Sábado, 11 de junho de 2016
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Vladimir Platonow - Repórter da Agência Brasil
A Justiça do Rio de Janeiro condenou o governo do estado a
pagar indenização à família do pedreiro Amarildo de Souza, desaparecido
após ser preso e levado para uma base da Unidade de Polícia Pacificadora
(UPP) pela Polícia Militar, em 2013, na Rocinha.
A
juíza Maria Paula Gouvêa Galhardo, da 4ª Vara de Fazenda Pública da
Capital, condenou o estado a pagar a sete integrantes da família de
Amarildo uma indenização de R$ 500 mil, além de pensão de dois terços do
salário mínimo (equivalentes a R$ 586,66 neste ano) – no caso da viúva
Elizabete Gomes da Silva, até os 68 anos, e aos seis filhos, até
completarem 25 anos.
Pela decisão, uma mãe de
criação e dois irmãos de Amarildo devem receber R$ 100 mil cada. A
informação foi divulgada nesta sexta-feira (10), na página do Tribunal
de Justiça na internet.
“Não resta a menor dúvida de
que houve a ação dos agentes públicos nessa qualidade, a qual foi
suficiente e necessária à causação do resultado morte da vítima, que foi
torturada até a morte, na ação de policiais que no combate à
criminalidade agem como criminosos”, relatou a magistrada na decisão,
segundo a nota.
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