Terça, 21 de julho de 2015
Do Portal Forum
“Um dia, chegaremos a um estágio em que será possível
determinar se um bebê, ainda no útero, tem tendências à criminalidade, e
se sim, a mãe não terá permissão para dar à luz”, disse Laerte Bessa
(PR-DF) a jornal inglês
Por Redação
“Um dia, chegaremos a um estágio em que será possível
determinar se um bebê, ainda no útero, tem tendências à criminalidade, e
se sim, a mãe não terá permissão para dar à luz”. Essa afirmação foi
feita pelo deputado federal Laerte Bessa (PR-DF) em matéria publicada pelo jornal inglês The Guardian no dia 29 de junho. O parlamentar é relator da PEC 171/93, que reduz a maioridade penal.
Na mesma reportagem, Bessa deixou bem evidentes suas
pretensões de não se contentar com a redução de 18 para 16 anos em casos
de crimes hediondos (estupro, sequestro,
latrocínio, homicídio qualificado e outros), homicídio doloso e lesão
corporal seguida de morte, como ocorreu no último dia 2. “Em vinte anos, reduziremos para 14, depois para 12″, disse. Para ele, a proposta, aprovada em primeiro turno na Câmara após manobra do presidente Eduardo Cunha (PMDB-RJ), “é uma boa lei que acabará com o senso de impunidade em nosso país.”
O texto do The Guardian destaca falas do ministro
da Justiça, José Eduardo Cardozo, sobre o “terrível” sistema prisional
brasileiro e ressalta que nossa população carcerária é a quarta do
mundo, perdendo apenas para os EUA, China e Rússia. Também sublinha que a
elevação do nível de encarceramento tem a ver com o aumento de prisões
por tráfico de drogas, exemplificando com o caso do homem enquadrado como traficante por portar 0,02g de maconha.
(Foto: Gustavo Lima/Câmara dos Deputados)