Quarta, 20 de março de 2013
Da Coluna do Augusto Nunes - Veja
A direção do PT deveria ter recomendado ao departamento de necrofilia
eleitoreira que, antes de transformar o assassinato de Vladimir Herzog
em instrumento de caça ao voto, confrontasse a lista de envolvidos no
episódio com a relação dos bandidos de estimação do chefe. Essa medida
preventiva conduziria, já na escavação inaugural, à localização de José
Maria Marin numa suíte da catacumba reservada a assombrações que Lula
abençoou.
Hoje presidente da Confederação Brasileira de Futebol, Marin era
deputado estadual da Arena de São Paulo quando se envolveu na
conspiração que resultou na prisão, tortura e morte de Herzog, então
diretor de jornalismo da TV Cultura. Ele entrou em cena na tarde de 9 de
outubro de 1975, durante a sessão da Assembleia Legislativa, com o
aparte ao discurso do colega Wadih Helu que o incorporou oficialmente à
ofensiva forjada para “impedir que uma emissora sustentada pelo governo
continuasse sob o controle de comunistas”.