Sábado, 13 de dezembro de 2014
Ex-gerente da Petrobras diz ter informado à atual diretoria sobre irregularidades em contratos antes mesmo da Operação Lava Jato, mas, em vez de conter os desvios, a cúpula da estatal resolveu afastá-la do cargo
Da Revista IstoÉ
Helena Borges
Há cerca de dez
dias, a ex-gerente da Petrobras Venina Velosa da Fonseca não é vista em
seu apartamento no bairro do Flamengo, no Rio de Janeiro. Vizinhos
disseram à ISTOÉ que a moradora tem aparecido muito pouco no local nos
últimos dois meses. A reportagem apurou que Venina alugou um flat em São
Paulo, onde fez contatos com um procurador da força-tarefa que
investiga os desvios na Petrobras. Nos últimos dois fins de semana, ela
buscou refúgio na casa da mãe, no interior de Minas Gerais, onde
refletiu muito até tomar a decisão de trazer à tona tudo o que sabe
sobre o esquema de corrupção que drenou bilhões da estatal. Esperada
para depor nos próximos dias no Ministério Público Federal em Curitiba,
Venina promete envolver muito mais gente graúda no escândalo. A amigos
diz que chegou ao limite e não perdoa a atual gestão da Petrobras por
tê-la afastado da companhia, em 20 de novembro, junto a outros
executivos suspeitos de irregularidades. “Não vou cair sozinha”,
garante. A ex-gerente diz que desde 2008 vem alertando a cúpula da
empresa sobre desvios em diferentes setores, segundo reportagem
publicada no jornal “Valor Econômico” na sexta-feira 12.
Desde 2008, a ex-gerente da Petrobras Venina Velosa, que trabalhou
ao lado de Paulo Roberto Costa (abaixo), vem alertando a
empresa sobre desvios em diferentes setores
Leia a íntegra em:
http://www.istoe.com.br/reportagens/396402_A+TESTEMUNHA+PUNIDA?pathImagens=&path=&actualArea=internalPage