Imprensa é oposição. O resto é armazém de secos e molhados."

(Millôr Fernandes)

quinta-feira, 3 de janeiro de 2013

Jornalista Aurora Vasconcelos desmente denúncia contra o repórter Hieros Vasconcelos (seu filho) em novo ataque do jornalismo de esgoto na Bahia

Quinta, 3 de janeiro de 2013
Do Blog Bahia em Pauta

Aurora:o grito de coragem que comove,
no silêncio cúmplice que envergonha

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DEU NO SITE SUBÚRBIO NEWS

A jornalista Aurora Vasconcelos, mãe do jornalista Hieros Vasconcelos Rego, do jornal A Tarde, em conversa com o diretor do site Subúrbio News, Nelsinho Fontes, se mostrou profundamente decepcionada pela maneira como a Imprensa explorou o caso que envolveu o seu filho no dia 29 de dezembro. Hieros foi acusado de estar se masturbando em frente do Sukiyaki. Ela nega a informação. Ela teve conhecimento do caso, através do site SN, o qual reproduziu em sua página pessoal do Facebook.
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Abaixo o desabafo de Aurora Vasconcelos:

Considerações sobre uma prisão por ato obsceno

· Aurora Vasconcelos

“Hipócritas são os que usam o direito como arma/ Que o afastam do dever social e se vestem da mais pura ignorância/ Para mostrar doses de intolerância, ou fazer-se valer do jus pela injus. /Mortos estarão, depararem com a causa deveras, os mencionados/ Pois afogados estão na lama do virtual, ao invés das plumas da virtude /Terão sinais de fraqueza, levarão a ruína podridões inquietudes/ Noturnas, viverão as sombras dos bons e se morrerão desmascarados/ Os ímpios, os ébrios de poder perecerão feitos germes na inverdade/ Pois beberão a água do seu próprio poço e se amarrarão em suas cisternas/ Ao acabar as águas daqueles, desfar-se-ão de sede, e se enforcarão em suas amarras/ Desvia-te tua boca da malignidade, longe de teu lábio a falsidade/ Seja bendita a tua fonte que de justiça se deve disciplinar/ Então, antes de julgar, procura ser justo; antes de falar aprende ou cala”. Antes de falar aprende, de José Carlos Cruz de O Filho.

Este sábado, dia 29 de dezembro, passei por um dos piores momentos que uma mãe pode passar. Liguei para o meu filho com quem tinha um compromisso às 10h e ele me disse que estava tentando chegar em casa. Percebi que tinha bebido demais, coisa que infelizmente costuma fazer nos finais de semana, quando sai com os amigos. Dei o tempo para que ele chegasse em casa e liguei novamente às 11h. Ele atendeu confuso, sem falar coisa com coisa e me disse “ estou num carro de polícia”. Por que? Indaguei. “Não sei”, ele respondeu e completou “esses caras são muito maquiavélicos”.

Depois de conseguir descobrir para onde estava sendo levado – a Primeira Delegacia dos Barris-cheguei lá e perguntei o que havia acontecido a um policial. Ele disse que meu filho tinha sido preso por ato obsceno. Estaria assediando um rapaz no ponto de ônibus que chamou a polícia. O rapaz não estava na delegacia. Tentei falar com meu filho que estava bastante alcoolizado. Ele não conseguia explicar nada e sequer sabia porque tenha sido preso.

Meu filho é homossexual, aceito e respeitado por mim, pelo pai, pela família e pelos amigos que o vêem como realmente é: uma pessoa inteligente sensível, séria, de bom caráter, trabalhador, solidário, preocupado com as outras pessoas e com o bem comum. Infelizmente, talvez sensível demais, o que faz com que beba em demasia e quando alcoolizado cometa atos que acabam por envergonhá-lo.

Leia a íntegra no Bahia em Pauta