Imprensa é oposição. O resto é armazém de secos e molhados."

(Millôr Fernandes)

quarta-feira, 21 de dezembro de 2011

Protesto reúne 15 mil pessoas contra a política de cisternas de plástico

Quarta, 21 de dezembro de 2011
Da Agência Pulsar
Cerca de 15 mil pessoas protestaram nesta terça-feira (20) no sertão nordestino. Elas se reuniram em uma ponte entre Juazeiro, na Bahia, e Petrolina, Pernambuco. A manifestação criticou as mudanças na política de construção de cisternas no Semiárido.

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  (calilanotícias)
Recentemente o governo rompeu uma parceria junto à Articulação do Semiárido Brasileiro (ASA) para a construção de reservatórios feitos de placas, tecnologia simples e barata. Agora, a determinação é adquirir cisternas de plástico.

De regiões que enfrentam a seca e concentram bolsões de miséria do país, os manifestantes aderiram a campanha "Cisterna de Plástico/PVC – Somos Contra!". Convocada pela ASA, a iniciativa recebe apoio instituições e movimentos sociais de estados do Nordeste e de cidades do norte de Minas Gerais.

A ASA vinha executando a política de construção de cisternas para o semi-árido desde o início do governo Lula. Foram 371 mil cisternas de cimento com capacidade para estocar, cada uma, 16 mil litros de água. Quase dois milhões de pessoas foram beneficiadas.

Dados do Ministério da Integração Nacional (MIN) apontam que cada cisterna plástica custará aos cofres públicos 5 mil, enquanto as cisternas de placas saiam, em média, por 2 mil reais. As cisternas de plástico serão fabricadas por indústrias e entregues nas comunidades rurais por empreiteiras.

Já os reservatórios de água feitos de cimento fortaleciam a economia local. Conforme estudos da ASA, para cada 10 mil cisternas de placas, são injetados 20 milhões de reais nos municípios por meio da compra de matéria-prima, contratação de pedreiros e impostos. (pulsar/cartamaior)