Imprensa é oposição. O resto é armazém de secos e molhados."

(Millôr Fernandes)

domingo, 6 de abril de 2014

É preciso muito mais

Domingo, 6 de abril de 2014
Do Jornal do Brasil
 Mônica Francisco *

Mônica Francisco
Cada vez mais a sociedade se dá conta de que polícia não resolve tudo, nestes tempos de Estado policial, onde até o exército vem tomando ares de protagonista. A declaração do secretário de Segurança [do Rio de Janeiro], José Mariano Beltrame, de que é necessário envolver outras secretarias e secretários no processo de apropriação da cidadania, discursando no encontro na Maré, é que vem compondo a tônica de seu discurso.

Para as favelas ocupadas militarmente, isso já era discurso desde o dia seguinte à ocupação. A ausência de seriedade na implementação das políticas públicas e dos serviços públicos era e ainda é deficiente e precária.

Déficit na oferta de creches, falta de apoio consistente às que já existem, embora conveniadas. Escolas, deficitário também o número delas. Assim, cada vez mais a sensação é a de que na gestão da população trabalhadora, que em sua maioria compõem a geografia humana destes espaços, vale o "qualquer coisa serve".

Pobres gestores que ainda não entenderam que poderiam ganhar muito mais construindo junto com a comunidade, ouvindo suas propostas e implementando-as na medida do possível. O que seria um ganho de fato, não só para a favela mas  para toda a cidade. Fica a dica.

"A nossa luta é todo dia e toda hora. Favela é cidade. Não à GENTRIFICAÇÃO ao RACISMO, ao RACISMO INSTITUCIONAL, ao VOTO OBRIGATÓRIO e à REMOÇÃO!"

*Representante da Rede de Instituições do Borel, Coordenadora do Grupo Arteiras e aluna da Licenciatura em Ciências Sociais pela UERJ.
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