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(Millôr Fernandes)

sexta-feira, 13 de maio de 2016

Michel Temer foi informante dos EUA, revela Wikileaks

Sexta, 13 de maio de 2016

Presidente interino do Brasil, que suportou o “golpe de Estado constitucional” contra Dilma Rousseff, foi informador privilegiado dos Estados Unidos da América. Informação foi classificada de sensível e “apenas para uso oficial”.
13 de Maio, 2016 
Na foto: Michel Temer, Presidente interino do Brasil.
 
Segundo documentos divulgados, esta quinta-feira, pela Wikileaks, Presidente Interino Michel Temer, que derrubou Dilma Rousseff, por via de um “golpe de Estado constitucional” foi informante do governo dos Estados Unidos da América.


De acordo com os documentos de janeiro e junho de 2006, Michel Temer passou a sua visão sobre a situação política da altura, em concreto opiniões sobre as eleições de 2006, quando Lula da Silva foi reeleito. Esta informação foi classificada pelos serviços de informação norte-americanos como sendo sensível e “apenas para uso oficial”.

Os documentos mostram que Michel Temer teria analisado as diferenças entre os ex-presidentes Lula da Silva e Fernando Henrique Cardoso. "As classes C, D e E acreditam que Fernando Henrique roubou dos pobres e deu para os ricos. Já Lula roubou dos ricos para dar aos pobres", lê-se numa frase atribuída ao chefe de Estado em exercício.

Os telegramas mostram também como Michel Temer negou prever como ficaria a corrida eleitoral, mas afirmou que haveria segunda volta. Na ocasião, ele também afirmou que o seu movimento partidário, o Partido do Movimento Democrático Brasileiro (PMDB), não seria aliado do Partido dos Trabalhadores (PT, de Lula da Silva) e nem do Partido da Social Democracia Brasileira (PSDB), pelo menos até ao segundo turno.

Michel Temer terá ainda dito que o seu partido elegeria naquele ano entre 10 e 15 governadores e que teria as maiores bancadas no Senado e na Câmara dos Deputados. "Quem quer que vença a eleição presidencial terá que vir até nós para fazer qualquer coisa", disse, segundo a Wikileaks.