Quinta, 16 de agosto de 2013
Auditorias dos tribunais de contas do
df e da união e investigações da polícia federal e do ministério público
apontam Desvios de meio bilhão de reais no metrô da capital federal
Claudio Dantas Sequeira
Revista IstoÉ — Edição 2283, de 16/8/2013
Diferentes auditorias realizadas por
órgãos de fiscalização e controle, como o Tribunal de Contas do Distrito
Federal, da União e Controladoria-Geral da União (CGU), obtidas por
ISTOÉ, revelam pela primeira vez a conta do rombo na capital federal com
o esquema do metrô. Segundo os documentos, reforçados por relatos de
fontes da Polícia Federal e do Ministério Público, os desvios podem
chegar a meio bilhão de reais. O valor é superior ao das fraudes de São
Paulo, onde o sistema de trens subterrâneos – com 65,3 km de rede, 58
estações e 150 trens – tem mais que o dobro do tamanho do metrô de
Brasília, que, apesar da extensão de 42,4 km, opera apenas com 24
estações e 32 trens. Para chegar ao valor da soma desviada pelo esquema
do metrô do DF, os investigadores levaram em conta que o preço praticado
pelo consórcio Brasmetrô, liderado pela francesa Alstom, embutia as
maiores margens de lucro da empresa no País, superiores a 50%, e
pagamento de propina de até 10%, margem superior à recebida por agentes
públicos em São Paulo.