Terça, 23 de junho de 2015
Vitor Abdala - Repórter da Agência Brasil
O Comando-Geral da Polícia Militar do Rio de
Janeiro determinou a abertura de Inquérito Policial Militar (IPM) para
apurar a possível participação de agentes do Batalhão de Operações
Especiais (Bope) na ocultação do cadáver de Amarildo de Souza. O
pedreiro desapareceu em junho de 2013, durante uma operação policial na
comunidade da Rocinha, zona sul da cidade do Rio.
A
abertura do IPM foi anunciada um dia após o Ministério Público do
Estado (MP-RJ) anunciar que investigará a eventual atuação dos
policiais, com base na análise de imagens de câmeras da comunidade e na
informação do GPS (localizador por satélite) dos carros do Bope.
As
imagens mostram quatro caminhonetes do Bope chegando no final da noite à
base da UPP, onde, de acordo com o MP, Amarildo tinha acabado de ser
torturado e morto. Depois de alguns minutos, os carros saem. As câmeras
registram, na caçamba de uma das caminhonetes, um volume compatível com o
de um corpo embalado, segundo o MP.
Essa mesma
caminhonete teria ficado com o GPS desligado ao sair da base da UPP. O
corpo de Amarildo nunca foi encontrado. Mesmo assim, pelo menos 20
policiais militares, integrantes da Unidade de Polícia Pacificadora
(UPP) da Rocinha, foram
denunciados pela tortura e morte do pedreiro.
denunciados pela tortura e morte do pedreiro.
Saiba Mais
Caso Amarildo: MP vai investigar participação de policiais do Bope
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Veja aqui também a reportagem do Jornal da Globo desta segunda (22/6)