*Carlos Tautz
Do Instituto Mais Democracia
Tão sem nexo quanto começou, em 2008, a política do BNDES (Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social) de criar e financiar grandes grupos econômicos no Brasil para competir internacionalmente – as chamadas de “campeães nacionais” – teve sua extinção anunciada, há algumas semanas pelo presidente do Banco, Luciano Coutinho. Ao desrespeitado público, que financiou esta política através de generosos subsídios do Tesouro Nacional e do Fundo de Amparo ao Trabalhador, não foi explicado nem porque a política começou, nem a que se deveu o seu fim.

Se algumas corporações lucraram muito – entre elas, a Totvs, a Vale, a Friboi, a Oi, a Fibria e o Marfrig -, nós, o povo brasileiro, nada ganhamos com esse uso intensivo e sem transparência dos recursos públicos (o jornal O Estado de São Paulo estimou que as Campeãs embolsaram perto de R$ 18 bilhões). Servimos apenas para emprestar barato o dinheiro que nos é compulsoriamente retirado de nossos salários. Sequer tivemos direito àqueles balanços escritos em economês tecnocrático, feitos para ninguém entender. Se as corporações foram as campeães, nós, o povo brasileiro, somos os verdadeiros perdedores nacionais. Leia a íntegra