% do valor relativo à Arena Pantanal. Sobre esse pagamento, o TCDF já concluiu a existência de superfaturamento no valor de R$ 833 mil.
Para os promotores que assinam a ação penal está claro que os acusados devem responder pelas ilegalidades constatadas durante a execução do contrato. “Notório, portanto, que os principais responsáveis pelas ilegalidades constatadas foram a diretora de Obras Especiais, a qual, a despeito de toda a conjuntura, participou decisivamente na celebração de todos os aditamentos contratuais, e o presidente da Novacap, que, além de firmar os aditivos contratuais, os homologou, em reunião da Diretoria colegiada, sem quaisquer questionamentos”, registram. Quanto ao terceiro denunciado, ele contribuiu para o delito ao anuir, sem qualquer questionamento, à proposta apresentada pela empresa, que resultou na majoração do contrato.
Já foi constatado que a arena de Brasília foi a mais cara da Copa do Mundo 2014 e está entre as três mais onerosas do mundo. O MPDFT estima que os cofres públicos perderam R$ 1,6 milhão. No entanto, o valor total nem sequer pode ser aferido, pois não se limitou ao contrato, estendendo-se até os dias atuais.
Essa denúncia é resultado da atuação da força-tarefa do MPDFT, criada em 2015 para apurar as responsabilidades de gestores públicos pela prática de atos que levaram ao descontrole nas contas do Distrito Federal. Verifique as outras ações ajuizadas pelo grupo clicando aqui.
Clique aqui para acessar a íntegra da denúncia.

sexta-feira, 11 de dezembro de 2015

Grande novidade! PF investiga superfaturamento em obras de transposição do São Francisco; OAS no meio

Sexta, 11 de dezembro de 2015
Da Agência Brasil
A Polícia Federal (PF) deflagrou hoje (11) a Operação Vidas Secas – Sinhá Vitória, que investiga o superfaturamento de obras de engenharia executadas por empresas em dois dos 14 lotes da transposição do Rio São Francisco. Empresários do consórcio OAS/Galvão/Barbosa Melo/Coesa utilizaram empresas de fachada para desviar cerca de R$ 200 milhões das verbas públicas.

segunda-feira, 21 de setembro de 2015

Força-tarefa do MPDF: gestores públicos vão responder por superfaturamento na aquisição dos gramados do Estádio Nacional; contrato é de 2012

Segunda, 21 de setembro de 2015
Do MPDF
MP estima prejuízo mínimo de R$ 1,6 milhão. Arena foi a mais cara da Copa do Mundo 2014 e está entre as três mais onerosas do mundo
O Ministério Público do Distrito Federal e Territórios (MPDFT) ajuizou, nesta sexta-feira, 18/9, ação de improbidade administrativa contra ex-gestores da Companhia Urbanizadora da Capital (Novacap) e contra a empresa Greenleaf Projetos e Serviços S/A por irregularidades no Contrato nº 669/2012, referente a implantação, drenagem, irrigação automatizada e manutenção, por quatro meses, do gramado do Estádio Nacional de Brasília. Durante o processo licitatório, foram realizadas diversas alterações qualitativas e quantitativas após a contratação da empresa, que culminaram na quebra da isonomia da licitação e elevaram o custo do contrato de R$ 5,9 milhões para R$ 6,6 milhões.
Segundo apurou o Ministério Público, foram alterados elementos fundamentais da contratação, como o tipo de plantio (de semeadura para plantio por rolo) e a espécie de grama, o que gerou um acréscimo de 663% no valor do serviço. A grama plantada passou de R$ 12,44/m² para R$ 82,60/m². Sem contar que as mudanças ocorreram em desacordo com as orientações da Fifa. Além disso, o serviço mais caro do contrato refere-se ao aluguel do equipamento de iluminação suplementar artificial que, conforme consta na ação, foi cedido à Greenleaf pelo Clube Botafogo pelo custo de R$ 36 mil mensais e repassado à Administração Pública por R$ 219 mil mensais, num custo total de mais de R$ 1 milhão.
Foram identificados, ainda, jogos de planilhas relativos a supressões de quantitativos de serviços e a ilegal antecipação de pagamentos por material posto na obra. Além disso, foram constatadas a falta de planejamento e a gestão ineficiente da Novacap no que tange aos diversos contratos relativos ao Estádio e a falta de capacitação de seus funcionários para a manutenção do gramado.
Na ação, os promotores de Justiça destacam estudo comparativo desenvolvido pelos auditores do Tribunal de Contas do DF (TCDF) que aponta a disparidade entre os valores pactuados no Contrato nº 669/2012 e aqueles firmados pela empresa Greenleaf nas demais arenas construídas para a Copa do Mundo com recursos públicos. O estudo demonstra que os preços praticados na arena da Amazônia (Amazonas) e no Maracanã (Rio de janeiro) correspondem, respectivamente, a 58% e 69%, do preço praticado em Brasília.
De acordo com a ação, o valor mínimo estimado do prejuízo aos cofres públicos é de R$ 1,6 milhão, uma vez que o total sequer pode ser aferido, pois não se limitou ao contrato, estendendo-se até os dias atuais. A forma de plantio, a espécie de grama do campo de futebol e a ausência de quadro de pessoal próprio da Novacap para a realização de manutenção repercutem até hoje.
Fonte: Divisão de Jornalismo / Secretaria de Comunicação
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Quem são os réus na ação:
NILSON MARTORELLI
MARUSKA LIMA DE SOUSA HOLANDA  
EVANDRO DE SOUZA MACHADO  
LUIZ ROGERIO PINTO GONCALVES
JOSIMAR FERREIRA EVANGELISTA
GREENLEAF PROJETOS E SERVICOS SA

segunda-feira, 6 de julho de 2015

Adriano Benayon: Não há desenvolvimento dependente

Segunda, 6 de junho de 2015
Adriano Benayon * - 29.06.2015
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Dei ao artigo anterior o título “Crescimento do Subdesenvolvimento" [veja aqui].   Só posso atribuir à desinformação o fato de tanta gente crer em desenvolvimento do Brasil, após 1954,  e,  mais ainda, continuar-se, até hoje, a falar de modelo de desenvolvimento e de retomada do desenvolvimento, como se ele tivesse existido nestes 60 anos.
2. É a velha confusão entre os dois termos.  Para  dizer se um país se desenvolve ou não, basta olhar as estatísticas de crescimento e verificar se taxas expressivas de incremento se mantiveram ininterruptamente durante longos períodos, pelo menos de 25 anos.
3. Isso jamais ocorreu no Brasil. Nos últimos 60 anos, os únicos períodos com taxas reais ininterruptas  acima de 7% foram 1968/1974 (sete anos) e 1957/1961 (cinco anos).
4. Taxas baixíssimas verificaram-se em  1956; 1963/1965; 1981/1983 (taxa média negativa); 1988/1990  (taxa média negativa); 1996/1999; 2000/2003; 2009/2014, com um único ano (2010) apresentando 7,5% positivos.
5. Esse lastimável quadro – e seria ainda pior se os dados fossem os mais relevantes (PNB em vez de PIB) comprova o desastre que é  o modelo dependente, pois uma gestão apenas regular teria conduzido a resultados incomparavelmente superiores, compatíveis com os prodigiosos recursos naturais do País.
6. Evidente, portanto, que esse modelo, caracterizado pela crescente ocupação pelo capital estrangeiro de todos os setores da economia,  formou  péssimas estrutura e infraestrutura.
7. A lavagem cerebral faz acadêmicos e jornalistas, da direita à esquerda, se regozijarem com os “investimentos” estrangeiros por os julgarem indicadores da vitalidade econômica do País, pensando que se trata de  investimentos reais.
8. Ignoram ou fingem ignorar que esses “investimentos” provêm, na maior parte, de subsídios públicos e que, em razão das transferências das subsidiárias das transnacionais às suas matrizes, acarretam pesadas perdas líquidas de capital para o País.
9. Na realidade, o valor das remessas de recursos materiais e financeiros ao exterior constituem grandes múltiplos da entrada efetiva de capitais estrangeiros, devido não só às saídas pela conta de lucros e dividendos, mas, mais ainda, por outras contas do balanço de  transações correntes, notadamente através do superfaturamento de importações e do subfaturamento de exportações, além do pagamento de serviços superfaturados e até fictícios.
10. Ora, os governos que se sucederam no Brasil têm tido por prioridade máxima manter as boas graças do sistema financeiro mundial, sem as quais creem que sofreriam retaliações financeiras insuportáveis.
11. Acuada pela hostilidade dos demais poderes de Estado e de outras instituições, ademais da dos meios de comunicação social – a atual presidente  - viu-se obrigada, diante das crises fiscal e externa, a adotar políticas que degradarão ainda mais a situação econômica e financeira do País.
12. Se não o fizesse,  o País perderia o “investment grade”,  ou seja, a avaliação das agências de risco de crédito faria cortar o crédito por parte de instituições financeiras e investidores estrangeiros.
13. Mas manter o grau de investimento para quê? Isso significa para o  Brasil apenas continuar recebendo grande fluxo de  capitais, como acontece há muito tempo, com o único efeito de desnacionalizar, desindustrializar e deteriorar sua economia.
14.  Desde os anos 80, o percentual da indústria de transformação no PIB caiu  de 33% para 11,5%. Ou seja: a desindustrialização fez-se notar,  cerca de 25 anos após o início da desnacionalização em grande escala,  e tornou-se aguda, a partir do momento em que esta foi acelerada.
15. Como mostrei no artigo anterior, as  crises econômico-financeiras no Brasil são recorrentes, por terem causa estrutural, e é justamente a estrutura econômica que costuma ser deteriorada em consequência  da política econômica que se diz anticrise.
16. Então, que fazer?  Eliminar  as causas do mal, em vez de  aumentar a dose dos “remédios” que sempre foram aplicados com péssimos resultados.
17. Para sobreviver como País, é imprescindível construir uma economia competitiva, o que exige sua nacionalização, pois o interesse das transnacionais é importar matérias-primas essenciais, a preço vil, e transferir ao exterior lucros estupendos, além de monopolizar o controle da tecnologia, inviabilizando  o desenvolvimento de tecnologias que pudessem competir com aquelas de que são proprietárias.
18. São indispensáveis  infraestruturas de energia, transportes e comunicações baseadas em recursos naturais e tecnológicos locais, voltadas para propiciar custos baixos para a indústria  e demais setores de uma economia nacional integrada, muito diferente da atual, construída em função de interesses estrangeiros.
19. A economia deve  ter espaços abertos a empresas privadas -  médias e pequenas -  e grandes estatais, inclusive na área financeira.  Emissões monetárias do Tesouro e títulos públicos com juros baixos assegurarão baixo custo para os recursos financeiros aplicados na produção de bens e serviços. Entre as prioridades, investimentos  nas Forças Armadas, especialmente em seus projetos de elevado conteúdo tecnológico.
20. Além de recrutar e financiar profissionais brasileiros  para reconstituir o setor privado nacional desconcentrado e para empregá-los em estatais, o Brasil poderia importar engenheiros e técnicos de países com forte base industrial,  atualmente assolados pela depressão econômica.
21. É evidente que tudo isso é intolerável para o sistema imperial e  acarretaria sanções econômicas contra o Brasil,  mas elas não nos causariam mal.
22. O Brasil só tema ganhar buscando o desenvolvimento no quadro de um modelo relativamente autárquico,  podendo formar espaço de maior dimensão econômica em associação com a Argentina, e intensificar  a cooperação com  membros do BRICS, excluída a relação em moldes centro-periferia.
23. A história política e econômica subsequente ao golpe de 1954 mostra  continuidade – velada pelas diferenças formais e ideológicas  dos diversos regimes e governos – caracterizada pela consolidação e aumento, a cada etapa,  da desnacionalização e do  enfraquecimento estrutural da economia,  juntamente com o incremento da submissão política às imposições imperiais.
24. O capitalismo levou a economia e as finanças a espantoso grau de concentração, o que foi realizado, infringindo as regras – em geral frágeis, devido à força política dos concentradores -  instituídas por alguns Estados para  que o sistema guardasse alguma semelhança com o modelo favorável à economia de mercado e à  concorrência.
25. Entre os meios usados pelos carteis estão as fraudes, o uso de advogados especializados em encontrar brechas na legislação, e a própria corrupção de autoridades públicas e  no seio de concorrentes.
26. É mais um sinal da deterioração e do enfraquecimento do sistema político no Brasil que um juiz de Vara federal no Paraná esteja cerceando, seletiva e amiúde injustificadamente,  o que resta de empresas nacionais de grande porte, dotadas de tecnologias competitivas, e prejudicando atividades da Petrobrás.
27. O mesmo é demonstrado pela urgência concedida para a tramitação do projeto do senador José Serra que atende as reivindicações das companhias estrangeiras de petróleo, interessadas nas fabulosas reservas descobertas pela Petrobrás, tal como ele prometera ao Embaixador dos EUA, conforme revelações do Wikileaks.
28. No mesmo sentido, a intervenção do Banco Central podadora da capacidade de investimento da Petrobrás, impedindo o  BNDES de financiá-la: medida reprovável, coerente com a tradição do BACEN, hostil às atividades produtivas, e determinante do eterno desequilíbrio das contas públicas, através da política de juros exorbitantes.
29. Também, atitudes do Executivo,  como a de Petrobras ter posto à venda, para serem desnacionalizados, 49% das ações da subsidiaria Gaspetro, que participa em 19 distribuidoras estaduais de gás natural. A venda é conduzida pelo Itaú-BBA, que estaria convidando  as japonesas Mitsui, Marubeni e Itochu, a chinesa Beijing Gas, a franco-belga GDF Suez e a espanhola Gás Natural.
30. Em suma, a experiência histórica, de séculos, demonstra que quanto mais os países periféricos ricos em recursos naturais, cedem às imposições imperiais, mais ficam enfraquecidos e empobrecidos. Portanto, ou o Brasil toma rumo muito diferente do dos últimos 61 anos, ou o destino de seu povo será de lastimar.
* - Adriano Benayon é doutor em economia pela Universidade de Hamburgo e autor do livro Globalização versus Desenvolvimento.

terça-feira, 24 de março de 2015

MPDFT propõe ação de improbidade por superfaturamento na reforma do Centro de Convenções em 2013

Terça, 24 de março de 2015
São réus: Elmar Luiz Koenigka, Ailton Moraes de Carvalho, Maruska Lima de Sousa Holanda, Antônio Norival Marques Cardoso e a Construtura OAS. 

Deu-se à causa o valor de R$20 milhões.
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A 4ª Promotoria de Defesa do Patrimônio Público e Social (Prodep) propôs, nessa quinta-feira, dia 19, ação de improbidade administrativa para condenar os agentes públicos que foram responsáveis pela celebração dos contratos nº 554/01 e 502/05, que possibilitaram a reforma do Centro de Convenções, com prejuízos aos cofres públicos na ordem de R$ 22 milhões no ano de 2013. A ação tramita na 5ª Vara de Fazenda Pública do DF. Clique aqui para verificar a íntegra do documento público.

Segundo consta na ação, as informações fornecidas ao MPDFT pelo Tribunal de Contas do Distrito Federal (TCDF) atestaram a existência de superfaturamento na reforma do Centro de Convenções, destacando-se com maior sobrepreço o quadro elétrico (quase 200%), as luminárias (181%) e as bacias sanitárias (mais de 200%).

Os documentos do TCDF que embasam a ação de improbidade do MPDFT relatam, ainda, que “a relação entre os valores recebidos pela empresa e os efetivamente gastos no empreendimento demonstram que houve um superfaturamento na execução da obra, decorrente do sobrepreço apresentado na estimativa de preços da contratação e na proposta da empresa”.

Para os promotores de Justiça, “não há dúvidas de que, em diversas e fundamentadas análises realizadas pelos capacitados funcionários do corpo técnico do Tribunal de Contas, chegou-se a conclusão de que houve um jogo de planilhas, retratadas pelo cálculo de lucro extraordinário obtido pela empresa contratada”.

Processo: 2015.01.1.030269-8
Fonte: MPDF

quarta-feira, 24 de setembro de 2014

TCU encontra indício de superfaturamento em contratos de refinaria da Petrobras

Quarta, 24 de setembro de 2014
Sabrina Craide - Repórter da Agência Brasil
Uma auditoria do Tribunal de Contas da União (TCU) encontrou indícios de superfaturamento de R$ 242,8 milhões em quatro contratos da Refinaria Abreu e Lima, em Pernambuco. Os ministros querem que a Petrobras e as empresas contratadas se manifestem. Eles pedem explicações sobre a fórmula de reajuste adotada, considerada incompatível com as características da obra, o que acarretou indícios de pagamento indevido de reajustes contratuais.

Conforme o TCU, além dos R$ 242,8 milhões pagos, outros R$ 124,9 milhões previstos para pagamento também são considerados em condições inadequadas de reajustes. O montante apresentando indícios de superfaturamento, em razão de condições de reajustes inadequadas, é de R$ 367,8 milhões.

O TCU analisou 52 contratos de obras de cinco refinarias da Petrobras. A estatal deverá suspender o repasse dos valores devidos e recalcular os reajustes contratuais. O tribunal aprofundará o exame de todos os contratos com indícios de superfaturamento.

segunda-feira, 23 de junho de 2014

GDF pede prazo maior para explicar superfaturamento no Mané Garrincha

Domingo, 23 de junho de 2014
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Por Dyelle Menezes
Do Contas Abertas
O Governo do Distrito Federal (GDF) pediu prorrogação no prazo para explicar o possível superfaturamento no Estádio Mané Garrincha, que vai sediar sete jogos na Copa do Mundo. No início de março, relatório do Tribunal de Contas do Distrito Federal e Territórios (TCDFT) apontou indícios de superfaturamento de R$ 431 milhões na execução da obra, o que elevaria o investimento total do estádio para aproximadamente R$ 1,9 bilhão.
O TCDFT esperava o posicionamento do governo, que tem um prazo de 120 dias contados a partir de janeiro para se explicar oficialmente. Porém com o pedido formal de prorrogação, isso possivelmente só acontecerá depois do Mundial. Desde 2010, o Tribunal faz auditorias e conseguiu reduzir em R$ 179 milhões os custos da obra.
O Mané Garrincha é considerado o terceiro estádio mais caro do mundo. A arena da capital federal brasileira perde apenas para Wembley, na Inglaterra, e o Stade de Suisse, na Suíça.
Segundo dados colhidos pelo TCDFT durante visitas e análise de contratos, o custo do estádio dobrou desde o início da obra. A previsão inicial, em 2010, era de aproximadamente R$ 700 milhões e, atualmente, o valor oficial é de R$ 1,4 bilhão.
A análise mostra supostos gastos excessivos para justificar a mudança de valores. Entre eles, desperdício de materiais, erro no cálculo do transporte de peças, aluguel de caminhões a mais, atraso na isenção de impostos e o fato de o governo ter livrado o consórcio responsável de pagar multa por atraso.
Por meio de nota, a época, a Coordenadoria de Comunicação para a Copa negou as irregularidades e a denúncia de superfaturamento. De acordo com o governo, o relatório do TCDF é preliminar e lista itens pontuais para esclarecimentos da Novacap e do Consórcio Brasília 2014.
“O valor do investimento no estádio não aumentou. Destacamos que o investimento total é de R$ 1,4 bilhão, e ainda pode ser reduzido para R$ 1,2 bilhão em virtude da previsão de abatimento de créditos do Regime Especial de Tributação para Construção, Ampliação, Reforma ou Modernização dos Estádios de Futebol (Recopa)”, diz o comunicado.
Em relação ao aumento do valor previsto em 2010, a coordenadoria alega que os custos para a construção do estádio na época eram relacionadas apenas ao esqueleto do estádio. “Não é correto afirmar que R$ 670 milhões eram o valor total previsto para a construção. E é preciso destacar que a obra foi contratada a partir de licitações distintas. A primeira delas, no valor de R$ 696 milhões, foi assinada em 2010 entre o Governo do Distrito Federal (GDF) e o Consórcio Brasília 2014, responsável pela obra civil”, completa.
O pedido de prorrogação para explicar os valores, no entanto, aconteceu apesar do governo destacar a facilidade de comprovar seus dados. Procurada pelo Contas Abertas, a Coordenadoria de Comunicação da Copa afirmou que só poderia responder aos questionamentos na terça-feira (24), já que na última sexta-feira (20), em razão do feriado de quinta, e nesta segunda-feira (23), em razão do jogo do Brasil em Brasília, foram decretados pontos facultativos no Distrito Federal.
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Comentário do Gama Livre: O GDF teve 120 dias para explicar superfaturamento na construção do elefante branco Mané Garrincha, mas agora, como menino birrento (ou culpado?), pediu mais tempo ao Tribunal da Conta do DF (TCDF). Se concedido o prazo, e pela composição do quadro de conselheiros do TCDF isso possivelmente vai acontecer, só depois da Copa da Fifa é que o governo Agnelo/Filippelli vai tentar justificar o possível superfaturamento. Ô contas difíceis, essas do GDF! Está certo que o GDF não é lá bom de contas, mas que leve tanto tempo para fazer essas do estádio é puro exagero. Ou esperteza.
Quem sabe —é só uma hipótese— está dando tempo para ver se o time da CBF ganha a taça da Fifa, pois aí acha, o governo, que tudo poderá ir para debaixo do tapete sem ninguém reclamar ou sequer perceber.
Na festa do hexa, se houver, quem vai lá se lembrar de algum “superfaturamentozinho” de alguns milhões e milhões de reais? Tudo vai escorrer junto da eliminação da cerveja bebida, desaparecer com o som dos apitos e vuvuzelas soprados, do balançar da caxirola (por onde andará essa última, que foi anunciada por Dilma como instrumento oficial da Copa?), e dos cortejos em carros de bombeiros pelas cidades desse país e, em especial, pelas largas, mas também engarrafadas, avenidas de Brasília?
“É necessário rever a megalomania e os interesses de grupos político-econômicos que direcionaram os governos passados e apostar no comprometimento com a coisa pública. Somente assim, os brasilienses poderão trilhar UM NOVO CAMINHO rumo à Copa do Mundo de 2014, que deixe como legado obras de interesse e uso coletivo.” (Da página 25 do documento, em formato pdf, do ‘Programa de Governo, Distrito Federal 2011—2014’, do Novo Caminho. Mas isso foi na campanha eleitoral de 2010. Comentar mais o quê? Sem comentários.

sexta-feira, 6 de junho de 2014

Uma tragédia anunciada


Sexta, 6 de junho de 2014
Da Tribuna da Bahia
Da coluna de  Joaci Góes
Aqui mesmo, neste espaço, escrevemos três artigos, entre 2010 e 2011, considerando, como vitória de Pirro, a realização da Copa no Brasil.
As razões do nosso inconformismo eram, essencialmente, as mesmas que levaram multidões às ruas, há precisamente um ano: inversão de prioridades, quando temos questões básicas que clamam por soluções nas áreas de infraestrutura física e social, como rodovias, portos, aeroportos, saneamento básico, segurança pública, saúde e educação.

Acrescentamos, também, naqueles artigos, a quase certeza de que  o momentoso evento daria ensejo ao aumento da bitola do propinoduto para encher as burras das quadrilhas que, desgraçadamente, estão encasteladas no poder. Facilitando as coisas, o Congresso Nacional aprovou, em caráter de urgência, a lei que criou o Regime Diferenciado de Contratação, rapidamente sancionada pelo Planalto, arguidamente, para assegurar a celeridade das obras.

sexta-feira, 7 de março de 2014

TCDF encontra possível sobrepreço em licitação para Copa do Mundo; problema é na compra de ônibus hibridos para a copa (para a copa, para a copa!)

Sexta, 7 de março de 2014
Além disso, objeto do contrato corre risco de ser entregue depois dos jogos

Do TCDF
   O Tribunal de Contas do Distrito Federal determinou que a Sociedade de Transportes Coletivos de Brasília (TCB) condicione a aquisição de 18 ônibus híbridos à comprovação de que o preço estabelecido no pregão está de acordo com o praticado pelo mercado. Segundo a TCB, os veículos servirão para atender a demanda turística originada pela a Copa do Mundo de 2014. No entanto, ao analisar o edital de compra, o corpo técnico do TCDF encontrou sobrepreço.
   O valor estimado do certame é cerca de 170% superior ao de um contrato similar realizado em Curitiba. Além disso, o prazo concedido à ganhadora pode fazer com que os veículos estejam disponíveis só depois do torneio. Pelo previsto, a entrega seria em 28 de junho de 2014, sendo que a Copa do Mundo tem abertura marcada para o dia 12 de junho.
   A única licitante que atendeu à solicitação de cotação foi a Volvo. A empresa estimou o preço do chassi híbrido em R$ 745.000 e o da carroceria com ar condicionado em R$ 431.340, totalizando R$ 1.176.340 por unidade. Os 18 ônibus híbridos ficaram cotados, portanto, em R$ 21.174.120. Valor muito maior do que será pago por Curitiba, que investirá R$ 26 milhões para adquirir 60 veículos semelhantes.
   O ônibus híbrido é considerado ecológico por funcionar à base de biodiesel e ter motor elétrico. O veículo funciona com um sistema de geração de energia sinérgica. O motor elétrico do ônibus acumula a energia gerada nas frenagens para ser usada quando o veículo é acelerado. Cada veículo tem capacidade para transportar de 35 a 40 passageiros, incluindo pessoas com deficiência.
   O TCDF ainda decidiu alertar a TCB sobre outras falhas observadas no procedimento licitatório, tais como ausência de descrição acerca do tempo de vida útil da nova tecnologia na frota em comparação à frota tradicional.
   Processo nº 3.249/2014

segunda-feira, 20 de janeiro de 2014

‘Rolezinho’ no shopping e ‘rolo’ no GDF

Segunda, 20 de janeiro de 2014
Os jovens de Brasília ainda não fizeram um ‘rolezinho’ em shoppings da cidade, apesar de já terem programado pelo menos dois. Em compensação, pelo que se vê frequentemente na imprensa (nem em toda a imprensa, claro), o GDF parece que é chegado não a um 'rolezinho', mas a um rolo. E não em um só. É rolo aqui, é rolo ali, é rolo na educação, é rolo no transporte, é rolo no esporte, é rolo na saúde.
Se a polícia militar reprime os inocentes ‘rolezinhos’ pelos shoppings do Brasil, aqui em Brasília quem combate os ‘rolos’ do GDF é, principalmente, o Ministério Público do DF, pois oposição quase que não existe. Na Câmara Legislativa foi um ‘rolo’ só. Um rolo compressor que atravessou a Praça do Buriti em direção à CLDF e passou distribuindo milhares de cargos em quase todos os órgão do GDF. Especialmente nas administrações regionais e secretarias de governo.
Mas vamos ao mais recente ‘rolo’ descoberto no GDF. ‘Rolo’ que jamais pode ser classificado como um rolinho, pois seria, na verdade, um ‘rolezão’ em  cima dos cofres públicos.
Estou falando do ‘rolo’ denunciado em 18 de dezembro passado pelo Blog Coluna Esplanada (Portal Uol), do jornalista Leandro Mazzini. O governo do DF comprou por R$4,5 milhões (isso mesmo, quatro milhões e meio de reais), com dispensa de licitação, um aparelho de exoesqueleto robótico  para fisioterapia. O superfaturamento seria de cerca de R$3,5 milhões, visto que tal equipamento é vendido por aproximadamente R$1 milhão, e isso é o preço final incluindo a instalação.
Feita a denúncia, veio aquelas costumeiras explicações que não justifica nada. Muito blá, blá, blá, e que o empenho do pagamento foi anulado, pois haveria agora a contratação de serviços de terceiros para substituir os serviços que o equipamento faria.
Hoje (20/1) o jornalista Leandro Mazzini (do Blog Coluna Esplanada) voltou a falar do problema. O empenho foi anulado, mas o contrato não. Informou ainda que o Ministério Público do DF abriu —em razão das denúncias envolvendo a compra do equipamento— ação por improbidade administrativa contra Rafael Barbosa, o todo poderoso secretario de Saúde do governo Agnelo, e candidatíssimo a deputado federal pelo PT.
Que haja mais 'rolezinhos'. E nenhum rolo.

quinta-feira, 19 de dezembro de 2013

Ministério Público aponta superfaturamento em contrato de R$ 10 bi da gestão Agnelo

Quinta, 19 de dezembro de 2013
Da Revista Veja
19/12/2013 - 16:05

Segundo o Ministério Público, a licitação para substituir toda a frota de ônibus do Distrito Federal beneficiou empresas do grupo Nenê Constantino


Hugo Marques, de Brasília

O governador do DF, Agnelo Queiroz em abril de 2012
O governador do DF, Agnelo Queiroz: licitação suspeita (Beto Barata/AE)


O Ministério Público do Distrito Federal defendeu na Justiça de Brasília a suspensão da execução dos contratos das empresas de transporte público, por entender que houve “superfaturamento das tarifas oferecidas pelas empresas vencedoras”. A manifestação do procurador Cláudio João Medeiros Miyagawa Freire, feita com base em parecer do Ministério Público de Contas local, questiona uma licitação de quase 10 bilhões de reais do DF para a substituição de toda a frota do transporte público.

Segundo processo que corre na Justiça de Brasília, as empresas que ofereciam tarifas de ônibus bem menores foram desclassificadas na licitação. O MP também concluiu que houve participação ativa de pessoas estranhas à Comissão de Licitação no julgamento das habilitações, nas respostas a recursos e julgamento das propostas financeiras, uma espécie de consultoria jurídica privada sem qualquer contrato direto com a Administração Pública.

O promotor concluiu ainda que a licitação beneficiou empresas do mesmo grupo econômico. Trata-se do grupo Nenê Constantino, que levou duas das cinco linhas de ônibus em Brasília. Somente cinco grandes empresas foram classificadas, para as cinco linhas disponíveis na licitação bilionária. Duas linhas mais rentáveis e com maior previsão de expansão populacional ficaram com o grupo de Nenê Constantino. Dois membros da Comissão de Licitação consignaram em documento que não estavam lendo os relatórios que assinavam, mas que tinham que assinar, por determinação do governo local. Esses documentos não foram anexados ao processo oficial da comissão de licitação, mas já estão em poder do Ministério Público do DF.

O processo para derrubar a licitação é movido pela deputada Celina Leão (PDT-DF). “A cidade inteira espera ônibus novos, mas a licitação não pode lesar o erário”, diz a deputada.

Procurada pelo site de VEJA, a assessoria do governador Agnelo Queiroz (PT) não se manifestou.
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quarta-feira, 18 de dezembro de 2013

Nota da Secretaria de Estado de Saúde do DF sobre matéria de superfaturamento na compra de aparelho de fisioterapia

Quarta, 18 de dezembro de 2013

A Secretaria de Saúde do DF informa que a nota de empenho foi cancelada no dia 13/11/2013, uma vez que a compra deixou de ser prioridade. A medida foi tomada porque está em andamento acordo com instituições que possam oferecer o serviço. 

A nota de empenho não é sinônimo de pagamento. É apenas uma forma de aprovisionar recursos, que podem ou não serem gastos.  

Segue imagem do cancelamento do processo.
 

ASCOM - SES-DF


Dê um clique sobre a imagem para ampliá-la.
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Esta postagem foi atualizada às 8h22 desta quinta (19/12) para inclusão de link de nova publicação sobre o assunto do Blog Coluna Esplanada.


Superfaturamento — Governo do DF superfatura em R$ 3,5 milhões aparelho de fisioterapia

Quarta, 18 de dezembro de 2013

Rafael Barbosa. Foto: ABr
No contrato com dispensa de licitação nº 124/13 da Secretaria de Saúde do Governo do Distrito Federal, o secretário Rafael Barbosa comprou por mais de R$ 4,5 milhões um aparelho de exoesqueleto robótico para fisioterapia cujo similar custa 260 mil euros – cerca de R$ 1 milhão no preço final, instalado no Brasil.

O Papai Noel pode passar mais cedo na sede do Governo do DF, que já empenhou nota (2013NE07450) de nada menos que R$ 4.585.925 para o Lokomat Pro, da fabricante suíça Hocoma. Um superfaturamento de mais de R$ 3,5 milhões.

No Brasil, só a AACD e a Rede de Reabilitação Lucy Montoro, em São Paulo, possuem o modelo. Este comprado pelo GDF será para o Hospital de Apoio, e atenderá a pacientes do SUS, segundo a assessoria da secretaria.

Leia a íntegra no Blog do Sombra ou no de Leandro Mazzini (Coluna Esplanada)
 

quarta-feira, 10 de abril de 2013

TCDF encontra falhas em licitação para construção de centro destinado à segurança de grandes eventos

Quarta, 10 de abril de 2013
Do TCDF
Tribunal de Contas do Distrito Federal encontrou várias irregularidades ao analisar o edital de licitação da concessão administrativa para a implantação, desenvolvimento, operação, manutenção, gestão e administração da infraestrutura do Centro de Gestão Integrado do Distrito Federal. Esse centro tecnológico deve ser criado para reunir informações das diversas secretarias do Governo do DF e auxiliar nas estratégias e tomadas de decisão relacionadas à segurança de grandes eventos.

Entre as irregularidades apontadas pelo corpo técnico na Concorrência nº 1/13 da Secretaria de Estado de Governo, estimada em R$ 837.268.600, estão indícios de sobrepreço, limitação ao número de empresas participantes do consórcio, exigências que restringem a competitividade, ausência de delimitação do percentual de subcontratação, contemplação no edital de investimentos já executados.

Segundo o relatório dos técnicos da Corte, um documento da Secretaria de Segurança Pública estima, por exemplo, em R$ 20 milhões o investimento para equipar as viaturas de computadores englobando um sistema integrado de segurança. Essa solução, no plano de investimentos da Parceria Público Privada - PPP, está orçada em R$ 45 milhões, valor 125% superior ao previsto pela SSP/DF.

Os auditores do TCDF também verificaram que o edital prevê o pagamento dos serviços de programas de computador sem a necessidade da efetiva entrega das soluções. Além disso, os estudos técnicos aprovados não demonstraram ser mais vantajosa a opção pela outorga de Parceria Público Privada (PPP) para o contrato do Centro de Gestão Integrado do Distrito Federal (CGI-DF).
O processo 21233/2012, que trata da matéria, foi analisado pelo plenário na sessão desta terça-feira, dia 09 de abril de 2013, tendo em vista que a abertura da licitação estava marcada para a próxima quinta, dia 11. O relator iria pedir a suspensão cautelar do certame. No entanto, a Secretaria de Estado de Governo se adiantou e, por ato administrativo, suspendeu a licitação. Diante da situação, o TCDF determinou que a SEG apresente justificativas relacionadas às impropriedades encontradas ou que promova as correções no edital. O prosseguimento da concorrência está condicionado ao cumprimento dessas determinações.

Tribunal de Contas identifica superfaturamento na merenda escolar comprada pelo GDF

Quarta, 10 de abril de 2013
Mariana Tokarnia
Repórter da Agência Brasil
O Tribunal de Contas do Distrito Federal (TCDF) identificou superfaturamento na compra de alimentos não perecíveis da merenda escolar em dois contratos emergenciais assinados pela Secretaria de Educação. De acordo com o tribunal, todos os produtos apresentavam preços entre 40% e 118% acima do valor de mercado.

Os contratos foram assinados com as empresas Atacadista de Alimentos Fonte Fofinho Ltda e Comércio J. A. de Mercadorias e Serviços Ltda, em 11 de setembro de 2012 e tiveram vigência até 10 de março de 2013.

O TCDF apurou que com a empresa Atacadista de Alimentos Fonte Fofinho Ltda foram adquiridos 710.859 quilos de leite em pó, ao valor de R$ 18,50 a unidade. No pregão eletrônico feito pela secretaria no mesmo período, a unidade foi cotada em R$ 11,10. Isso representa uma diferença de 67%.

Na empresa Comércio J. A. de Mercadorias e Serviços Ltda foram adquiridos 131.352 quilos de milho verde, a R$ 8,90 por quilo. Em licitação feita no mesmo ano, foi pago R$ 4,08 por quilo. Uma diferença de 118%, de acordo com o tribunal.

O TCDF determinou que a Secretaria de Educação do Distrito Federal pague somente os valores cotados para os mesmos produtos no último pregão eletrônico. A secretaria tem dez dias para explicar as irregularidades.

Em nota, a Secretaria de Educação informou que os dois últimos pagamentos referentes aos contratos foram suspensos, atendendo às orientações do tribunal. "A contratação emergencial foi necessária tendo em vista que não havia sido concluído o processo licitatório regular", diz a nota. "Caso não fosse feita a compra emergencial, cerca de 500 mil crianças poderiam ficar sem merenda escolar".

A secretaria diz ainda que 20 empresas foram consultadas sobre a contratação emergencial e apenas quatro se interessaram. A de menor preço declinou da proposta e o segundo colocado foi chamado. "Diante disso, os preços unitários dos itens contratados puderam ser comparados com a estimativa de preços do processo regular que estava em andamento e percebeu-se que os valores não estavam tão díspares".

O órgão diz que "no caso de uma compra emergencial, os preços exercidos acabam sendo sempre mais altos. Mas a avaliação dos órgãos técnicos demonstrou que tais valores não eram tão mais elevados que aqueles previstos no processo licitatório", e ressalta a dificuldade de encontrar fornecedores "capazes de atender a grande demanda da Secretaria de Educação, principalmente de forma emergencial".

Além disso, a secretaria alega que "todos os trâmites legais foram cumpridos e a compra emergencial foi feita com o aval da Procuradoria-Geral do Distrito Federal".

Ontem (9), o ministro da Educação, Aloizio Mercadante, declarou sobre a importância de punir quem comete irregularidades com a merenda escolar. "Quem errou vai ter que pagar com rigor, porque dinheiro para educação é sagrado, especialmente quando vai para merenda das crianças".
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