Sábado, 18 de maio de 2013
Ex-assessor de Lula não convence a PF e
delegados suspeitam que um depósito de R$ 150 mil em dinheiro possa ter
sido feito com dinheiro público
Mário Simas Filho
Revista IstoÉ
Depois de aproximadamente dois meses de
investigações, a Polícia Federal em Minas Gerais concentra em Freud
Godoy as apurações sobre um eventual uso de dinheiro do mensalão para o
pagamento de despesas pessoais do ex-presidente Luiz Inácio Lula da
Silva. A acusação foi feita pelo publicitário Marcos Valério ao
procurador-geral da República em setembro do ano passado e deu origem a
um novo inquérito. Freud, ex-assessor especial de Lula, é a pista mais
relevante apresentada à Procuradoria. Além de um cheque de R$ 98,5 mil
que a SMP&B, agência de Valério e principal duto dos recursos do
mensalão, encaminhou para a Caso Sistemas de Segurança, empresa que
pertence a Freud e a sua mulher, Simone Godoy, em janeiro de 2003, Freud
recebeu, em março de 2004, um depósito de R$ 150 mil em dinheiro. A
polícia aposta agora na quebra dos sigilos bancário e fiscal para tentar
rastrear a origem e o destino desses recursos. Também vai submeter à
perícia documentos que Freud venha a apresentar, como os contratos com o
PT e com fornecedores da Caso Sistemas de Segurança. Leia mais