Siro Darlan, desembargador do Tribunal de Justiça do Rio de Janeiro e membro da Associação Juízes para
a democracia.
Um deputado [Laerte Bessa, PR/DF] que relatou a PEC
(ado) 171 afirmou a um jornalista da mídia internacional que após atingirem o
objetivo de colocar os jovens indesejados na cadeia aos 16 anos, pleitearão a
redução para 12, 10, 8 até atingirem a perfeição de diagnosticar a criminalidade
em um feto e obrigarem a mãe a abortá-lo.
Um governador do mesmo partido [Sérgio Cabral, PMDB/RJ] já
afirmara que da barriga de faveladas só saiam criminosos, além de
desclassificar um jovem que aproveitando a presença do ex-presidente Lula em
uma inauguração do PAC, queixou-se da falta de políticas públicas em sua
comunidade e o mesmo político o desclassificou chamando-o de traficante.
Nessa mesma comunidade uma
criança de onze anos autista teve sua vida salva por uma pessoa que interferiu
na ação do policial que não sendo obedecido na ordem de parar, por ser autista,
quase foi alvejado. Mas a solução final foi uma demonstração da consagração da
política de segurança nazista que predomina contra a população pobre e
oprimida, aonde não chegam as ações de promoção da cidadania.
Foi confeccionado um cartaz e
pendurado no pescoço da criança identificando-o como autista o que na visão da
segurança pública, representa um salvo conduto para circular sem ser eleito
como indesejável. Está instituída a tatuagem que poderá salvar vidas ou eleger
cidadãos para a morte.
Assim caminha nosso Congresso com
propostas de redução da maioridade penal, redução da idade para trabalhar,
aumento do tempo de exclusão através das medidas sócio educativas, autorização
para uso de armas, redução dos direitos trabalhistas.
Onde vamos parar? Talvez esteja
na hora do STF, guardião maior de nossa Constituição dar um basta nessa sanha
nazistoide que assola o Brasil prendendo corruptos e corruptores e restaurando
a moralidade.
Fonte: Blog do Siro Darlan
Fonte: Blog do Siro Darlan