Domingo, 6 de abril de 2014
Cada vez mais a
sociedade se dá conta de que polícia não resolve tudo, nestes tempos de
Estado policial, onde até o exército vem tomando ares de protagonista. A
declaração do secretário de Segurança [do Rio de Janeiro], José Mariano Beltrame, de que é
necessário envolver outras secretarias e secretários no processo de
apropriação da cidadania, discursando no encontro na Maré, é que vem
compondo a tônica de seu discurso.
Para as favelas ocupadas
militarmente, isso já era discurso desde o dia seguinte à ocupação. A
ausência de seriedade na implementação das políticas públicas e dos
serviços públicos era e ainda é deficiente e precária.
Déficit na oferta de creches, falta de apoio
consistente às que já existem, embora conveniadas. Escolas, deficitário
também o número delas. Assim, cada vez mais a sensação é a de que na
gestão da população trabalhadora, que em sua maioria compõem a geografia
humana destes espaços, vale o "qualquer coisa serve".
Pobres
gestores que ainda não entenderam que poderiam ganhar muito mais
construindo junto com a comunidade, ouvindo suas propostas e
implementando-as na medida do possível. O que seria um ganho de fato,
não só para a favela mas para toda a cidade. Fica a dica.
"A
nossa luta é todo dia e toda hora. Favela é cidade. Não à GENTRIFICAÇÃO
ao RACISMO, ao RACISMO INSTITUCIONAL, ao VOTO OBRIGATÓRIO e à REMOÇÃO!"
*Representante
da Rede de Instituições do Borel, Coordenadora do Grupo Arteiras e
aluna da Licenciatura em Ciências Sociais pela UERJ.
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