Segunda, 27 de maio de 2013
Iolando Lourenço
epórter da Agência Brasil
O PSDB no Senado protocolou hoje na Procuradoria-Geral da
República representação para que o órgão investigue se a Caixa
Econômica Federal (CEF) cometeu crime de responsabilidade de falsidade
ideológica no episódio dos boatos do fim do Programa Bolsa Família. A
representação foi assinada pelo líder do partido, senador Aloysio Nunes
Ferreira (SP), e pelo vice-líder, senador Alvaro Dias (PR).
Na representação, os tucanos relatam que a CEF se contradisse ao
informar, em um primeiro momento, que não havia feito alterações no
calendário de pagamento e, depois, admitiu que fez a liberação de todos
os benefícios na véspera do incidente. Na ocasião, milhares de
beneficiários do programa foram às agências da Caixa para tentar sacar o
benefício, o que provocou tumulto e quebra-quebra em agências em 12
estados.
Os senadores pedem a imediata abertura de procedimento
administrativo competente para a investigação penal e cível, bem como
judiciais, para apurar a materialidade e a autoria dos fatos penais que
vierem a ser tipificados e os ilícitos civis e administrativos
apontados. Solicitam também a abertura de inquérito civil
administrativo, para apurar responsabilidades civis e políticas pela
eventual prática de atos de improbidade administrativa pelos envolvidos.
Os tucanos também apresentaram requerimento convidando o presidente
da CEF, Jorge Fontes Hereda, para comparecer à Comissão de Meio
Ambiente, Defesa do Consumidor e Fiscalização e Controle do Senado para
prestar esclarecimentos sobre as “declarações falsas” apresentadas pela
diretoria da CEF sobre a liberação dos benefícios do Programa Bolsa
Família, no mês de maio, e sobre as razões que levaram à alteração do
calendário de pagamentos do programa.