Quarta, 30 de janeiro de 2013
Karine Melo
Repórter da Agência Brasil
Repórter da Agência Brasil
A segurança do Senado proibiu nesta quarta-feira (30) a
lavagem da rampa do Congresso Nacional. O protesto, apoiado por mais de
20 organizações não governamentais anticorrupção, contra a candidatura
de Renan Calheiros e pela eleição de um nome ficha limpa para comandar a
Casa, começou na madrugada com 81 vassouras, uma por senador, baldes e
panos de chão.
“Fomos informados por policiais do Senado que a manifestação na rampa
só poderia ser feita com autorização”, disse Antônio Carlos Costa,
fundador da organização não governamental Rio de Paz.
O diretor de Subsecretaria de Polícia Ostensiva do Senado Federal, Rauf de Andrade, disse à Agência Brasil que,
como se trata de uma área comum da Câmara e do Senado, o ato só poderia
ocorrer com autorização dos presidentes das duas Casas. Além da Polícia
do Senado, cerca de 80 homens da Polícia Militar foram deslocados para
reforçar a segurança em frente à rampa.
Sem a autorização para a manifestação, as vassouras verde-amarelas
foram transformadas em uma grande cruz, montada em frente à sede do
Parlamento. “Nós estamos portando pano de chão, balde e vassouras. Nós
não estamos portando pedras e a porta do nosso Senado é fechada na nossa
cara, por isso, nós transformamos as vassouras numa grande cruz”,
explicou Antônio Carlos.
Ainda pela manhã, os organizadores buscaram apoio de vários senadores
para o realizar o ato, mas a maioria não estava na Casa. Nos últimos
cinco dias, com a ajuda das redes socais, entidades anticorrupção
reuniram mais 100 mil assinaturas em uma petição que pede que os
senadores “escolham um presidente ficha limpa, comprometido com o
desenvolvimento social e que seja capaz de dirigir o Senado com
independência e dignidade”.
A eleição da nova mesa diretora do Senado será na próxima sexta-feira
(1). A assessoria do senador Renan Calheiros (PMDB-AL) informou que ele
não vai comentar a manifestação.