Segunda, 22 de junho de 2015
André Richter - Repórter da
Agência Brasil
A Polícia
Federal (PF) pediu ao Supremo Tribunal Federal (STF) a prorrogação, por mais 60
dias, do principal inquérito que investiga a participação de parlamentares na
Operação Lava Jato, que apura desvios de recursos na Petrobras.
Para
justificar a prorrogação, os delegados informaram que 28 dos 39 parlamentares
que prestaram depoimento negaram participação no esquema de corrupção. A
decisão será do ministro Teori Zavascki, relator dos todos os processos
relativos à operação no Supremo.
Segundo a
PF, além de negar envolvimento com os fatos investigados, os 28 parlamentares
alegaram que nunca tiveram contato com os dois principais delatores da Lava
Jato, o ex-diretor de Abastecimento da Petrobras Paulo Roberto Costa e o
doleiro Alberto Youssef. Diante dos fatos, os investigadores pretendem
tomar novos depoimentos dos delatores, de modo que eles detalhem a participação
dos acusados.
"Busca-se
comparar as versões apresentadas, para enfatizar aspectos importantes acerca
dos fatos imputados e, se for o caso, acarear-se os investigados com os
delatores acerca dos argumentos divergentes apresentados", justifica a
Polícia Federal.
A PF
informou também que pretende ouvir 11 investigados que ainda não prestaram
depoimento, entre eles o presidente do Senado, Renan Calheiros (PMDB-AL), e o
ex-tesoureiro do PT, João Vaccari Neto, cujas oitivas foram agendadas para as
duas próximas semanas.