Quarta, 8 de maio de 2013
*Carlos Tautz
Do Instituto Mais Democracia
Tão sem nexo quanto começou, em 2008, a política do BNDES (Banco
Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social) de criar e financiar
grandes grupos econômicos no Brasil para competir internacionalmente –
as chamadas de “campeães nacionais” – teve sua extinção anunciada, há
algumas semanas pelo presidente do Banco, Luciano Coutinho. Ao
desrespeitado público, que financiou esta política através de generosos
subsídios do Tesouro Nacional e do Fundo de Amparo ao Trabalhador, não
foi explicado nem porque a política começou, nem a que se deveu o seu
fim.
Se algumas corporações lucraram muito – entre elas, a Totvs, a Vale, a
Friboi, a Oi, a Fibria e o Marfrig -, nós, o povo brasileiro, nada
ganhamos com esse uso intensivo e sem transparência dos recursos
públicos (o jornal O Estado de São Paulo estimou que as Campeãs
embolsaram perto de R$ 18 bilhões). Servimos apenas para emprestar
barato o dinheiro que nos é compulsoriamente retirado de nossos
salários. Sequer tivemos direito àqueles balanços escritos em economês
tecnocrático, feitos para ninguém entender. Se as corporações foram as
campeães, nós, o povo brasileiro, somos os verdadeiros perdedores
nacionais. Leia a íntegra