Da Revista Época
O ministro e o diretor da Eletrobras Valter Cardeal agem para turbinar negócios de uma multinacional – e do próprio ministro
MURILO RAMOS E THIAGO BRONZATTO COM FLÁVIA TAVARES
Eram 10h03 de quinta-feira, dia 19 de março, quando o ministro da Aviação Civil, Eliseu Padilha, abriu a porta de correr de seu gabinete, no 6º andar de um dos prédios comerciais mais luxuosos de Brasília. Estendeu o braço para cumprimentar o engenheiro Valter Cardeal, diretor de geração da Eletrobras, um dos homens fortes do setor elétrico brasileiro e amigo da presidente Dilma Rousseff.
Ao perceber a porta se escancarar, Cardeal levantou-se do sofá, com um
envelope pardo na mão esquerda (a cena está na foto acima). Padilha e
Cardeal trocaram abraços e tapinhas nas costas de forma efusiva. Dentro
do gabinete, o ministro sentou-se à cabeceira de uma grande mesa de
reuniões, com Cardeal acomodado bem próximo, e pediu o conteúdo do
envelope – um documento com as logomarcas da Eletrobras/Eletrosul,
que apresenta um estudo sobre “Medidas anemométricas (vento)”. Por dez
minutos, o ministro, cujo gabinete é enfeitado por maquetes de aviões de
carreira, alçou voo como lobista. Fez o vento da burocracia do governo
soprar a favor da multinacional portuguesa de energia elétrica EDP Renováveis.
Leia a íntegra da reportagem em:
http://epoca.globo.com/tempo/noticia/2015/04/eliseu-padilha-ministro-da-aviacao-civil-faz-lobby-junto-eletrobras.html