Quarta, 8 de fevereiro de 2012
Vladimir Platonow, repórter da Agência Brasil
Rio de Janeiro – Os 11 policiais militares (PMs) acusados de
envolvimento no assassinato da juíza Patrícia Acioli vão enfrentar o
júri popular. A decisão foi reafirmada ontem (7) pelo juiz Peterson
Barroso Simão, da 3ª Vara Criminal de Niterói, responsável pelo caso.
Simão não acatou os recursos da defesa dos policiais, que tentava
evitar o julgamento dos militares pelo Tribunal do Júri. “O caminho
jurídico decorreu do convencimento do juiz quanto à materialidade dos
fatos e da existência de indícios de autoria, coautoria e participação
dos denunciados no evento. Mantenho hígida [saudável] em todos os seus
termos a decisão de pronúncia”, destacou o magistrado no despacho
publicado na página do Tribunal de Justiça do Rio de Janeiro na internet.
Na mesma decisão, o magistrado também negou a transferência dos
acusados para outras cadeias, conforme pretendia a defesa, alegando
problemas de saúde. “No momento, não autorizo transferência de preso
para outras unidades. Supostas enfermidades devem ser examinadas pela
direção da unidade prisional”.
A juíza Patrícia Acioli foi morta em uma emboscada no dia 11 de agosto
de 2011, com 21 tiros, na frente da casa dela, em um bairro da região
oceânica de Niterói. Os acusados são policiais militares que estavam
lotados no Batalhão de São Gonçalo. Eles serão julgados por homicídio
qualificado e formação de quadrilha.
Fonte: Agência Brasil