Segunda, 25 de março de 2013
Preços já desaceleram no atacado, mas apesar da supersafra a maior pressão sobre a inflação ainda vem dos preços agrícolas
Márcia De Chiara, de O Estado de S.Paulo
SÃO PAULO - Apesar de o País colher neste ano uma safra
recorde de 185 milhões de toneladas de grãos, os preços dos alimentos
foram o principal foco de pressão inflacionária nos últimos 12 meses.
Daqui para frente, o comportamento dos preços do tomate, da batata, do
arroz e do feijão será o fiel da balança na decisão do Banco Central
(BC) de aumentar os juros básicos para que a inflação não supere o teto
da meta de 6,5% prevista para este ano.
Em 12 meses até março, os preços dos alimentos ao consumidor
descolaram da inflação em geral e subiram mais de 30%. Enquanto o Índice
de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA)-15 subiu 6,43% até março, os
preços das frutas, verduras e legumes acumularam altas de 33,36% e os
dos cereais, que incluem arroz e feijão, de 34,09%, revela um estudo
feito pelos economistas da Universidade de São Paulo (USP), Heron do
Carmo e Jackson Rosalino. Eles usaram os dados do IPCA-15, uma prévia do
IPCA, o índice de referência para o sistema de metas de inflação. Leia mais em O Estado de S. Paulo