Sexta, 4 de abril de 2014
Pezão toma posse como governador do Rio de Janeiro
Vinícius Lisboa, repórter da Agência Brasil
Edição: Denise Griesinger
O governador do Rio de Janeiro, Luiz Fernando
Pezão, assinou hoje (4), na Assembleia Legislativa do Estado do Rio de
Janeiro (Alerj), o termo de posse que marca o início de seu mandato. O
peemedebista, que era vice-governador, estará à frente da administração
estadual durante cerca de nove meses, até 31 de dezembro. Pezão assume
depois da renúncia de Sérgio Cabral, que deixou o cargo ontem (3) para
concorrer a uma vaga no Senado nas próximas eleições.
Pezão
discursou por cerca de 25 minutos, exaltando as ações do governo
Cabral, que ocupou o Palácio Guanabara desde 2007. O governador
recém-empossado também lembrou sua trajetória política na cidade de
Piraí, onde nasceu, e de onde vieram aliados para a cerimônia, com
faixas de apoio.
Sobre sua administração, Pezão declarou que "vai
dar continuidade ao trabalho do governo Cabral" e investir em novas
parcerias. Entre ações futuras, anunciou a intenção de obter empréstimo
para a Companhia Estadual de Águas e Esgostos na Caixa Econômica Federal
com o objetivo de construir a Estação de Tratamento de Água Guandu 2,
para o abastecimento da Baixada Fluminense. Outro plano é a assinatura
de uma parceria com o governo federal para construir o Hospital de
Oncologia de Nova Friburgo.
Ao sair da Assembleia Legislativa em
direção ao Palácio Guanabara, Pezão afirmou que sua primeira ação será
visitar hoje a Santa Casa de Misericórdia, no centro da cidade, que foi
interditada pela Vigilância Sanitária no ano passado. "Conto com o apoio
da Prefeitura e do Governo federal para reabrir a Santa Casa. Sei que
não é fácil, porque ela estava na mira da vigilância sanitária e perdeu a
filantropia, mas quero somar forças para reabilitá-la até o fim do mês.
Não é admissível que, em um estado como o Rio de Janeiro, haja 600
leitos ociosos no centro da cidade", afirmou.
Pezão também se
posicionou sobre o recente impasse envolve as águas do Rio Paraíba do
Sul. O governo do estado de São Paulo demonstrou interesse em captar
águas do rio, devido à queda do nível
dos reservatórios do Sistema Cantareira. "Não vejo qualquer destinação
àquelas águas a não ser o bom uso que já é feito pelos estados de Minas
Gerais e do Rio de Janeiro", disse Pezão, que afirmou que não medirá
esforços para evitar que esse uso seja prejudicado.