Terça, 22 de abril de 2014
Paula Pitta — A Tarde
Lúcio Távora | Ag. A TARDE
O governo federal teria comemorada a decisão do Tribunal Regional
Federal (TRF) da 1ª Região de não conceder o habeas corpus para o
vereador Marco Prisco (PSDB), líder da greve da PM, de acordo com a
coluna Painel do jornal Folha de S. Paulo (confira
no tópico Tolerância). Prisco está detido desde a última sexta, 18, um
dia após finalizar o movimento grevista na Bahia.
Depois do juiz do TRF alegar que não tinha competência para julgar o
pedido de habeas corpus, defesa de Prisco encaminhou a solicitação para o
Supremo Tribunal Federal (STF). O processo será analisado pela ministra
Cármen Lúcia, que ainda não se pronunciou, de acordo com o diretor da
Associação de Policiais e Bombeiros e de seus Familiares no Estado da
Bahia (Aspra), Fábio Brito.
"Pode sair a qualquer momento ou não sair. Hoje é o último dia do
plantão (do feriado) e esperamos que a ministra devolva para
distribuição do STF com a deliberação pela soltura de Prisco. Se isso
não acontecer, vamos lutar para liberá-lo durante a semana", diz Brito.
De acordo com nota divulgada pela Aspra, a Ordem dos Advogados do
Brasil (OAB) encaminhou o conselheiro federal do órgão, Aldemario Araújo
Castro para acompanhar a situação do vereador no presídio federal da
Papuda, em Brasília.
Entenda o caso
Prisco foi detido por crime político contra segurança nacional. A
detenção foi solicitada pelo Ministério Público Federal (MPF) citando
crimes que teriam sido cometidos durante o movimento de 2012. Após a
prisão, o governo estadual alegou que não tem participação na detenção
do líder dos PMs.
Os policiais militares ameaçaram retomar a greve em represália a prisão
de Prisco, mas a situação foi contornada e lideranças dos PMs descartam
qualquer movimento.
"O movimento acabou em acordo feito com o Comando da corporação (PM).
Cumprimos nossa palavra e vamos manter nosso discusso de não paralisar.
Temos um compromisso com a sociedade. Se o governador (Jaques Wagner)
não cumpriu é problema dele".