Terça, 29 de abril de 2014
Leonardo Meirelles afirma que Marcus
Moura foi contratado pelo Labogen, negócio apontado como carro-chefe do esquema
de lavagem de dinheiro do doleiro Youssef, justamente para lidar com o governo;
relatório da PF sugere que foi o ex-ministro quem o indicou
Fausto Macedo
Estadão
Sócio do Labogen, Leonardo Meirelles afirmou nesta
segunda-feira, 29, que o ex-assessor do Ministério da Saúde Marcus César
Ferreira de Moura foi contratado pelo laboratório justamente para atuar como
lobista em órgãos do governo federal, em especial na pasta em que trabalhou. “O
Marcus Moura mantinha os contatos institucionais com o Ministério da Saúde”,
disse Meirelles ao Estado.
O Labogen é apontado pela Polícia Federal como o carro-chefe
do esquema de lavagem de dinheiro comandado pelo doleiro Alberto Youssef.
O laboratório, controlado pelo doleiro, tentou fechar
contrato com o Ministério da Saúde durante a gestão do ex-ministro Alexandre
Padilha para o fornecimento de remédios de hipertensão pulmonar no valor de R$
6,2 milhões por ano – pelo prazo de cinco anos.
A parceria foi desfeita após a Polícia Federal deflagrar a
Operação Lava Jato, que desmontou em 17 de março deste ano o esquema de Youssef
e apontou suspeitas sobre os negócios do Labogen, entre outras transações do
doleiro.
Escutas da Polícia Federal flagraram o deputado licenciado
André Vargas, que pediudesfiliação do PT em meio ao escândalo da Lava Jato, dizendo a
Youssef, por meio de mensagem de texto, que Padilha havia indicado o nome de
Moura para um cargo de comando no laboratório. A mensagem interceptada foi
enviada ao doleiro em novembro de 2013.
Leia a íntegra em:
http://blogs.estadao.com.br/fausto-macedo/socio-de-laboratorio-diz-que-ex-assessor-de-padilha-era-ponte-com-pasta-da-saude/