Sábado, 23 de março de 2013
Da Revista ÉpocaUnidos no apoio ao governo federal, PT e PMDB abusam do “fogo amigo” no Rio de Janeiro. ÉPOCA obteve documentos inéditos com denúncias de pagamento de propina a Lindbergh Farias, pré-candidato petista ao governo do Estado, e a empresas de sua família
O plenário do Congresso Nacional estava lotado no começo da noite do 
dia 6 de março. Esbarrando em colegas, o senador Lindbergh Farias, do PT
 do Rio de Janeiro,
 passou pelo deputado Pedro Paulo (PMDB-RJ) e, dedo em riste, falou 
alto: “Vou brigar com os grandes. Não tenho medo das máquinas do governo
 e da prefeitura”. Lindbergh tem motivos para se revoltar contra o PMDB,
 principal partido aliado do governo Dilma Rousseff
 e sigla que controla a prefeitura da capital e o governo do Rio. Desde 
que se lançou pré-candidato a governador do Estado, no final do ano 
passado, Lindbergh vinha sendo alvo do “fogo amigo” do PMDB – cujo 
objetivo é fazer do atual vice-governador, Luiz Fernando Pezão, o 
sucessor de Sérgio Cabral.
 Agora a briga esquentou, e os golpes verbais deram lugar aos dossiês. 
Desta vez, os documentos divulgados não são vazios, como costuma 
acontecer com a maioria dos dossiês que circulam nas campanhas. A partir
 de material obtido com o PMDB, ÉPOCA fez seu próprio levantamento e 
obteve uma série de documentos com denúncias contra Lindbergh. Os papéis
 constam de um inquérito a que Lindbergh responde no Supremo Tribunal Federal,
 com acusações de corrupção, formação de quadrilha e lavagem de dinheiro
 – relativas ao período em que foi prefeito de Nova Iguaçu, entre 2005 e
 2010.
 
 
 
