Sábado, 19 de janeiro de 2013
Renan Calheiros e seu filho, Renanzinho, contratam um instituto de pesquisa ligado a uma funcionária do senador – e pagam a conta com verba pública
Daqui a duas semanas, mesmo que Brasília venha a se encontrar em
inverno nuclear, as leis da política brasileira preveem que o senador José Sarney, do PMDB do Amapá, repassará a presidência da Casa ao senador Renan Calheiros,
do PMDB de Alagoas – um substituto que, espera-se, manterá o cargo no
mesmo patamar moral do antecessor. Os senadores até votarão, mas se
trata de um gesto simbólico. Renan já está eleito. Será o quarto homem
na sucessão da República. Voltará ao posto ao qual fora obrigado a
renunciar, em 2007, depois que – tome fôlego, leitor – se revelou o
seguinte: Renan tinha contas pessoais pagas por um lobista, Renan usara
laranjas, bois e notas frias para ocultar seu rico patrimônio, Renan
desviara dinheiro público, Renan mandara espionar adversários…